A hora estava fluindo, então decidimos voltar para o evento. Levantamos, saímos da lanchonete e retornamos ao local. A segunda parte do concurso de cosplay começaria em uma hora, sendo assim ainda tínhamos tempo para andar, conversar e jogar RPG.
A tarde retinha um aspecto peculiar, insigne e extravagante. O céu absorvia os amores de primavera e suas nuvens predestinavam as amarguras das coitas de amor. O vento soprava em direção ao norte e as tristezas ressoavam em suas ondas pragmáticas.
Leon olhou em meus olhos e disse:
— Ainda temos tempo para fazer algumas coisas, Matt.
— Bem, podemos jogar RPG. O que acha? Ainda não fizemos isso hoje. — fiz expressão de desapontado. — Você gosta?
— Amo! — ele sorriu. — Partiu! — ele segurou minha mão.
O RPG é uma forma incrível para se conectar ao mundo imaginário e intangível. Os games têm um espaço marcante nos eventos e nos corações das pessoas.
Leon e eu jogamos por alguns minutos. Depois, decidimos voltar para o palanque e esperar o chamado dos juízes, pois tínhamos somente dez minutos.
10 minutos depois
Queridos fãs de animes e mangás, iremos iniciar a segunda fase do concurso neste momento. Vamos lá! Estamos todos ansiosos! Vocês têm 5 minutos para organizarem suas cenas e começarem. Boa sorte! — o jurado esclareceu.
Organizamos nossa parte e decidimos ensaiar. As pessoas apresentaram as cenas e éramos os últimos. O anime que escolhemos foi Vampire Knight. Subimos no palanque e encenamos uma parte interessantíssima do anime. Logo em seguida, os juízes levantaram e aplaudiram todos os candidatos.
— Os prêmios serão anunciados em instantes. Fiquem atentos! As duplas que forem chamadas podem dar um passo à frente. — o juiz falou. — O terceiro lugar é de Sam Trevon e Marie Light. Os segundos no pódio são Leonor May e Phellippe Mason. O primeiríssimo vai para Matthew Knight e Leon Bittencourt.
Os gritos, palmas e acenos foram marcantes e cerimoniais. Os vencedores foram até os jurados e receberam os prêmios. Sorri de satisfação e felicidade, olhei para Leon e abracei-o.
— Leon, primeiro lugaaaar! — gritei de euforia.
— É isso aí! — ele jogou as mãos para o alto e sorriu. — Bem, agora vamos. Precisamos nos arrumar para festa do Gabriel. — disse ele.
— Claro! Partiu! — concordei.
Fomos até o carro e entramos. Saímos em disparada e fomos para casa. Chegamos em frente às residências e dei um beijo no rosto do Leon.
— Muito obrigado por esse dia! Foi maravilhoso! Você é incrível! — abracei-o.
— Foi excelente mesmo! Estou muito feliz! Você é incrível também! Te espero aqui daqui a pouco. Até mais! — ele corou.
— Até! — sorri satisfeito.
Andei até meu quarto e fui tomar um banho. Sai do banheiro e me desloquei até o armário para procurar a roupa que eu havia comprado, exclusivamente, para a festa de Gabriel. Me vesti, arrumei o cabelo, peguei minhas coisas e sai de casa. Leon já estava me aguardando encostado no carro. Caminhei até ele e perguntei:
— Vamos?
— Está gato, hein! — ele ficou me observando petrificado.
— Obrigado! Você está lindo também! — sorri.
Leon abriu a porta do carro para mim e entrou. Ligamos o rádio em uma estação com músicas eletrônicas e partimos.
15 minutos depois
Chegamos ao local, olhamos em volta e descemos do veículo. O ambiente era plácido, inerte e ambíguo. A escuridão se assenhorava, sem perdão, da localidade; e os monstros, que residiam escondidos nas trevas, eram vistos penhorando seus crimes e pecados. A alegria tinha receio de ser vista e a bondade, prostrada nas nuvens, não encobria seu medo.
O portão era imperioso, um gigantescos portal com vários detalhes em bronze. Adentramos e fomos até a porta que dava para o salão de festas. O silêncio reinava supremo, andamos bem devagar até o meio do salão e olhei para Leon:
— Isso está muito bizarro! Não tem ninguém aqui. — murmurei assustado.
— Tem razão! Vamos embora. — respondeu ele.
— Não! Espera! Estou ouvindo alguma coisa. — repliquei.
As luzes se acenderam e o pânico floresceu. O meu grito foi ensurdecedor. Aquela cena marcava os meus piores pesadelos.
— AAAAAAAAAAAAAAAAH! — gritei de pavor.
Leon ficou pétreo e gélido, não conseguindo mover-se . O medo prosperou em seu subconsciente e seu corpo não conseguia responder mais à sua angústia.
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Nunca deixe de acreditar
Mistério / SuspenseA vida de Matthew sofre uma reviravolta homérica quando, se mudando para North East, eventos estranhos ocorrem em seu cotidiano. Uma história de suspense repleta de amor, traição, terror, medo e amizades. Venha se aventurar em cada capítulo desse li...