Capítulo 17

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— Posso ir? — eu perguntava com os olhos fechados e os braços apoiados no batente da porta. — Lá vou eu. – disse, abrindo os olhos.

Aquela noite de quarta-feira estava realmente sendo divertida, mas... Eu já disse o quanto odiava brincar de pique esconde? Não sei exatamente o motivo, mas desde criança nunca gostei. Quando eu me escondia, não via a hora de ser pega, porque sempre me dava vontade de ir ao banheiro. E quando era minha vez de contar, me sentia sozinha com todo mundo escondido.

– Nossa, Tyler, se mata! — falei ao encontrar Ty abaixado atrás do sofá e gargalhei.

— Cara, eu nunca fui bom nisso... — ele disse, se levantando.

— Percebi. – falei, rolando os olhos pelo lugar óbvio que ele havia se escondido.

Tenho que admitir que fiquei um bom tempo procurando North. A pequena era realmente boa, e a encontrei em um dos armários de baixo da pia da cozinha, espertinha.

— Cansei. — Ty falava, se jogando no sofá e ligando a televisão. Sentei-me na poltrona confortável da sala e North correu para meu colo.

— Ah, não, gente! — ela falava, cruzando os braços. — Vamos brincar mais... — pedia e recebeu em troca todo tipo de negação vindo de mim e Ty. — Seus velhos! – disse, por fim, saindo do meu colo e deitando com seu pai.

— Que absurdo! — eu disse, levando minha mão até a boca. — O único velho aqui é seu pai, North, eu sou quase uma adolescente. — falei e Ty abriu o berreiro a gargalhar. Um riso alto até demais. Idiota. — Qual a graça, Tyler? – perguntei, o encarando séria, porém prendendo o riso.

— Nada não... Adolescente. — falou e eu esperei North não olhar para lhe dar o dedo do meio.

A menina tentou nos convencer por mais alguns longos minutos, mas foi vencida pelo cansaço e subiu para seu quarto, dizendo que arrumaria sua bolsa. Hoje a pequena iria para casa dos avós com Leah. Ty deu a ideia de pedirmos pizza e eu logo fiquei animada, já que desde que Leah foi embora, meu trabalho dobrou.

Eu cuidava muito mais da casa do que antes, mas não estava reclamando. Afinal, tinha vezes que North ia para sua mãe e, mesmo assim, eu recebia, então era o mínimo que eu podia fazer.

— Vou lá ver qual sabor ela quer... – disse, me levantando.

— Vai lá, novinha. — Ty implicava comigo.

Peguei uma almofada e me aproximei de Tyler, ficando bem perto do sofá onde ele estava deitado e taquei a almofada bem em seu rosto. Ele me agarrou pelas pernas, fazendo com que eu me desequilibrasse e caísse em cima dele.

— Sai de mim, Tyler! – falei, forçando meu corpo para cima.

Sai de mim, Tyler!— ele repetiu minhas palavras, forçando uma voz chata. Ty levou suas mãos até a minha coxa dizendo: — Desde quando você usa short tão curto em casa? – perguntou, com um sorriso torto no rosto, enquanto alisava minha perna.

— Desde sempre, ficou louco? – perguntei, apoiando meus braços no sofá para não deitar completamente em Ty. — Me solta, Tyler, a North pode descer...

— Então me dá um beijo. — ele me interrompeu com uma voz sedutora e eu encarei Ty com uma expressão engraçada.

— Ãhn? — foi a única coisa que saiu da minha boca, seguida de uma risada.

— Só sai daqui se me beijar. — ele falou, rindo também.

— Tyler! – falei, o olhando, prendendo o riso, e rolei os olhos. Abaixei meu corpo e dei um selinho rápido em Ty, voltando a minha posição inicial.

Au Pair | Elizabeth Olsen & Sebastian StanOnde histórias criam vida. Descubra agora