O que você disse?

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Pouco tempo se passa e as crianças chegam da escola. Quando entram em casa, se deparam com Ana na sala e logo começa o questionamento.

Sebas: Ana como você está? Está bem? Se machucou muito?

Guile: Você vai castigar a gente?

Alex: Não parceiro ela vai fazer pior, vai se vingar jogando a gente da escada!

Alicia: Você ficou com alguma cicatriz?

Ana ri do desespero deles e logo começa:

Ana: Calma meus queridos, eu estou bem sim, não vou ficar com nenhuma cicatriz e não vou fazer nada com vocês gêmeos, vou perdoa-los. Foi uma travessura inconsequente, mas não é motivo para fazer algo ruim com vocês. Quando estava no orfanato, as freiras sempre me diziam para retribuir o mal com o bem.

Sebas: Orfanato Ana?

Ana: Eu e essa minha boca grande.

Alex: O que é um orfanato?

Ana: É um lugar onde as crianças sem pais ficam, e eu fui criada em um deles.

Guile: Você nasceu sem pais?

Alicia: Todo mundo tem pais Guile!

Alex: Então como ela foi parar lá?

Ana: A minha mãe me deixou na porta do orfanato quando tinha dois anos somente com um violão. Vivi lá até completar 18, que foi quando eu sai do interior e vim para cá para poder começar a minha vida. Desde então eu procuro pela minha mãe, mas só sei até agora que o nome dela é Soledad Fontes. -Ana termina de falar já em meio algumas lágrimas, mas limpa para que ninguém perceba, o que foi em vão-

Alicia: Que triste Ana!

Sebas: Você ainda vai encontrar sua mãe Ana.

Ana: Obrigada crianças, agora todo mundo subindo para lavar as mãos e descer para o almoço. Vou estar esperando vocês lá na cozinha.

As crianças começam a subir as escadas, mas Luz fica e abraça Ana. Seus irmãos vendo a cena, voltam e a abraçam também.

Alex: Desculpa a gente Ana?

Ana: Já disse que vou perdoa-los, está tudo bem.

Sebas: -Fala sussurrando para Ana- Até que você não é chata como eu pensei

Ana: -Fala ainda sussurrando- Que bom, mas você ainda não viu nada -ela pisca para ele, que sorri-

Ana: Agora vão, que a Manu e eu estaremos na cozinha esperando vocês.

Par de dois: Sim Ana.

As crianças almoçam e passam a tarde normalmente.

Alguns dias se passam, e Ana consegue cada vez mais se aproximar das crianças.

As crianças percebem que Ana pode ser uma grande amiga, mas ninguém diz nada.

Luz foi a que mais gostou de Ana, pois ela demonstrou muito amor, cuidado e carinho com a pequena, fazendo-a se sentir segura e protegida, o que não sentia desde que sua mãe morreu.

Alguns dias depois, já a noite

Ana coloca as crianças para dormir e vai para o seu quarto fazer o mesmo. Cerca de 15 minutos depois batem na sua porta.

Ana: Quem será a essa hora?

Ana abre a porta e vê que é Luz.

Ana: Oi meu coração, o que faz aqui a essa hora?

Luz entra no quarto e senta na cama de Ana.

Ana: Não conseguiu dormir né!? -Luz sinaliza que não com a cabeça.- Vem, deita aqui comigo.

Ana se deita com Luz e começa a conversar com ela, e acabam pegando no sono mas Ana esquece a porta aberta.

Depois de um tempo Luz tem um pesadelo com Isabela e acorda chorando.

Ana: O que foi meu coração? Teve pesadelo?

Luz assente.

Ana: Foi com seu pai? -Luz sinaliza que não- Com seus irmãos? -Luz sinaliza que não- Com a Isabela? -Luz assente- O que ela fez? brigou com você? -Luz assente-

Ana: Oh meu amor não fica assim não, eu não vou deixar ela fazer nada com você tá? Eu vou te proteger, se ela brigar contigo pode vir até mim, vou estar sempre aqui. -Ana abraça Luz e afaga seus cabelos-

Luz: Eu te amo Ana.

Ana: O que você disse?

Amor ProibidoOnde histórias criam vida. Descubra agora