Consulta

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  Leiam as notas finais por favor!

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A noite na boate havia sido consideravelmente uma merda. Sim, uma completa merda. Acontece que o grande idiota Artus decidiu que deveríamos ir pra casa com o argumento de que "Amanhã é segunda-feira".

Então, todos nós fomos pra casa, mas eu fiquei com tanta raiva que passei pela mansão pra pegar minha mochila e pedi para Bernardo ir me deixar em casa, e assim ele fez.

Não me pergunte o porquê, mas eu realmente não queria mais ter que olhar na cara daquele bastardo ridículo que estragou minha noite. Sem contar que tenho a plena certeza que meu período pré-tensão menstrual está chegando e isso explica meus nervos a flor da pele.

  — Você deveria se acalmar, ficar nervosa demais só vai piorar as coisas. — Bernardo se pronunciou.

No momento estávamos eu, ele e Eduardo em uma das mesas de madeira do refeitório durante o intervalo.

  — Já estou cansada de todo mundo me pedindo calma. Aposto que se fosse vocês com um maluco perseguidor que nem Artus, já teriam fugido do país! — exclamei.

  — Mel, é simples, se afaste dele então. — Eduardo reclamou. — Mas ninguém tem culpa da cisma dele com você. — continuou falando e eu senti vontade de esmurrá-lo por me lembrar daquele tremendo idiota.

  — Na verdade, acho que não é cisma, tá mais para paixão incubada. — Bernardo falou e eu franzi o cenho.

  — Hã? Como assim? — indaguei e pude ver Eduardo dar uma risadinha.

  — Nada! — respondeu.

[...]

Na minha cabeça nada poderia piorar meu humor naquela manhã, mas eu me enganei totalmente quando cheguei em casa e encontrei minha mãe e meu irmão almoçando.

Fiquei atônita na porta, ergui uma sobrancelha e pude ver minha mãe lançar um olhar preocupado em minha direção.

  — Mãe? Por que a senhora não está no trabalho? — perguntei sem entender nada e me aproximei da mesa.

  — Eu tirei o dia de folga e deixei duas vendedoras cuidando da loja. — ela explicou e eu assenti.

  — Mas por que exatamente a senhora tirou folga? — perguntei.

  — Você tem uma consulta marcada hoje. — ela explicou e eu arregalei os olhos.

  — O quê? Como assim? — indaguei.

  — Doutor Bittencourt me ligou para dizer que seu tratamento se inicia hoje. — ela explicou e eu senti meu sangue ferver.

Tinha que ter dedo daquele estúpido no meio.

  — Eu não vou. — falei irritada.

  — Por quê? Claro que vai! — minha mãe rebateu.

  — Acontece que eu não tenho doença nenhuma. — expliquei.

  — Sim, mas pode chegar a ter se não cuidar da alimentação. — falou decidida. — Você vai nessa consulta e não se fala mais nisso.

  — Só pode ser brincadeira. — resmunguei mais para mim mesma.

  — Mas não é. Então vai se arrumar pra almoçar e depois ir para o hospital. — falou rapidamente e eu bufei.

Subi as escadas com raiva emanando em meu corpo, entrei no meu quarto e joguei minha mochila em cima da cama. Fui até o banheiro no fim do corredor, tomei um banho rápido, fiz minhas higienes e voltei para o quarto no intuito de me trocar.

Meu Médico Possessivo (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora