Ele está em coma.

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{Podem ouvir a música agora, é só para acabar com o emocional de vocês mesmo! rs}

Ana: Ele...So...Sofreu um acidente –Eu disse de uma vez, levei minhas mãos aos olhos e chorei mais ainda-.

Manu: Como assim acidente, o que aconteceu? –Consegui perceber o nervosismo na voz dela-

Ana: Só...sei...que...foi...na...Avenida...Brasil -Consegui balbuciar essas palavras lentamente, enquanto tentava me controlar.

Manu: BRUNOOOOO, BRUNO VEM CÁ, RÁPIDO! –Ela gritou, e logo Bruno apareceu-

Bruno: O que fo...foi Ma...Manuela?

Manu: Bruno, seu Fernando sofreu um acidente na Avenida Brasil, vai pra lá agora.

Bruno: A...Acidente? Co...como?

Manu: Isso você vai descobrir quando chegar lá, anda vai Bruno.

Ana: Eu vou com você! –Foi a única coisa que consegui dizer sem soluçar-

Bruno: Vo...Vou pe...pegar o meu carro

Ana: Vou...pegar a minha bolsa.

Desci com cuidado da cadeira, por causa dos cacos do copo que eu havia quebrado, fui até o quarto e peguei minha bolsa. Antes de descer, lavei meu rosto no banheiro para tentar amenizar a situação do meu rosto, mas não adiantou muito pois eu não conseguia parar de chorar. Já tinha parado de chorar de maneira desesperada, mas as lágrimas insistiam em escorrer pela bochecha, e foi assim até chegarmos lá. Pedi a Manuela que não contasse nada para as crianças e cuidasse delas, e sai com Bruno. A falta de informações, a incerteza se ele estava bem, se ele estava vivo, para onde ele iria, o que iria acontecer, todos esses pensamentos me atormentavam a cada um dos minutos angustiantes que eu passei naquele trânsito infernal de São Paulo às 8:00 da manhã. Assim que chegamos na Avenida Brasil havia um pequeno engarrafamento. Quando vi as sirenes do que parecia ser uma ambulância piscarem ao longe, não pensei duas vezes e saltei do carro indo na direção da Luz. Engraçado, sempre dizem que quando estiver no escuro para ficar longe da luz, mas nesse caso essa luz era a única coisa que me trazia esperança de informações e de poder vê-lo. Pude ouvir Bruno gritando meu nome atrás de mim mas não me importei, só queria saber se ele pelo menos estava vivo. Pensar em perde-lo era a pior coisa do mundo.

Quando consegui chegar ao local, só consegui focar na imagem de Fernando sendo colocado na maca, com o rosto ensanguentado. Ver aquilo me deixou totalmente abalada, só consegui passar por baixo da fita amarela imposta pela polícia, e ir até ele.

Policial: Senhora! Não pode ir invadir aqui! –Ouvi ele dizendo assim que "invadi" o local.

Ana: Fernando, meu amor. –Eu disse assim que alcancei a maca onde ele estava.

Socorrista: Senhora não o toque, ele pode ter algum ferimento. –Ele disse quando eu comecei a acariciar Fernando- A senhora é alguma coisa dele?

Ana: Sou noiva dele. Como ele está?

Socorrista: Não sabemos ao certo, mas ele está perdendo muito sangue, precisamos leva-lo. A senhora vai querer ir na ambulância? –Ele perguntou já colocando Fernando na ambulância-

Ana: Sim, com certeza. Posso subir?

Socorrista: Sim, por favor.

Subi na ambulância e logo saímos. Os socorristas não paravam de injetar remédios em pequenos tubos ligados ao braço de Fernando, eu segurei firme a sua mão e limpei algumas lágrimas.

Amor ProibidoOnde histórias criam vida. Descubra agora