passado

318 26 7
                                    

Duas semanas depois Victor se arrumava para o casamento e sabia que aquilo não ia dar certo.

- estou casando sem amor - pega a gravata e coloca - sabendo que meu verdadeiro amor está se sacrificando por mim e pelo meu filho - se olha no espelho pensativo.

Na mansão Huerta

Alejandro estava prestes a sair quando encontra a mãe na sala.

- o que faz mãe? - vai até ela é lhe beija a face - ta tão pensativa.

- se sua mãe tivesse a ponto de fazer uma loucura, o que você faria pra impedir? - sorri nervosa - digo hipoteticamente.

- eu digo que se for por amor - a olha ternamente - e se for por um tal Fernandes - sorri sapeca - eu até ajudo dona Huerta.

- vamos sair um pouco? - levanta do sofá - quero sair pra tomar um ar.

- eu lhe acompanho mãe - segura na mão da mae - posso te levar em um lugar que você vai poder fazer a tal loucura.

- Alejandro Huerta? - olha e sorri pícaro - quero ver pra onde me levará rapazinho - sai junto a Alejandro.

No cartório Débora esperava a hora do casamento em uma saleta enquanto Victor estava resolvendo a papelada.

- finalmente vou casar com Victor - passa a mão sobre o ventre - esse bebê vai ter um pai rico.

- mas, Débora você acabou de me mostra o exame de DNA?

- o filho até pode ser do guga, mas o pai vai ser o Victor - falava com ganância - o Victor acha que eu engravidei dele.

- porque ele não sabe que esse envelope prova o contrário - mostra o envelope em sua mão - ele tá se enganando.

- e você acha que eu não sei Patricia? Mas, ele não tem herdeiros e esse filho será o único - sua face se contrai em um sorriso maléfico - ele vai ser dono do maior haras do país e um herdeiro milionário.

Quando ela termina a frase, alguém que escutava a conversa fora da sala entra batendo palmas.

- parabéns pelo plano que quase ia dar certo - pega o papel das mãos de Patricia e abre lendo em voz alta - declaro que o feto em questão é filho de Gustavo Saldanha.

- Victor? - olhava ele com medo - não faz nada comigo - começa a chorar desesperada.

- que tipo de monstro pensa que eu sou - se aproxima dela - só exijo que desapareça da minha vida.

- não faz isso - se ajoelha aos pés dele - não me deixa grávida - chora desesperada - não quero ser mãe solteira.

- quer que eu diga a solução? - vê ela balançando a cabeça positivamente - se casa com o Gustavo e sejam felizes - sai da sala arrasado e esbarra com Inês no corredor.

Os olhares se encontram instantaneamente e não era preciso palavras naquele momento, o abraço e a união de duas almas que se amam já era o bastante naquele momento.

- nunca devia ter desistido de nos dois - se aferra ainda mais nos braços de seu amado - Não se case meu amor você pode ter esse filho eu te apoio mais não se case.

- o filho não é meu - diz em um único fio de voz - me enganaram Inês - sentia que não conseguiria segurar as lágrimas.

- meu amor - coloca a cabeça dele em seu ombro e a afaga - como essa mulher foi capaz?

- não era meu - deixa uma lágrima escapar  - queria que esse bebê fosse meu Inês - se afasta dela.

- meu Victor - sentia seu peito apertado - você está arrasado - pega seu lenço e enxuga a lágrima que insistiu cair - vamos embora?

- te amo Inês - encosta sua testa na dela deixando seus labios próximos.

Débora que saia da sala vê a proximidade dos dois e fica olhando.

- já vi que ele não perde tempo - fala para amiga.

- e você já arrumou muita confusão Débora - fala apenas pra amiga ouvi.

- ele me trocou por essa mulher.

- você ia fazer ele criar o filho de outro - pega no braço da amiga - vamos é não fala mais um pio - sai arrastado Débora até a saída.

- vamos embora?

- sim Inês - pega na mão dela e vão até seu carro - posso te perguntar algo?

- pode sim Victor - responde com um sorriso infantil nos labios.

- até onde iria comigo?

- ate o fim do mundo meu amor - lhe dá um beijo apaixonado - o fim do mundo e onde mais quiser me levar.

- vou te levar naquele rancho - ajuda ela entrar no carro e depois que ele entra partem pro seu destino.

No cartório Alejandro observava a mãe e Victor saindo e da um sorriso de felicidade.

- você conseguiu Alejandro Huerta - batuca na direção do carro - você é de mais garoto - da uma gargalhada - agora esse Victoriano não chega perto da mamãe.

Na estrada que levava ao rancho Victor não estava aliviando no pedal até Inês falar:

- Victor Fernandes eu quero chegar viva no rancho - falava um pouco assustada com a velocidade que estavam andando.

- me perdoa mi morenita - vai diminuindo a velocidade, mais continua indo de pressa - quero chegar logo no rancho e te fazer minha - acariciá as pernas dela - não sabe o quanto meu corpo sente falta do seu.

- comigo não é diferente - coloca a mão por cima da dele - mas, pra isso temos que chegar inteiros.

Apesar da velocidade eles chegam sãos e salvos no rancho e vão entrando até Inês vê algo que lhe chama a atenção.

- meu pai tinha um indentico - pega o objeto - era seu xodó e acho que deve estar na fazenda ainda.

- o que é isso meu bem? - não tinha visto o objeto e vai até Inês para olhar.

- é um chicote de couro e esferas metalicas - vai pra cima dele fingindo que ia lhe dar uma chicotada.

Victor recua e acaba caindo de joelhos no chão e da um grito de dor em sua mente uma lembrança:

"meu neto vai nascer longe desse morto de fome - segura no queixo do rapaz com uma das mãos enquanto a outra dava um tapa forte por cima das feridas - você vai esquecer de tudo o que viveu com minha filha pelo bem dela e do seu filho que ela carrega no ventre."

- Victor o que houve? - solta assustada o chicote no chão e vai até ele com cuidado - eu não ia bater em você minha vida - acariciando o rosto dele - olha pra mim meu amor.

Victor urra de dor como se sentisse seu rosto queimar.

- não faz isso - sente uma pontada na cabeça e uma tontura - não deixa ele fazer isso - aponta para o vazio.

- nao vou meu amor - ajuda ele levantar - estou aqui com você - o leva até o quarto e ajuda a deitar na cama - se acalma Victor.

Ele já delirava de febre e Inês já se preocupava e se recriminava por ter feito uma brincadeira tão terrível com ele depois do dia tao agitado que Victor tinha tido.

- Inês meu amor - fala delirante - nosso filho... não deixe que ele nos separe - com o rosto dela entre as mãos - sabia que te encontraria minha melodia de primavera.

- onde ouviu isso? - fala assustada - só ele sabia disso.

Victor não fala mais nada, fecha os olhos e fica inconsciente na cama. Inês estava assustada com o que acabava de ouvir dele, ainda tentava entender o que estava acontecendo.

Se Puede Amar De Nuevo  ✅Onde histórias criam vida. Descubra agora