Capítulo 16

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—Desce da Moto.—Disse um dos capangas do Urso apontando a arma para nós. Desci da moto e tirei o capacete.—É a Maju.

—Tranquilo, pode passar.—Disse Laranja.—E quem são esses das outras motos?

—Meus irmãos.—Tiraram o capacete e Laranja assentiu.

—Só mais uma coisa e vocês podem subir.—Disse colocando a sua Glock G25 no coldre.—Aonde que vocês foram para arranjarem essas motos?

—Nós fomos até nossa, quer dizer, Ex casa e pegamos nossas motos lá. Não poderíamos deixa-lós.

—Então firmeza, agora pode subir.—Disse o Macaco.—ABRE A BARREIRA AÍ CARALHO!—Os capangas saíram de seus lugares após a ordem.—Tu precisa saber uma coisa, o patrão tá pistola contigo!

—Porque?

—Tu não ia encontrar com o patrão as oito? Agora são 22:00! Ele tá soltando fumaça para tudo que é lado. —Me fodi.

—Eu falei diversas vezes que eu não iria sair com ele. Se ele tá pistola não sei o porquê, não tenho nada com ele e que eu saiba eu dispensei a presença dele.

—Se tu pensa sim, depois tu se revolve com ele. Tu tem que entender quem manda nessa porra toda é ele, e nenhuma mulher recusa ele. —Disse macaco.

—Sabe o que é? Não vou entender merda nenhuma, porque da minha vida cuido eu, eu dou pra quem quiser e ele não tem que intervir nisso.—Comento.

—Depois que tu sair daqui, bate uma lá no patrão, ele quer mandar um papo reto contigo.—Disse Laranja.

—Eu?

—Não, é o Macaco que ele quer. Ele é gay sabe e quer comer o cu dele. É óbvio que é você ô loira de farmácia.—Disse Laranja.

—Loira de farmácia o caralho, aqui é tudo natural. —Digo convencida. —Deve ser o Macaco mesmo, porque com aquele ali não quero ter nenhum tipo de relação.—Subi na moto e coloquei o capacete.

—Pera aí, ele não fez nada contigo loira?

—Não, e não vai fazer. O que tem de errado nisso?

—Ata, agora descobri o porque que ele corre tanto atrás de ti.—Disse Macaco.

—É melhor tu ir na casa dele, senão vai dar merda.—Disse rindo.

— To indo.—Digo acelerando a moto. Meu fiote que eu vou na casa do Urso, tenho mais o que fazer do que ser peguete de bandido. Eu estou cansada e vou para a minha casa.

Guardei a moto na garagem e adentrei em casa.

—Ô seus arrombados, por que me deixaram sozinha com os bandidos?—Pergunto para os meus irmãos que se encontram na cozinha.

—É trabalho seu seduzir eles, a gente só coopera com a luta.—Disse Jack.

—Trabalho meu o caralho, vocês estão nessa missão também. Eu vou ter que dar para aquele cara e tu quer mais o que? Que eu faça o trabalho sozinha?

—Sim.—Dylan e Jack concordam. Babacas.

—Mano, vocês viram aquelas gostosas olhando para nós quando estávamos na moto? Vou capar alguma delas de jeito.—Disse Jack dando um sorriso malicioso.

—Vi sim, elas não são bonitas mas dão para o gasto.—Disse Theo.

—Se eu ver vocês de papo com aquelas putinhas da esquina.—Digo segurando a faca de cortar carne.—Eu corto os seus respectivos pênis, entenderam?—Assentiram.—Ótimo, agora boa noite irmãozinhos.—Digo dando um beijo no rosto de cada um.

Fui direto para o banheiro, tomei um banho quente. Coloquei uma blusa baby look cinza de manga comprida e um shorts do conjunto. A única coisa que eu quero fazer é me jogar nessa cama deliciosa.

***

Acordei com um estrondo vindo lá de baixo, porra bem agora que eu ia beijar o Cauã Reymond. Peguei o canivete que eu deixava no meu travesseiro e desci. As luzes estavam todas apagadas, fui fazendo o máximo de silêncio possível, quem se atrever a entrar na minha casa, vai levar facada. Vi um movimento estranho na sala, e então me escondi em um canto escuro da casa. Havia alguém subindo as escadas em direção aos quartos. Pulei nas costas do bandido e apliquei um golpe de jiu-jitsu, derrubei-o, sentei em cima do assaltante e  imediatamente coloquei meu canivete em seu pescoço

—O que está fazendo na minha casa, seu desgraçado?—Digo com raiva.

—Calma Maju! Só queria ter um papo reto contigo, não precisava quebrar as minhas costelas.—Urso. Não acredito que esse babaca veio aqui, eu podia ter matado ele.

—O que você está fazendo aqui? Eu podia ter te matado com essa faca sabia?—Digo jogando o canivete em algum canto da sala.

—Eu queria saber o porquê de você não ter ido na minha casa, eu e Laurinha ficamos te esperando.

—Desculpa, mas eu não quis ir. Eu não tenho obrigação nenhuma contigo e entenda quando eu não quero, EU NÃO QUERO.

—Tu sabe que quando eu falo uma coisa, geral tem que respeitar.

—Urso, eu só moro no morro no qual tu comanda. Que eu saiba você não tem nada haver com a vida dos moradores daqui.

—Então, eu estou adorando você sentada no meu pau, mas tu pode levantar? Tá quebrando minhas costas.—Grunhiu de dor.

—Costelas, ossos das costas podem estar quebrados. Não as costas babaca.—Digo saindo de cima dele e puxando-o.

—Tu arregaçou as minhas costelas.,
E outra coisa  tá bem gostosa com esse pijama hein.—Disse me puxando pela cintura.

—Vai a merda Urso!—Digo me soltando dele.

—Eu ainda vou pegar você, sabe disso né?

—A única coisa que eu sei é que você não vai me pegar nem morta, senão conseguiu bêbada, quem dirá sóbria. —Deitei na minha cama e joguei o cobertor por cima.—Já acabou Urso? Eu quero dormir!

—Não, não acabei. Tu vai pra minha casa por bem ou por mal. Qual você prefere?

—A 3° opção, a qual eu não vou parar lugar nenhum. Agora vai achar outra buceta para ti, que eu não estou afim.

—Tô ligado.—No mesmo instante Urso me levantou e fiquei em seus ombros, carregada como um saco de batata.

—Urso, me põe no chão! AGORA!—Reclamo.

—Não.—Desceu as escadas e levou-me para o lado de fora. Então desferiu um tapa na minha bunda.

— AI URSO! TU É IDIOTA?

—Que bunda gostosa hein? Se prepara que eu sempre vou bater nela.

—Teu cu. Você sabe muito bem que eu posso te derrubar né?

—To sabendo e você vai ficar caladinha porque a Laurinha tá te esperando e quer te ver.

—Você está mimando demais ela! E pelo menos poderia pegar o meu chinelo?

—Não. —Disse jogando-me no carro. Revirei os olhos e fui colocando o cinto.

Missão SuicidaOnde histórias criam vida. Descubra agora