Boa leitura!
“— Mãe, hoje na escola, falaram que quando o esposo morre, chamam a mulher de viúva, e quando os pais morrem, chamam o filho de órfão. Mas e quando o filho morre, como chamam a mãe? – eu perguntei curiosa pra mamãe. Ela olhou pra mim e sorriu, seguido de um suspiro.
— Kim, não existe um nome para a mãe – ela falou e eu continuei sem entender.
— Por que?
— Porque quando a mãe perde um filho, a dor é tão grande, mas tão grande que não pode ser nomeada. – Disse ela por fim.”
Mas por um lado ela estava errada. Por que quando um filho perde a mãe, a dor também não pode ser nomeada. Eu poderia perder qualquer coisa nesse mundo, eu só não queria perder minha mãe. Ela era meu porto seguro, minha âncora, minha proteção, e quando ela se foi eu perdi tudo. Eu não entendo como hoje em dia as pessoas matam sua mãe por causa de dinheiro, por causa de qualquer coisa menos importante que elas. Eu sei que existe mãe que não é lá essas coisas, mas vale a pena lutar por elas. Pelos menos pra mim é assim. Eu me arrependo de não lutar por minha mãe.
E é por isso que eu não posso deixar mais uma mãe morrer. A garota abraçada a ela deve lutar por ela. Talvez ela não tenha sido um boa mãe, mas elas têm que lutar para melhorarem juntas.
— Sai daí, Kimberly! – Louis gritou.
— Não, Louis, vamos embora! – gritei de volta. — Você já matou o cara, o mais você precisa? Deixa elas em paz, ela não vão ser o problema pra gente!
— Como você sabe? Pelo amor de Deus, você quer morrer? – ele arqueou as sombrancelhas me olhando.
— Não... Eu... Eu não sei... Lou, não faz isso. – Minha voz falhou, eu me senti tão... Fraca. Mas eu o abracei. Envolvendo minhas mãos ao redor da sua cintura. E ouvi um suspiro dele, sentindo em seguinda um beijo em minha testa.
— Você conhecia a Abby? – ouvi ele perguntar, mas não foi pra mim. Então virei o rosto e ela assentiu, ainda assustada. — Me fala alguém que tenha notícia dela.
— Eu não sei... Meu marido nunca me falou tanto sobre ela... E-eu só a conhecia por nome...
E eu só pude ver a garota gritar e chorar, e logo em seguida sua voz calar. Louis matou elas. E eu falhei de novo. Eu não lutei por minha mãe, mais uma vez.
— Eu não podia correr o risco. – Louis falou quando saimos de casa, pois eu fiquei calada o tempo todo. Mas eu não pensei tanto nisso, pois a única palavra que veio depois em minha mente foi “Abby”, o nome que Louis citou lá dentro.
— Quem é Abby?
— Você tá bem? – Ele abriu a porta do carro.
— Quem é Abby, merda? – falei respirando fundo.
— Pra quê? – ele me encarou. — Pra quê falar disso? Eu já falei que eu não devo explicação da minha vida pra você.
— Ela te fez de trouxa, né? – provoquei. De uma forma ou de outra ele me falaria. E parece que eu consegui a atenção dele. Mas de uma forma que eu não queria, por que ele me agarrou pelo pescoço e me jogou contra a lataria do carro.
— Ela podia me fazer de trouxa, mas ela não era uma vadia intrometida como você.
Ele falou próximo ao meu rosto afrouxando o aperto em meu pescoço. Pude sentir lágrimas pesadas escorrerem de meus olhos. Eu não deixaria ele me humilhar assim. Eu não era vadia, e nem intrometida, já que ele quem entrou na minha vida pra me colocar nessa merda. Então eu cuspi em seu rosto e o empurrei fazendo me soltar; ele limpou seu rosto com a manga comprida da camisa.
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My Perfect Killer (Louis Tomlinson)
Fanfiction"Isso te faz bem. Ou não." Copyright © 2015/2016 by LuuhTomlinson, fanfic