Que verdade é essa?

892 49 25
                                    


Cheguei no meu quarto e entrei no WhatsApp. Conhecendo bem ele, a essa hora ele estaria acordado. Dito e feito, em plena 3:00 da madrugada, Pedro estava online. Mandei mensagem na mesma hora.

-"Ei, Pedro"

-"Oi meu amor, não devia tá dormindo abraçada com o boy?"

-"Garoto, não seja palhaço"

-"Tá, desculpa. Mas pra tá me chamando a essa hora, o que foi?"

-"Preciso conversar urgente com você, tem como você vir amanhã as 8:00?"

-"Pra quê quer que eu vá ai de madrugada?"

-"Pedro, as 8:00 da manhã todo mundo já tá fazendo algo de útil. As crianças já estão na escola e o Fernando no trabalho."

-"Mas como dizia a tia Soledad, eu não sou todo mundo. Passo ai as 3 da tarde"

-"Pedro, por favor."

-"Não tem como ser mais tarde não? Acabei de chegar da boate."

-"Não, acho que a conversa vai ser longa e nem as crianças nem o Fernando podem saber."

-"É tão sério assim? Tudo bem, estarei ai quando você menos esperar"

-"Obrigada. Beijo, te amo."

-"Também te amo, até amanhã querida"

Desliguei o celular e me deitei novamente. Depois de alguns minutos pensando no que tinha ouvido acabei pegando no sono e fui acordada pelo alarme do celular. Cumpri a rotina e as crianças foram para a escola, e meia hora depois Fernando estava saindo de casa.

Ana: Você tem mesmo que ir?

Fernando: Sim, eu tenho.

Ana: Tá, eu entendo. Mas vou sentir saudades. –Eu disse fazendo voz manhosa-

Fernando: Não, não fala assim. –ele pegou em minhas mãos- Tenho vontade de nunca mais sair daqui.

Ana: Então não vai...

Fernando: Eu não posso, hoje é segunda. Mas a noite nos vemos.

Ana: Eu já estou com saudade.

Fernando: Eu também. –Ele me deu um beijo rápido- Eu tenho que ir, te amo.

Ana: Também te amo.

Dei um sorriso, ele retribuiu e saiu porta afora. Pedro chegou às 8:15, fomos para a cozinha tomar café e conversamos ali mesmo, já que Bruno e Manuela foram ao mercado.

Ana: Quer um café? –Perguntei assim que entramos-

Pedro: Claro, tô com um pouco de ressaca. –Ele disse se sentando-

Ana: Bem a sua cara. –Entreguei o café a ele e me sentei à sua frente-

Pedro: O que era tão urgente assim que ninguém pode saber?

Ana: Você lembra da Chicago?

Pedro: Aquele boate horrenda daquele cara ridículo onde você trabalhava? Sim, lembro.

Ana: Pois é, eu ainda trabalho lá.

Pedro: Eu não acredito Ana! Você tá de brincadeira comigo né?

Ana: Não Pedro, você sabe meus motivos.

Pedro: É, eu sei. Mas você sabe muito bem que eu sempre fui contra você trabalhar lá.

Amor ProibidoOnde histórias criam vida. Descubra agora