{Tyler}
— Bom dia! — cumprimentei, ainda sonolento ao entrar no quarto.
— Bom dia! — respondeu Scarlet, sua voz ainda carregada de sono.
— Por que está toda de preto? — perguntei, percebendo sua escolha de roupa.
— O velório, esqueceu? -—ela lembrou, sua expressão séria.
— Ai, é mesmo, esqueci completamente. — admiti, sentindo-me um pouco culpado pela distração.
— Vá se arrumar, Tyler. Cristina disse que irá nos acompanhar. — Scarlet instruiu, sua voz firme indicando a urgência da situação.
Assenti e me dirigi ao banheiro. Após terminar meu banho, me vesti rapidamente e retornei ao quarto.
— Estou pronto. —anunciei, pronto para enfrentar o dia.
— Vamos então. — Scarlet disse, indicando que era hora de irmos.
A porta se abriu e uma garota desconhecida entrou.
— Quem é você? — perguntei, surpreso com sua presença.
— É a Thaisa. —explicou Scarlet.
—Olá! — cumprimentou Thaisa, sua voz cheia de confiança.
— Nunca prestei atenção em você. — admiti, percebendo minha própria falta de atenção.
— Percebi. Bom, deixa eu me apresentar direito. Me chamo Thaisa Ferraz e tenho 13 anos, moro aqui já tem uns 2 anos. — Thaisa se apresentou, sua voz firme e autoconfiante.
— Me chamo Tyler, tenho 16 anos e moro aqui faz 24 horas. — me apresentei, tentando manter a leveza na conversa.
— Além de lerdo é engraçadinho. — Thaisa brincou, seu sorriso divertido iluminando o rosto.
—Bom, o que veio fazer aqui? — perguntou Scarlet, retomando o foco da conversa.
— Cristina está chamando vocês. — respondeu Thaisa, lembrando-nos de nossa próxima responsabilidade.
Com isso, nos dirigimos para encontrar Cristina, prontos para enfrentar mais um desafio juntos.
Cristina estava esperando por nós na sala de estar do orfanato, com uma expressão séria e preocupada. Assim que nos aproximamos, ela nos cumprimentou com um aceno de cabeça e nos convidou a sentar.
— Bom dia, crianças. Sinto muito pela perda de vocês. — começou Cristina, sua voz suave transmitindo empatia.
— Obrigado. — respondemos em uníssono, grato por sua compaixão.
— Estou aqui para ajudar no que for preciso. Se precisarem conversar, desabafar ou apenas um ombro amigo, estarei disponível para vocês. — continuou Cristina, seu olhar compassivo nos reconfortando.
Agradecemos suas palavras e prometemos que iríamos procurá-la se precisássemos. Depois da breve conversa com Cristina, fomos informados sobre os preparativos para o velório e o funeral.
— Vocês podem ficar aqui o tempo que precisarem. Estamos aqui para apoiá-los - disse Cristina, sua voz calma e reconfortante.
Agradecemos mais uma vez e nos despedimos, prontos para enfrentar o dia que se seguiria. Enquanto nos dirigíamos ao local do velório, um sentimento de solidariedade e união nos envolveu. Apesar de todas as dificuldades que enfrentaríamos, sabíamos que não estávamos sozinhos. Juntos, poderíamos superar qualquer coisa que a vida nos lançasse.
O trajeto até o cemitério foi pontuado pelo silêncio carregado de emoções que pairavam no ar. Finalmente, chegamos, e enquanto assistíamos ao serviço funerário para Agatha e Logan, uma mistura de tristeza e resignação nos envolvia.
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A Casa Do Medo
ParanormalA família Coleman começou uma nova vida na histórica cidade de Valência, na Espanha. Mas a casa para a qual se mudaram não é apenas uma residência nova; é um local com um passado sombrio. Rumores de que a casa é assombrada pelo espírito de um menino...