Ever After High

Os novos visitantes do País das Maravilhas (Parte 2)

Saio correndo em direção a feira, sem nem olhar para ver se ele ainda me segue.

Meu coração está pregando peças em mim, e pior ainda, estou acreditando cegamente nisso.

-Raven? -Cerise me chama. -Está tudo bem?

Interrompo minha corrida desesperada a lugar nenhum, e me aproximo dela.

-Ei. -Ela se aproxima. -O que houve? É com o Dex.

Olho-a surpresa.

-Ei, não é como se eu não soubesse. -Ela diz. -Tenho instintos. E faro!

Sorrio.

-É com ele?

-Não exatamente. É comigo. Somos Rebels, Cerise. Isso não é errado? Gostar de alguém que eu deveria manter uma rixa?

-Não exatamente, Raven. Você nunca foi má, por que ser agora se você nutre sentimentos grandes e bons por um Royal. Só por que ele vai herdar uma coroa, não significa que ele não possa se interessar por você que herdou um destino escuro. Na verdade, nem sei se realmente estamos fadados a isso. Sabe, depois do dia do legado, as coisas ficaram bem diferentes.

-Diferentes como? -Questiono.

-O mundo Ever After está totalmente mudado. E em algumas partes a mudança só está acontecendo.

Fico assustada pela forma como ela fala. Com certeza é herança do pai.

-Melhor irmos. -Digo.

-É. -Ela concorda. -Prometi a Lizzie que iria arrumar o terreno pro croque.

-E eu iria ajudar a Mady em todo o resto. Nunca imaginei que isso iria ser tão exaustivo! -Confesso.

Continuamos caminhando até a feira. Mady está sorrindo, e verificando tudo. A maioria das ordens são quase incompreensíveis. Charadês não é uma língua que todos dominam, sabe.

-Se um gafanhoto amarra o sapato, o que não se poderá fazer com um laço? -Ela fala com a testa franzida.

Os que receberam a ordem não entenderam absolutamente nada e coçaram a cabeça pela confusão.

me aproximo.

-Deixa comigo, Mady. -Digo. -Ela quis dizer por que não amarram essa faixa um pouco mais apertada? Está fácil de sair! 

Eles aliviam a expressão e fazem o que disse.

-Desculpa, Raven. -Mady diz. -Não estou acostumada a organizar uma festa assim, sem ajuda. Quer dizer, tinha o Alistar e a Bunny. Hoje está apenas eu, Lizzie e Kitty. Nos sentimos incompletas, sabe?

Olho para Lizzie, se esforçando, mas falhando miseravelmente em seu jogo de croque.

Alistar deveria ajuda-la no jogo de croque enquanto estavam no País das Maravilhas, e Bunny deveria dar uma mãozinha na festa do chá. Mas eles não estão aqui!

Não estão.

-Gente! -Alguém grita.

Viro a cabeça em direção ao grito. Um porquinho serelepe vem correndo, já muito ofegante.

-O que foi, pig-one? -Pergunto.

-O poço... a luz... dois... sairam... -Ele diz meio que apressado e ofegante demais.

-Não estou entendendo. -Digo.

-O poço brilhou. Saiu uma luz muito forte de lá. E depois um menino e uma menina surgiram de lá!

Fico surpresa e olho na direção que ele aponta.

É de onde vim. O poço dos desejos!

-E cadê os rapazes? -Pergunto.

-Estamos aqui! -Um menino loiro e alto fala.

-E não são rapazes,  é ele  e ela. -Uma menina mais branquinha fala.

-Bunny! Alistar! -Lizzie, Kitty e Mady saem ao seu encalço.

Ambos caem no chão.

-O que fazem aqui? -Mady pergunta.

-Não sabemos. O poço brilhou e fomos sugados para cá!

Analiso a conversa.

-Isso não pode ser bom. -Murmuro.

*GOSTOU? NÃO SE ESQUEÇA DE CURTIR*