O amor dói

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N/A: Eu sei que eu demorei mais que o normal, mas é por que eu realmente não estava conseguindo escrever esse capítulo.

Esse capítulo tá bem pequeno, mas é essencial, o próximo vai ser bem grande e divertido! Prometo.

Enfim, boa leitura! ;)

{ A R T U S }

Muita coisa passava pela minha mente, e naquele momento eu só queria explodir de raiva. Eu sentia cada milímetro do meu corpo ser composto por raiva, agonia e decepção. Eu queria ter controle sobre tudo como eu sempre tive, mas parecia que havia ficado mais difícil desde que Melissa entrou na minha vida.

Ela quebrou todas as barreiras que eu levei anos para aprender a construir e eu sentia toda minha possessão esvair. Mas aquilo ia mudar.

No momento que adentrei a porta principal da minha casa junto com os vários policiais, eu soube que eu ia voltar a ter controle sobre tudo na minha vida.

E quando eu vi ela vir na minha direção, com aqueles malditos olhos azulados que me lembravam a imensidão do mar, aqueles cabelos castanhos, aquela pele macia e levemente bronzeada, eu senti toda minha raiva esvair, porque ela é o meu ponto de equilíbrio.

  -- Artus... - ela chamou, e eu despertei do meu pequeno transe olhando tudo ao redor.

Os policiais já haviam pegado meu pai e os dois seguranças dele enquanto Bernardo estava parado ao lado de Eduardo com uma expressão vazia e os olhos inchados. Tudo tinha que estar certo, mas parecia tudo fora do lugar.

  -- Você vai me pagar! Eu sou seu pai e você não pode simplesmente fugir disso. - meu pai gritou e eu estremeci.

Ele sempre causou esse efeito em mim, e mesmo quando tudo deveria estar certo, ele vinha e destruia tudo. Sempre foi assim, desde a minha infância e eu me sinto envergonhado por saber que o sangue dele corre por minhas veias.

  -- Tirem ele daqui logo, por favor. - pedi para os policiais e eles assim fizeram.

A sala da minha casa estava praticamente destruída, os sofás estavam todos revirados, vários objetos de vidro estavam estraçalhados no chão e naquele momento eu soube que precisava de um tempo para mim, para Bernardo, para Melissa e para Eduardo.

Nós já havíamos passado por tanta coisa, será que passaríamos por mais?

  -- Quando as aulas de vocês terminarão? - perguntei quebrando o silêncio e a melancolia presentes naquela sala.

  -- Daqui há uns cinco dias. - Eduardo respondeu, ele parecia ser o mais forte presente ali.

  -- Nós iremos viajar, precisamos de um tempo. - falei e todos me olharam, mas a expressão de Bernardo continuava vazia.

  -- Eu não vou. - ele falou e eu franzi o cenho.

  -- Por quê? - perguntei.

  -- Eu quero um tempo só pra mim! - exclamou totalmente alterado e saiu dali correndo em direção a parte externa da casa.

Olhei para Eduardo que tinha um semblante triste no rosto, ele sabia o que estava por vir.

  -- Eu vou atrás dele. - falou e saiu dali deixando Melissa e eu sós.

Ela me olhou com uma expressão triste e confortante ao mesmp tempo.

  -- Desculpa por ter vindo pra cá, eu realmente estava desesperada. - falou me olhando e se aproximando lentamente.

Coloquei meus braços ao redor de sua cintura e a puxei fazendo com que seu corpo colidisse com o meu e seu rosto ficasse extremamente próximo do meu.

  -- Eu que tenho que pedir desculpas... Eu fui um estúpido, e você não merece isso. - encostei minha testa na dela e a olhei nos olhos. - Eu tenho tanto medo de dizer isso... Mas, eu te amo. Eu te amo tanto que todas as células do meu corpo doem, porque eu simplesmente preciso de você pra respirar.

  -- O amor dói. - ela falou e em seguida selou nossos lábios para iniciar um beijo cheio de volúpia e paixão.

O amor dói, mas conforta. O amor é mar de tão intenso que é.

[☆]

Tá pequeno, mas tá fofo e é essencial para o desenvolvimento da fic.

Pra onde vocês acham que eles vão viajar, hein? >.<

Enfim, o próximo capítulo sai logo, prometo!

Até mais. Beijinhos.

Meu Médico Possessivo (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora