Capítulo 23

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* Olá pessoal, hoje eu farei um capítulo bem diferente. Farei uma pequena passagem de tempo, e o capítulo será dividido em duas partes: uma parte narrada pelo Daniel, e uma pequena parte narrada pela Antônia. Espero que gostem! Boa leitura e nos vemos lá embaixo. * 

  —   

Um mês depois. 

 — O meu vestido e o da Antônia já está pronto, agora só falta você procurar o seu terno. —  Sara disse assim que entrou no quarto. Eu estava terminando de corrigir as ultimas provas da faculdade, e na segunda feira estaria de férias. Graças ao bom Deus. 

  — Já está visto. Logo menos você será minha mulher oficialmente. —  Eu disse por cima dos óculos e pude ouvir a risadinha de Sara vindo do banheiro. 

Eu tinha dado a ela um prazo de dois meses pra acontecer o casamento, e como ela disse que queria uma coisa simples, apenas comigo, Antônia e Dorothy, estava tudo bem. Eu queria que ela tivesse tudo de melhor, até porque, mulheres sonham com esse momento desde que aprendem a falar, mas, mais uma vez Sara me surpreendeu dizendo que se pudesse, fugiria comigo pro primeiro cartório e se casaria ali mesmo. 

— Eu estou tão ansiosa pra me casar com você Daniel, você não faz ideia. — Ela disse sorrindo e passando a mão pela sua barriga ainda lisa. — Eu nunca achei que voltaria a me sentir completa, e com você isso foi possível, eu não consigo mais imaginar minha vida sem você, sem a Tonton, nossos cachorros e nosso bebê. Eu não sei o que eu faria se um dia você me deixasse. 

Eu a olho encantado. Sara nunca foi de demonstrar muitos seus sentimentos, sempre a mais fechada, reservada, mas, a gravidez está fazendo com que ela fique mole - palavras dela - e eu amo isso nela. 

— Ei, vem cá. — Eu peço e ela vem andando em direção a cama, e se senta na minha frente. Pego seu rosto entre minhas mãos e passo o polegar por sua bochecha onde uma lágrima solitária escorre, beijo rapidamente seus lábios e digo — Eu nunca irei te deixar Sara, não tem nem porque você pensar nisso. Meu lugar é ao seu lado, ao lado de nossos filhos. Eu amo tanto isso, que é quase sufocante. 

 — Eu te amo, eu te amo —  Ela diz se jogando em cima de mim, e sem perder tempo seus lábios procuram o meu, e por um momento as provas são deixadas de lado, e bom, ela me provou como realmente me amava. 

***

O final de semana foi totalmente dedicado a Antônia, que por mais que tivesse aceitando a ideia de um novo membro na família, ainda continuava com ciumes e muitas vezes fazia coisas para chamar atenção. Um certo dia a peguei no quarto escrevendo na parede, claro que dei uma pequena bronca e a coloquei de castigo, depois o meu lado bobo voltou, pediu desculpas e ela prometeu que não faria mais. 

Fizemos passeios ao shopping, comemos no parque com suas duas amiguinhas no sábado e no domingo, como estava virando costume, seu amiguinho João ficou lá em casa o resto da tarde e cada vez que eu os via brincando de boneca, Sara ria da minha cara. 

— Amor, eles são crianças e nem sabem o que estão fazendo. —  Ela disse rindo da minha cara e balançando a cabeça como se eu fosse o mais idiota do mundo. 

— Mas ele anda vindo muito aqui em casa, e não sei se gosto disso. 

— Daniel Alvez, não teste minha paciência. Vá até a cozinha pegar a travessa de biscoito, e depois leve até o quarto onde eles irão brincar de cházinho. — Ela disse me encarando e eu fui fazer o que ela me pediu. — E não adianta revirar os olhos pra mim. 

— Sim senhora! —  Eu disse rindo e fui até o quarto da minha filha levar os biscoitos, leite  e quando cheguei lá, João estava com uma coroa na cabeça e eu cai na risada, porque Antônia com certeza tinha obrigado a pobre criança a brincar de "Caça o tesouro da Princesa" e eu soube que ele não tinha conseguido dizer não. 

PERDAS E DANOSOnde histórias criam vida. Descubra agora