Capítulo 25

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Boa leitura!!! 



— Mamãe, o que vamos fazer hoje? — Ouço Antônia perguntar a Helena. Elas estavam se preparando pra passarem o final de semana juntas, já, que na próxima semana Helena viajaria pros Estados Unidos, a fim de participar de um curso de um mês sobre psicologia infantil.

— Hoje nós vamos apenas ficar juntinhas, eu ando com saudade da minha filha. Tio André também vai pra lá. O que acha de assistirmos filmes? Você escolhe. — Helena diz pegando algumas peças de roupa e colocando em sua pequena mochila. Eu observo tudo da sala.

— Filha, não esquece seu casaco. — Eu digo e vejo Sara entrando na sala. Sua barriga está grande, e amanhã completa sete meses. Estamos praticamente na reta final da gravidez.

— Oi amor — Ela diz se sentando ao meu lado. Ela está linda.

— Oi — Eu digo beijando-lhe carinhosamente. — Como esse meninão está? — Eu pergunto passando a mão pela barriga de Sara e logo um movimento faz com que eu sorria. Ainda não me acostumei em como meu filho reage quando ouve minha voz.

— Ele tá bem. — Sara sorrir e logo suspira. Noto seu semblante cansado e logo fico em alerta.

— Você está se sentindo bem? — Pergunto preocupado.

— Eu só tenho sentido algumas dores nas costas, mas, acho que seja o peso da barriga. Esse bebê está muito grande.

— Se sentir algo além disso, me avise, ok? E iremos correndo pro médico. — Eu digo e vejo Antônia vindo em minha direção.

— Estamos indo papai, nos vemos segunda feira. Eu te amo — ela diz me abraçando e me beijando. Aperto seu corpinho contra o meu e cheiro seu cabelo. Ainda não me acostumei a ficar longe dela, e é sempre difícil ter que vê-la ir embora.

— Eu te amo, e toma cuidado. Respeite sua mãe e nos vemos na segunda feira.

— Sim senhor. — Ela diz sorrindo e vai falar com Sara. Vejo as duas cochichando e logo ela lhe dá um beijo e depois conversa com a barriga de Sara. Vejo Helena sorrindo.

— Tchau gente, qualquer coisa, ligue. — Helena diz e elas se vão.

***

Depois de passarmos o dia preguiçosamente na cama, eu e Sara almoçamos uma comida leve, já que ela continuava com dores nas costas e cada vez que ela reclamava, eu me preocupava um pouco. E rezava pra que não fosse nada, apenas algum mal estar. Mas, tudo mudou quando eu ouvi gritos vindo do banheiro. Larguei tudo o que estava fazendo, e fui correndo encontra-la, e a cena me chocou. Ela estava ajoelhada no chão, e algumas gotas de sangue em volta da sua calcinha.

— Daniel, me ajuda por favor! Não deixa eu perder meu filho, eu to sangrando. Daniel, por favor, não deixa eu perder meu filho. Por favor! — Ela implorava.

Um medo tomou conta de mim. Enquanto eu a pegava no colo, coloquei rapidamente uma calça larga e uma blusa, coloquei-a deitada na cama e fui direto ao telefone. Liguei pro Dr. Lucas e expliquei o que estava acontecendo.

— Venha pro hospital imediatamente! Pode ter sido um deslocamento de placenta. Estou esperando por vocês aqui. — Ele falou enquanto eu pegava minha carteira e colocava um casaco. — E Daniel, fique calmo.

Desliguei o telefone e eu juro que tentei ficar calmo, mas, eu não consegui. O choro de Sara me rasgava por dentro, ela segurava sua barriga como se a qualquer momento o bebê fosse sumir.

PERDAS E DANOSOnde histórias criam vida. Descubra agora