Capítulo 23

55 3 0
                                    

-Chega Theo! Mesmo que você é o mais velho da nossa família, quem está no comando da missão sou eu, então trate de respeitar minhas ordens e minha decisão. Senão quer ficar com a menina o problema é seu, eu e o Jackson queremos e você não irá nos impedir de tê-lá.-Afirmo.-Now, excuse me. I'm very tired and sleppy, I need to take a nap. E por favor, não me incomodem de forma alguma, apenas se for algo extremamente grave.-Subi as escadas em direção ao meu quarto, deixando os tongos dos meus irmãos no andar de baixo.



*******

2 semanas depois 

Fazem duas semanas desde que o bope invadiu o morro, desde então não vi o Urso  - Que bom né - porém estamos passando muito tempo na sede da A.S.A, afinal estamos em missão e precisamos treinar o tempo todo. Nosso foco está principalmente em rotas de fuga, não conhecemos muito o Brasil apesar de nascermos aqui. Todo cuidado é pouco nesse momento, ainda mais quando estamos se envolvendo com pessoas perigosas, temos todo o plano traçado até a prisão de Urso, como iremos fugir do morro caso necessário com nossas motos, diversos treinamentos com diferentes tipos de arma, tudo extremamente focado nessa missão, afinal não somos burros de ficarmos despreparados em um lugar desconhecido.

Eu e meus irmãos já decidimos o futuro da Laurinha, junto com Jack conseguimos convencer meus outros irmãos de ficar com ela, e também não podemos esquecer que Saulo aceitou a presença da menina, contanto que Laura treine e lute para ser uma Darkiness.

Hoje aqui no morro era dia de Baile, fico pensando em quanto esse dinheiro sujo e banhado de sangue rende para todo o final de semana Urso fazer bailes funks nas quadras que tem no morro. Eu não estava nenhum pouco afim de ir nessa tragédia, porém durante todos os dias da semana encontrei bilhetes, embaixo da porta da sala, do Urso me ameaçando de muitas maneiras diferentes caso eu não compareça a esse baile. Não que eu tenha medo desse idiota, mas é bom não arriscar enquanto minha missão não estiver concluída.

Peguei todos os relatórios de investigação sobre Urso que estavam sobre a mesa e guardei dentro do cofre, é necessário estudar cada passo e crime desse desgraçado para coloca-lo logo na cadeia. Tomei um banho bem quente para relaxar essa tensão que estava acumulada em todo meu corpo. Resolvi apostar hoje em um vestido azul com uma saia rodada de renda, junto com um salto nude, aqueles famosos looks de patricinhas que eu odeio. Finalizei minha maquiagem com um lindo batom vermelho matte, preferi deixar meu cabelo solto. Fui em direção ao espelho e não reconheci a pessoa que estava no reflexo, estava com uma perfeita cara e um jeito horrível de patricinhas da Barra, pelo menos estou sendo uma ótima atriz e incorporando meu papel principal.

Desci as escadas chamando pelos meus irmãos, porém aqueles três patetas foram para o Baile e me deixaram sozinha. Grande apoio que eu tenho deles. 

Para minha eterna infelicidade, abri o portão de casa e deparei com o morro que eu teria que descer de salto, uma coisa terrivelmente e incrivelmente maravilhosa.

Depois e alguns minutos cheguei em frente a quadra onde estava acontecendo o baile, imediatamente a barreira de capangas armados com fuzis foi aberta.

-Boa noite Patroa!

-Boa noite gente!- Sorri - Mas não me chamem de patroa por favor.

-Patrão que  mandou chamar tu assim.-Disse Babo.

-Pelo menos dessa vez vocês podem desobedecer a ordem do patrão de vocês e pararem de me chamar de "patroa".- Passei a barreira e entrei na quadra, escutei diversos comentários desnecessários com minha chegada, mas não liguei muito afinal não me importo com a opinião dos outros. Dei uma varredura no baile com o olhar e encontrei meus três patetas encostados no bar.

-Que gatinha essa minha irmã é.-Disse Theo.

-Lobo pira!-Afirmou Dylan.

-Deixa de ser mongo babaca, o nome do cara é URSO! Qual é a dificuldade de acertar um simples nome?-Disse Jack revirando os olhos.

-Estão bebendo o que?-Digo olhando os copos de meus irmãos.

-Várias coisas misturadas.

-Deixa eu experimentar um pouco.- Tomei o copo da mão de Dylan e experimentei a bebida.-Minha Nossa Senhora, isso aqui tá muito forte! Como consegue ficar em pé bebendo isso?

-No caso eu estou sentado dear. Por isso consigo beber essa porra louca.-Afirma Dylan.

Resolvi pegar uma Ice, e então fiquei observando todo baile. Olhei para o camarote dos bandidos e em seguida encontrei Urso beijando uma vadia qualquer.

                         Se teu hobby é sentar não vou te criticar tá de parabéns.

-Mas preciso de você pro rolê valer então senta bem!-Cantei puxando os patetas para pista de dança. 

                                               Ô tu tá tão, tão linda com esse rabetão

-To xonadão dão, dão, dão, nesse bundão.- Jack canta enquanto eu tento imitar as meninas da quadra, afinal não faço ideia como se dança funk. 

                                     Teu bumbum balança então joga essa potranca

   -E toma toma!-Cantou Dylan rebolando junto comigo, estávamos nós quatro bêbados e todos do baile estavam olhando para nós, afinal meus irmãos são muito gatos e eu também. 

E então começou a tocar um forró, olhei para meus irmãos e comecei a dançar com eles um de cada vez, esse era o único tipo de dança brasileira que eu sabia dançar perfeitamente bem, no meio da dança fiz questão de olhar para cima e lançar um sorriso para o Urso que retribuiu com uma cara feia. Assim que a música acabou, todos que estavam nos assistindo aplaudiram e em seguida senti uma mão tocando no meu ombro.

-Quer dançar comigo?- Virei para ver quem era o dono daquela maldita voz e não reconheci quem era, loiro de olhos extremamente azuis, alto e forte, logo de cara aceitei o convite.

-Mas é claro que sim!-Sorri.- Qual é seu nome?

-Michael Junior, agente Tinkiness-Disse sorrindo. Imediatamente lembrei do meu primeiro namorado, o que tirou minha virgindade aos 15 anos. Meu relacionamento com ele podiamos dizer que era um pouco conturbado, grande parte disso que ele não aceitava que apesar de mais nova sempre tive um posto hierárquico acima do dele na agência. Os patetas deram alguma maneira de sumir com o garoto, mesmo sendo apaixonada por eles os grandes babacões fizeram isso mas aos poucos com a sua partida acabei perdendo os sentimentos por ele.-E aí, sentiu saudades?

-É óbvio! Mas o que veio fazer aqui?

-Vim te ver. Sabia que estava em uma missão aqui no Brasil e então dei um pulinho aqui no morro.-Disse segurando minha cintura. - Vamos para um lugar mais calmo para conversarmos?

Missão SuicidaOnde histórias criam vida. Descubra agora