Capítulo vinte e oito: Agatha está bem

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{Tyler}

Fui levado para uma sala onde fizeram alguns curativos em mim.

— Quanto tempo vou ficar com esses trecos no braço? — perguntei.

— Até cicatrizar. — respondeu a enfermeira.

— Vai demorar muito até cicatrizar isso? — perguntei novamente.

— Creio que sim, você teve cortes profundos. — respondeu a enfermeira.

— Que merda. — resmunguei.

Assim que a enfermeira terminou, me levantei e saí da sala.


{Scarlet}

Tyler veio em minha direção assim que saiu da sala.

— Oi! — disse ele.

— Oi! — digo.

— Como você está? — perguntou Tyler.

— Bem, na medida do possível, e você? — digo.

— Esses pontos estão doendo. — reclamou Tyler.

— Ué? — ri. — Você foi arremessado contra um espelho, queria que ficasse intacto?

— Poderia ter acontecido isso para ajudar minha vida. — disse.

— Mas não aconteceu. — digo.

— Como ela está? — perguntou, referindo-se a Regan.

— Bem mal. — respondi.

— Acha que ela vai sair dessa? — perguntou Tyler.

— Creio que sim, a esperança é a última que morre. — respondi.

Ficamos ali sentados quando a enfermeira nos avisa que poderíamos ver Regan.

— Podem ir ver a paciente Regan Morgan, sala 13. — disse a enfermeira.

— Obrigada. Vamos, Tyler. — digo.

Nos levantamos e fomos em direção à sala. Entramos e vimos Regan totalmente machucada.

— Odeio isso. — disse Tyler.

— Todos nós odiamos. — digo — Espero que ela fique bem logo.

— As coisas ruins sempre acontecem com ela. — disse Tyler.

— Coisas ruins acontecem com pessoas boas. — digo.

— Mas ela é uma criança, não deveria sofrer assim. — disse Tyler.

— Demônios não têm pena de crianças nem de ninguém, Tyler. — digo.

— Estou cansado disso tudo, não aguento mais. A cada semana tem alguém aqui dentro, e na maioria das vezes são vocês duas e a Agatha. — disse Tyler.

— Ele escolhe suas vítimas, não podemos fazer nada. Ao voltarmos para casa, qualquer um de nós poderá ser atacado outra vez. — digo.

— Tenho medo de mais alguém sair morto. — disse Tyler.

— Perdemos nossos pais, o que poderíamos perder agora? — perguntei.

— A Regan. — respondeu Tyler.

— Ela é uma das coisas mais preciosas na minha vida, não posso perde-la. — digo.

— Você sabe que isso vai acontecer. — disse Tyler.

— Não estou preparada para isso ainda. — digo.

— Você nunca vai estar. — disse Tyler.

— Por que está me dizendo isso? — perguntei.

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