Capítulo 10

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Já fazia uma semana desde que North havia sido operada. Graças a Deus tudo ocorreu bem e a menina teve uma semana cheia de mimos, vindo de mim, de Ty, e até de Leah. Como eu disse, a loira não estava nada bem. Ora não estava nem aí para os filhos, e ora parecia ser a melhor mãe do mundo. Dou de exemplo o final de semana que havia chegado e ela resolveu ir viajar para casa de seus pais com as crianças, que ficava em uma cidade bem próxima de San Diego. Foram nessa manhã e só voltariam no domingo à noite.

— Sério que você vai passar a noite de sexta em casa? — perguntei a Ty, que estava jogado no sofá, assim que desci, quando escutei o carro buzinando do lado de fora.

— Sim. — ele riu, encarando-me. Escutei em seguida as vozes estridentes de Kim e Perrie gritando em frente a casa.

— Você já viu a noite linda e o calor que tá lá fora? — Ty apenas balbuciou um aham e eu apenas dei de ombros e me olhei no espelho, retocando meu batom.

— Não precisa se arrumar mais, tá linda, agora vai logo porque eu não aguento mais essas meninas buzinando e berrando. — Ty clamou rindo e eu gargalhei.

Perrie e Kim estavam com o carro estacionado em frente a casa, não paravam de buzinar e de me chamar. Nós iríamos para uma boate, porém, ambas tinham acabado de sair de um aniversário, e provavelmente já estavam bêbadas.

— Aeeeee! — Perrie se jogava em meu colo no banco de trás.

— Sério que vocês querem sair assim? — olhei assustada para Perrie, que ria de tudo.

— Eu já quero desistir! — o rapaz que estava ao lado de Kim, no banco do carona, admitiu. Eu não sei o que essa noite me reservava, porém, sei que não prestaria.

As luzes do lugar e a batida eletrônica combinavam perfeitamente com o álcool descendo garganta abaixo. Não tinha uma pessoa sequer sóbria ali, e me atrevo a dizer, que algumas delas não estava apenas bêbadas.

— Eu quero qualquer coisa que me deixe bêbada. — Perrie falava, olhando para o bar.

— Mais bêbada, você quer dizer... — Kim a corrigia e eu ri.

— Para começar, um Long Insland, por favor! — pedi uma maravilhosa bebida que continha tequila, rum, vodka, gin e Coca-Cola, esse era de derrubar qualquer um.

Danças. Risadas. Diversão. Azaração. Luzes. Gargalhadas. Malibu, por favor! Eu quero um Cosmopolitan. Um Blue lagoon. Me vê uma Margarita. Pode ser aquela bebida azul ali. A noite estava assim, e quando deu apenas três da manhã, eu resolvi ir embora. Aquilo não ia dar certo. As meninas estavam loucas demais e eu já tinha bebido muito. Mais uma hora naquele lugar e eu seria presa, porque, com certeza, ficaria fora de mim.

Peguei um táxi, que me levou rapidamente até em casa. Abri a porta rindo sozinha e tirando a blusa, deixando em cima do sofá. Eu estava louca de bêbada. Fazia tempo que não ficava assim e não me orgulhava de chegar a esse ponto, mas, às vezes, você precisa simplesmente encher a cara para espairecer. Entrei no meu quarto e me taquei na cama, encarando o teto e vendo tudo rodar.

— Droga. — falei, levantando-me antes que passasse mal.

Estava fazendo muito calor, desde cedo, e, sem pensar, tirei a saia que ainda estava em mim, já que a blusa eu havia deixado no andar de baixo. Andei até a janela e fechei os olhos ao sentir o vento gelado tocando meu corpo. Sem dúvidas, aquela era a noite mais quente desde que cheguei aos Estados Unidos.

Acordei do meu transe e logo estiquei meus braços para fechar pelo menos uma janela para que pudesse dormir, quando bati meu olhar nos fundos da casa e arregalei meus olhos com a cena que eu estava presenciando. Esfreguei meus olhos para tentar enxergar melhor. Eu realmente estava vendo aquilo? Forcei minha vista e fiquei incrédula. Ty estava deitado na espreguiçadeira, todo molhado, provavelmente tinha acabado de sair da piscina, apenas de boxer, e estava nada mais, nada menos, do que se masturbando.

Au Pair | Elizabeth Olsen & Sebastian StanOnde histórias criam vida. Descubra agora