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            Bato na porta do escritório de Edward e ele pede para entrar. Era reconfortante e ao mesmo tempo estranho ele saber que está atrás da porta antes mesmo de nos identificar. Uma vez indaguei a ele sobre isso a ele, Edward disse que cada pessoa tem sua maneira de andar. Do mordomo era rápida e firme, de Madalena eram passos pequenos e rápidos, o meu era delicado, mas não silencioso, da condessa era decidido.

Entro e fecho a porta atrás de mim com delicadeza. – Está ocupado?

Ele olha de relance para seus papéis e volta seu olhar para mim. – Nada de urgente. Aconteceu alguma coisa? – diz ele ficando sério.

- Não não. Eu vim mais para lhe pedir algo.

Ele se ergue de sua cadeira e vem até a mim, já que estava um pouco longe de sua mesa. Em instantes, ele estava em minha frente com o rosto preocupado. Ele pega minhas mãos nas suas e as beija.

- Se estiver em meu alcance, vou fazer.

Respiro fundo. – A Sra. Sforce e a Sra. Philamp me indagaram sobre algo e desde aquele dia eu fiquei pensando.

- Continue.

- Edward... Estamos noivos. E moramos na mesma casa. Não que eu não goste. – digo rapidamente e ele sorri. – Mas...

Ele sorri em compreensão. – Está com medo dos falatórios.

Meus ombros desabam. – Não é de mim que estou preocupada, mas de você e sua família. Já estou acostumada com os mexericos desde quando comecei a trabalhar com meu parco conhecimento de medicina. Acusaram-me de ser uma... – reviro os olhos – Isso não importa mais, mas o fato é que não podemos ficar juntos na mesma casa até nos casarmos. Já existem falatórios.

Edward simplesmente me puxa para seu peito e eu o deixo me abraçar. Sinto seu cheiro, de couro, do whisky que ele estava bebendo e do seu perfume. Estremeço com a sensação e ele me aconchega mais em seus braços.

- Faltam poucos dias para o nosso casamento. – minha voz abafada pela camisa de linho dele.

- Faltam 23 dias, 16 horas e 36 minutos, aproximadamente.

Um riso escapa da minha boca e ergo minha cabeça. Encontro seus olhos presos aos meus. Sem hesitar, ergo-me nas pontas dos pés e o beijo.

Ele suspira e me puxa para mais perto ainda, nossos corpos quase se fundindo. Minhas mãos sobem do seu peito até sua nuca e brinco com seu cabelo ali. Suas mãos estavam em toda parte do meu corpo, minhas costas, meus braços...

- Vou enlouquecer com você longe... – diz ele entre beijos.

- Mas é o correto. – ele grunhe e interrompe o beijo.

- Tudo bem. Tenho uma casa de campo, não muito longe da propriedade de Connor, os preparativos do casamento continuarão ali se quiser. A condessa ficará encantada em ir também e principalmente Madalena.

Sorrio. – Você pensa em tudo!

Ele me dá um olhar quente e sensual, seus olhos percorrem meu corpo e volta para meu rosto.

- Em cada detalhe.

*

- Ir para o campo, Edward?! Está louco? Sabe que odeio o campo, é por isso que estou em Londres desde sempre!

Cartas não Respondidas Onde histórias criam vida. Descubra agora