Capítulo 6

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A confusão de sentimentos

Na manhã seguinte, era sábado, e como todas desgraças costumam vir juntas quando se trata da minha pessoa, minha mãe recebeu um convite para um aniversário. O proprietário de um banco que comprou um belo imóvel em sua imobiliária ,decidiu fazer um almoço (Omg! Almoço? Sabe, por que não um jantar? Acordar cedo em pleno sábado e passar o dia com vários desconhecidos não estava em meus planos). Minha querida, progenitora não recusou, 1) Porque queria ficar bem com um cliente rico.2) Porque seria uma bela oportunidade para exibir sua filha ao constrangimento de fazer amigos(Não que fosse dar certo (risos)).

Quando fui anunciada do tal programa, pensei: "Alguém ,por favor, entre nesse quarto com uma nave alienígena", hesitei bastante, porém, fui vencida por um drama digno do Oscar, a protagonista? Minha lindíssima mamãe. A verdade, é que minha mãe sempre abriu mão de muitas coisas para cuidar da família, muitos dos seus sonhos foram interrompidos quando nasci, agora, ela usa isso como argumento. Depois de analisar todas essas questões , acabei sendo convencida, afinal não deveria ser tão ruim assim...

Ao chegarmos na casa do Sr. Sartori, fomos recebidos pelo próprio, que fez questão de nos cumprimentar e dar as "Boas vindas".

Fomos levados para uma linda sala (Quando digo "linda" eu quero dizer "wowwww", sabe uma daquelas que só vemos nos filmes e sabemos que nunca teremos igual?), suas paredes eram brancas e haviam arcos contornando as soleiras das portas, os quais lembravam a arquitetura indiana, vitrais coloridos davam um ar descontraído ao local, além disso, um lustre que ficava localizado no centro da sala, pendurado ao teto, era simplesmente "de tirar o fôlego".

_Sr. Sartori, essa é minha filha Aurora, e o meu marido Josh._ Mamãe fez questão de apresentar a família feliz.

Nós acenamos para cumprimentá-lo e ele fez o mesmo.

Ele fez questão de anunciar que a "negociadora da itália" havia acabado de chegar, na verdade ele berrou : "Essa é a senhora bianucci" , todos olharam em nossa direção, pareciam confusos (Provavelmente, esperavam uma imagem mais bonita, e nós éramos uma família de estranhos), logo, suas expressões mudaram e deram lugar a um sorriso acolhedor. Boa parte dos convidados eram familiares do Sr.sartori, o que fazia com que me sentisse ainda mais deslocada, esperava mais pessoas comuns, dessa forma conheceria alguém real com quem pudesse "manter um diálogo", todavia todos a minha volta não passavam de "riquinhos fúteis".

Desviei minha atenção das pessoas e pus os olhos sobre um jarro de flores, algo chamou minha atenção, as flores eram idênticas aquela deixada no meu quarto, mas, não devia passar de uma coincidência, afinal flores são coisas comuns, não são peças únicas. Todavia, minha mente voltou a questão, como ela havia parado no meu quarto? Como era possível?... Aquilo foi real, não foi sonho ou imaginação, pois quando acordei ela continuava no mesmo lugar a me intrigar.

_Aurora, você deve conhecer meu filho, afinal estudam na mesma escola, o nome dele é Arthur._ Falou o Sr. Sartori trazendo minha atenção novamente para realidade.

""Arthur" aquele nome fez meu sangue congelar, entretanto, não era possível seria muita falta de sorte ir parar na casa " Dele".(Além disso, fui obrigada a usar um vestido que deixava meu corpo mais "reto" que de costume, tornando minhas curvas inexistentes, parecia mais o tipo de roupa que usam em cerimônias fúnebres, um horror!).

_ Acho que não somos da mesma turma..._ Menti, afinal o que eu poderia dizer? "Sim, conheço, ele me assusta e pensei que quisesse acabar comigo a primeira vez que nos vimos", jamais!.

_Ele já está descendo. _Anunciou ele, fitando a escada ,localizada no canto esquerdo da sala.

Evitei olhar, mas, como todos fizeram fui coercitivamente obrigada a fazer. E sim, por mais que tivesse pedido para não ser ele, minhas preces não foram ouvidas . (Nave alienígena, já pode agir se quiser!)

361° As Faces De AuroraOnde histórias criam vida. Descubra agora