Arrogante

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{ M E L I S S A }

  — Eu vou te levar pra casa e ponto final. — ele falou firmemente com a voz mais rouca que o normal.

Eu estou lascada! 

  — Sinceramente, você ainda não entendeu que eu vou do meu jeito? Não preciso da sua ajuda. — falei firmemente, mas ele somente soltou um suspiro irritado e segurou o meu braço com delicadeza.

  — Pare de agir como uma adolescente irresponsável, por favor. Se você for sozinha ou com algum desconhecido, vai ser muito perigoso. Eu vou lhe deixar em casa e não se fala mais nisso. — ele falou me olhando nos olhos e um arrepio estranho percorreu minha espinha.

Por puro instinto desviei o olhar para seus lábios carnudos, mas quando me dei conta, voltei a encará-lo.

  — Eu não sou irresponsável! Apenas não vou aceitar carona de um estranho. — falei decidida e ele arqueou a sobrancelha com uma expressão irônica... E sensual.

Malditos hormônios! 

  — Eu não sou um estranho, eu sou seu médico. Você me conhece e garanto que sua mãe vá preferir que eu te deixe em casa do que algum adolescente bêbado. - ele disse tudo e no final deu um sorrisinho estúpido.

E por ironia do destino começou a tocar Pillowtalk.

  — Ok, você venceu. Mas eu não vou agora, porque vou aproveitar um pouco a festa! — exclamei e aproveitei o momento de distração que ele teve para compreender o que eu estava dizendo e corri.

Sim, eu corri. Infantil? É, eu sei, mas eu estava realmente assustada.

Corri rapidamente por entre as pessoas procurando um local afastado, e quando cheguei perto da piscina, vi uma porta bem lá nos fundos da casa. Corri até lá,  e quando atravessei a mesma, dei de cara com uma cozinha ENORME e linda.

A cerâmica quadriculada, com uma bancada que tinha alguns banquinhos altos e lustres pendurados. Estilo cozinha americana. Também reparei que havia outra porta que aparentava ser a dispensa e lá me pareceu um bom esconderijo.
Andei até a porta, entrei no lugar que estava escuro e aparentava ser bem comprido, mas acabei ouvindo uns barulhos estranhos. Algo como estalos e gemidos.

Procurei pelo barulho e vi o contorno de dois corpos. O mais alto imprensando o mais baixo na parede... Estavam se pegando. Foi quando eu resolvi chegar mais perto para ver quem era, que as duas pessoas perceberam minha presença.

  — PUTA QUE PARIU! — ouvi ambas as vozes gritarem e ao reconhecer, comecei a rir sem parar.

  — Vai se foder, Melissa. — Eduardo falou irritado e eu não conseguia parar de rir.

Eduardo e Bernardo se pegando na dispensa. Qual é? Não tinha lugar melhor não?

  — Porra... — falei parando de rir e tomando fôlego. — Não tinha lugar melhor não? A dispensa, sério? — indaguei e logo comecei a rir novamente.

  — Empata foda. — Bernardo proferiu e eu já estava chorando de tanto rir.

  — Ai... Desculpa... Sério. — falei tomando fôlego.

  — Por que você veio parar aqui? — Eduardo perguntou.

  — Porque... - demorei um pouco pra pensar em algo. — Derramaram bebida na minha roupa e eu preciso me limpar. - falei rapidamente.

  — Se limpar na dispensa? Sério Mel? — Bernardo perguntou com um ar desconfiado.

  — Ok, eu estou fugindo. — expliquei rapidamente.

Meu Médico Possessivo (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora