Invasor sorrateiro

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Despertei com uma dor de cabeça incontrolável, mil projeções prosperavam na minha mente e meus olhos latejavam de maneira lacerante. O céu estava nublado e as nuvens desenhavam o harmonioso amanhecer. Sentei na cama, abri minha gaveta, peguei dois comprimidos de um remédio e tomei.

Levantei, olhei em volta e uma tontura macabra tomou conta do meu corpo por uns minutos. Fui ao banheiro, avistei meu reflexo perplexo no espelho e observei que minhas olheiras estavam horrendas.

— Parece que não dormi nada. Que sonho bizarro! Não sei mais como controlar, portanto acho que preciso procurar ajuda. Sempre quando eu tenho esses pesadelos, acordo com algum tipo de dor ou mudança. — pensei com os olhos fechados.

Escovei os dentes, tomei banho e vesti uma roupa qualquer, porque não estava bem para escolher nada no momento. Toddy e Melanie permaneciam sentados no balcão da cozinha e me olhavam com uma expressão de extremo pavor. Andei até a cafeteira, peguei um pouco de café e disse:

— Bom dia! Na verdade, não muito bom! Acordei com uma dor de cabeça macabra. — disse eu observando a expressão deles. — O que foi? Que caras são essas? Está parecendo que se olharam no espelho quando acordaram.

Eu ri alto e coloquei a mão na cabeça tentando controlar a angústia. No entanto, eles continuaram sérios sem expressar nada. Então, eu falei:

— Gente?? Terra chamando... Olá! O que está acontecendo? Morreu alguém? — disse eu.

Então Melanie piscou e abaixou a cabeça dizendo:

— Encontramos uma pegada de sangue no seu quarto, na mesinha, quando acordamos. Limpamos para você não ver, mas tivemos que te contar. Não queríamos guardar segredo. Alguém entrou aqui de novo. Você viu alguma movimentação? Um bilhete estava na sua mesa escrito:

"Você irá sofrer nessa sua vida miserável."

Minha expressão de horror foi imediata.

— Tá vendo, Toddy?! Eu falei! Você é teimoso! — disse eu com um tom de tristeza.

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