Relações hereditárias

308 21 52
                                    

Lenta morte do mar com tristes ondas finas de sangue, assim é um passado intermitente, que volta com assombros enigmáticos de trevas pitorescas

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Lenta morte do mar com tristes ondas finas de sangue, assim é um passado intermitente, que volta com assombros enigmáticos de trevas pitorescas. As minhas lembranças são assombrações tristes de uma alma cansada, que vive por centenas de anos aguardando a morte, com lírios, epitáfios e desejos.

Olhei em meu relógio, que marcavam 20h. Entrei em um bar, sentei em uma cadeira e fiquei olhando pelo vidro, imaginando cada resquício de pensamento criptografado das mentes humanas. Os olhos são a janela da alma, mas alguns seres humanos são tão malignos e perversos, que suas almas foram embora com medo deste castelo escuro e frio. Então, o que eu conseguiria ver por essas janelas? Escuridão? As trevas? O inferno? Ou pior... a inocência perdida e escondida em um emaranhado de mentiras e podridão.

Enquanto eu estava perdido em meus devaneios, uma menina apareceu e disse:

— Olá, Matt. Sou a Cathy! — sorriu.

— Sente-se, Cathy! Estava te esperando. — disse eu.

— Desculpe a demora. Eu estava presa em outro compromisso.

— Tudo bem! Chegou na hora. Quer beber algo? — perguntei.

— Eu vejo que você já pediu uma caipirinha. — ela apontou para o copo.

— Eu preciso beber hoje! — exclamei.

— Tá tudo bem! Vou te acompanhar então. — riu. — Garçom, uma cerveja, por favor!

— Hm... Você é das minhas. Então, um brinde à realidade. — falei.

— Um brinde! Achei estranho não te encontrar na Starbucks, porém agora entendi por quê.

— Ah! Obrigado! – ri. — Bem, então vamos lá. O que você quer falar? Pode desabafar.

— Primeiro, aquele seu namorado é muito grosso. Um idiota! — ela fez expressão de zangada.

— Opa! Vamos deixar uma coisa bem clara, ok? Ele não é meu namorado, e segundo, ele se esforça para ser um cavalheiro, mas às vezes perde um pouco a linha. — ri alto.

— Um pouco? Ele é um grosseiro de primeira.

— É! Um pouquinho! Mas me protege, e eu o amo muito. — murmurei.

— Você sempre apaixonado por homens encrenqueiros. — riu.

— É... não posso discordar disso. — gargalhei.

— Não sabia que você era tão legal. Pensei que era uma maluca.

— Nossa! Obrigado pela parte que me toca. Mas não, sou só um pouco louca, entretanto com o tempo você acostuma.

Nunca deixe de acreditar Onde histórias criam vida. Descubra agora