Capítulo quatro

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{Tyler}

Ao infelizmente entrar na sala, percebi imediatamente as rachaduras nas paredes e as mesmas manchas repulsivas que adornavam a fachada da escola. Que lugar péssimo, pensei, enquanto me dirigia a uma das carteiras do meio. Um garoto se sentou atrás de mim, mas nem prestei muita atenção.

- Olá! - saudou o garoto.

Dei um pulo de susto.

- Céus! Quero dizer, oi! - respondi, tentando disfarçar o susto.

- Desculpe assustar você, percebi que é novo por aqui. Me chamo Logan Winchester. - apresentou-se, com um sorriso.

- Prazer, sou o Tyler Morgan. - respondi.

- Como está sendo seu primeiro dia? - perguntou Logan.

- Péssimo, na verdade. Nem queria estar aqui. - admiti. - E você foi a primeira pessoa a falar comigo.

- Com o tempo, você se acostuma e percebe que não é tão ruim. E você não é o único novato aqui, na verdade, nesta escola. - disse Logan. - As notícias correm rápido por aqui.

- Minhas irmãs também são parte dessa turma de novatos, o que não é tão ruim. Pelo menos não estou sozinho. - comentei.

- Também tenho duas irmãs. Podemos nos conhecer melhor no intervalo. - sugeriu Logan.

- Por mim, tudo bem. - concordei.

Logan parecia ser um cara legal, e eu não tinha sido antipático com ele, o que já era um progresso.

- Olha, mais um conselho: as pessoas daqui podem parecer estranhas, e algumas realmente são, então, tome cuidado. - alertou Logan.

- Está bem. - respondi, um pouco intrigado.

O que ele quis dizer com isso?

- Ninguém aqui é um assassino em série, né? - perguntei, meio de brincadeira.

- Não, eu acho. - respondeu Logan. - Em Valência, só há registro de fantasmas.

- Você tem o sobrenome dos famosos exorcistas. É filho deles? - questionei, curioso.

- Não, Tyler. - respondeu Logan. - Não somos os únicos com esse sobrenome no mundo.

Não me convenci totalmente com essa resposta.

- Mas, nesta cidade estranha, vocês são os únicos, sim! - insisti, sorrindo.

Sou bastante observador sobre esse assunto e conheço a fama dos Winchester.

- Continuarei negando. - respondeu Logan, de forma enigmática.

Não quis mais pressioná-lo. A professora entrou na sala e começou sua aula.

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