Capítulo 16

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Boa leitura! 


— HOJE É O MEU ANIVERSÁRIO! UHUL!

Acordo com um pulo ao ouvir o grito de Antônia vindo do corredor, e logo em seguida a porta do meu quarto é aberta com toda a força que seus pequenos bracinhos aguentam.

— Canta parabéns pra mim papai, canta! — Tonton pula na cama e se deita ao meu lado, e eu começo cantar parabéns e fazer cosquinha em sua barriga. Ela rir até não aguentar mais.

— Nem acredito que meu bebezinho tá fazendo seis aninhos, é isso mesmo? — Eu pergunto rindo e puxo seu pequeno corpinho junto ao meu, beijo seus cabelos e suas bochechas e ela enterra o rostinho na curva do meu pescoço.

— Eu já sou uma mocinha papai, e já posso namorar — Ela diz e meu corpo na mesma hora fica tenso. Como assim namorar? A criança mal completou seis anos e já quer namorar? Isso é brincadeira comigo.

— Gatinha, o papai já te falou, você só pode namorar com trinta anos, lembra?

— Ah é verdade, eu lembrei. Então eu quero panqueca com chocolate papai, hoje é meu dia e eu posso tudo.

— Quem te disse isso? — Eu pergunto me levantando com ela em meu colo.

— Mamãe, tia Sara, tio André e a vó Dorothy — Ela diz levantando seus pequenos dedos como se contasse. — Eu acho que só.

— Tudo bem, então deixa eu tomar um banho e logo farei suas panquecas, ok?

— Sim papai. — Ela diz pulando do meu colo, e sai correndo pela casa.

****

— Cheguei! — Sara grita da porta da entrada.

— Estamos na cozinha — Eu grito de volta.

Estou na cozinha preparando o café da manhã pra Antônia, enquanto ela está no telefone com Helena. Ela está com uma coroa na cabeça, que segundo ela, hoje era seu dia e ela era a princesa da casa.

— Oi amor — Sara diz vindo em minha direção com uma caixa na mão. Ela deixa um beijo rápido em minha boca e mexe na cabecinha de Antônia que sorrir.

— O que é isso? — Eu pergunto curioso e desligo o fogo e coloco uma grande travessa de panquecas sobre a mesa.

— Bem, talvez eu tenha comprado um presente pra Antônia. — Ela diz sorrindo e me dá um beijo rápido no queixo. — Espero que você não surte.

— Porque eu surtaria?

— Espere e verás. — Ela diz no exato momento em que Antônia desliga o telefone . — Oi minha aniversariante, olha o que eu trouxe pra você. — Sara diz apontando pra caixa e Antonia praticamente quica em sua cadeira. Ela sai de sua cadeira e corre pra abraçar Sara, elas duas falam alguma coisa que eu não consigo ouvir. Tonton pega a caixa e quando abre eu tenho vontade de gritar.

— UM CACHORRINHO, MEU DEUS EU NÃO ACREDITO! ELE PODE SER FILHO DO BOB, MEU DEUS QUE LINDO, AH NÃO ACREDITO! — Antônia diz pegando a pequena bola de pelo nas mãos e deixando que ele lamba o seu nariz.

— Eu não acredito nisso — Eu resmungo e Sara começa a rir.

— Ah amor, o Bob precisava de uma companheira, não acha? — Ela diz me abraçando na cintura e colando seu corpo no meu. — E é uma menina Tonton

PERDAS E DANOSOnde histórias criam vida. Descubra agora