Capítulo 5

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Urso/Kauã Albuquerque, 25 anos.

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-Senta.-Disse com uma voz rouca e grossa, super sexy, quer dizer uma voz que molha a calcinha.
Me sentei na cadeira que havia na frente da mesa e aos poucos o homem foi se virando, quando ele virou se frente, quase morri do coração

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Urso é um homem alto com aproximadamente 1,90 de altura, tem olhos azuis como o mar, cabelos castanhos, um físico invejável, uma boca perfeitamente desenhada e por ultimo uma bunda redondinha e bem dura.
Digamos que a minha missão seja um Deus grego, não há problema algum.-Pensei irônica.
-Fecha a porta Laranja. -Ordenou e se sentou. Laranja fechou a porta e saiu, pelo menos ele não é feio.-Então porque a patricinha tá morando no meu morro?-Diz com uma sobrancelha arqueada e me desafiando.
-Então, após a morte de meus pais.-Dei uma longa pausa e fiz com que saísse algumas lágrimas dos meus olhos, só para a cena ter mais emoção.- A empresa que eles construíram faliu e então perdemos tudo. Tínhamos várias dívidas à pagar e lembramos que nossa bisa, tinha deixado uma casa para nós. E então viemos pra cá.-Ele continua me encarando, espero que tenha acreditado no meu teatrinho.
-Interessante.-Disse coçando sua barba, sem mostrar entusiasmo algum para a conversa.-Para você e seus irmãos morarem aqui tem uma condição.-Falou com um sorriso malicioso, lá vem merda para o meu lado, levantou da cadeira e sentou em cima da mesa, quer dizer na minha frente.-Se você trocar favores comigo, pode permanecer o tempo que for necessário.-O encaro com raiva.-Parece que a patricinha gosta de tatuagens.-Falou pegando no meu braço, ele vai se arrepender de estar me cantando dessa maneira-Então não deve ser tão patricinha assim. Mas então aceita minha proposta? - Levantou o meu queixo, estou me segurando pra não quebrar a mão desse cara.
-Eu não entendi essa sua proposta.
-Você dá pra mim e tudo está resolvido.-Na mesma hora meu sangue ferveu.
-O QUE TU PENSA QUE EU SOU? NÃO SOU UMA PUTA QUE FICA DANDO PRA QUALQUER UM! FALTA DE RESPEITO SUA.-Levantei rapidamente e fiquei cara a cara com ele, vou enfiar um tapa na fuça desse desgraçado.
-NÃO GRITA COMIGO, PORRA! TU TÁ NO MEU MORRO, TÁ PENSANDO O QUE PRA FICAR GRITANDO?-Gritou mais ainda, ele estava visivelmente bravo, é melhor eu me acalmar antes que eu seja expulsa do morro. Me encolhi um pouco para fingir que eu estava com medo.- Nenhuma nunca me recusou.
-Que pena, sempre tem uma primeira vez. -Falei fazendo cara triste.
-Se você não quer dar pra mim, vai no baile comigo então.
-Que baile?
-O baile que tem hoje a noite no morro.
-Quem disse que eu vou?-Falei em um tom desafiador.
-Eu, porque se você não for, acho que não vão morar aqui.-A cada segundo que passa, tenho mais vontade de socar a cara desse homem.
-QUE SACO!-Esbravejo.-Vou ter que ir, fazer o que!-Digo me jogando na cadeira.
-Fico feliz que você vai.-Disse com um sorriso sínico.-Me obedeceu direitinho.
-Querido, se você acha que eu vou te obedecer, tu tá se iludindo e que eu saiba não tive a opção de escolha.
-Acostume-se, comigo você nunca vai ter escolha.
-Todos tem direito de escolha, Urso.-Digo dando ênfase no seu nome.-Deve ter uma lei por aí, que dá direito aos cidadãos, então meu querido eu tenho escolha, não sou obrigada a te obedecer.-O desafio.
-Você tá muito engana, Maju. Enquanto você tiver no meu morro, tu vai fazer tudo o que eu mandar, entendeu?-Falou apertando o meu braço em uma forma ameaçadora. -Meu morro minhas regras.-Não falei nada, apenas continuei a olhar para ele.-Entendeu? Ou quer que eu repita?
-Antes de eu te obedecer, acho melhor você rever os conceitos de tu mandar em todo mundo, afinal nem os seus capangas te obedecem.-Provoco-o, ele aperta mais o meu braço e me encara.
-Do que você tá falando?
-Tu já foi lá embaixo para ver a zona que tá? -Negou.
-No meu morro não tem zona não, tu tá de brincadeira para o meu lado. E só para te manter avisada, comigo não se brinca.-Agora eu to começando a ficar com medo desse cara.
-Então antes, vai ver o puteiro que tá lá embaixo e vê que eu não to de caô.-Na mesma hora eu levantei e fui em direção a porta e desci as escadas, só para o otário do Urso ver que eu estava certa. O mesmo me seguiu e então chegamos no andar de baixo.
-POSSO SABER QUE PALHAÇADA É ESSA AQUI?-Gritou. Imediatamente coloquei minhas mãos no ouvido, o cara quer me deixar surda. Todos encaram Urso assustados, as vadias começam a se vestir rapidamente.-AQUI É A BOCA PORRA, NÃO É UM PUTEIRO! LARANJA? TU É RESPONSÁVEL POR ISSO AQUI E NÃO É PARA DEIXAR FICAR DESSE JEITO. AJEITA ISSO OU A BALA VAI IR PARA A CABEÇA DE ALGUÉM AQUI.-Todo mundo ficou quieto, imediatamente ele me arrastou escada à cima, me jogou dentro do escritório e começou a olhar de uma maneira esquisita.
-Que foi? Perdeu alguma coisa na minha cara?-O encaro de braços cruzados.
-Perdi.-Se aproximou.
-Fica longe Urso, por favor.-Falei empurrando ele. Aos poucos foi aproximando e me pegando pela cintura e foi juntando as nossas bocas. Lembro que eu estou em uma missão e isso não pode acontecer. -Me larga!-Falei me soltando e saindo dali.
-Maju volta aqui agora! Eu não terminei com você.
-Mas eu sim.-Saí imediatamente dali, quem ele pensa que é pada falar comigo desse jeito.
-Maju, volta aqui!-Gritou. Saí correndo da boca e fui tentando achar um caminho até a minha casa.
Cheguei em casa e bati a porta com tudo.
-Ih acho que alguém tá estressada.-Lá vem meu irmão mais novo encher a minha paciência.
-Vai a merda Jack.
-Nós escutamos tudo.-Disse Theo.
-Minha vontade é de bater na cara daquele vagabundo. Quem ele pensa que é para ficar me cantando daquela maneira?-Digo chutando a cadeira.
-Calma Maju! Daqui a pouco tu quebra a casa inteira.-Disse Dylan tentando me segurar.
-Dylan! Fica quieto, senão for para ajudar não atrapalha. Não foi você que foi a ameaçada a ter que dar pra um cara que eu não conheço!
-Só não esqueça que ele quer que você vá no baile com ele.
-Falou colocando um charuto na boca.
- Jack você não está ajudando.
-Que merda é essa na sua boca?-Falei tirando o charuto da boca dele.-Você só tem 16 anos!
-Eu tenho 18.
-Foda-se, você é novo demais para fumar essa coisa.-Digo jogando aquele charuto fora. Da onde ele tirou aquilo?- Eu vou para o meu quarto, preciso descansar.
-As suas armas estão no cofre dentro no guarda roupa, a senha é a mesma da A.S.A.-Informou Theo.
-Beleza.
Fui para o meu quarto, tirei a minha roupa, ficando apenas de calcinha e sutiã, puxei as cobertas e dormi.


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