Capítulo 46

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Na primeira semana de volta à San Diego, se preocupou em colocar tudo em ordem, agora que Dulce estava casada, não dividiram mais o apartamento.

- Vim te buscar para sair. - Poncho piscou.

- Impossível, preciso achar um apartamento antes que eles voltem da lua de mel, se quiser me acompanhar... - O abraçou pela cintura.

- Ok, te acompanho, mas você vai precisar me recompensar.

- Você é muito interesseiro, não acha? - Mordeu seu lábio sorrindo.

Sem sucesso. Após visitarem em torno de dez locais diferentes, foram almoçar num restaurante japonês. Sentaram-se numa mesa em frente ao mar e bem arejada.

- Posso te fazer uma proposta? - Olhou Any mexendo nos hashis de um lado para o outro.

- Sim, diga.

- Não quero parecer precipitado, mas, pode ficar lá no meu apartamento comigo até achar outro lugar.

- Está falando sério, Poncho? - Levantou o olhar surpresa.

- Claro, não somos mais estranhos um para o outro e também estamos juntos, certo?

- Acho que não restam mais dúvidas. - Sorriu tocando sua mão sobre a mesa. - Tem absoluta certeza que não vou te atrapalhar?

- Atrapalhar? Será a minha inspiração de todos os dias. - Beijou sua mão.

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- Eu nem acredito que já está acabando... - Tinha a cabeça apoiada no peitoral de Christopher.

- Nem eu, queria que essa tranquilidade durasse por mais cem anos.

- É... Ao mesmo tempo não conseguiria ficar longe da minha loira!

- Olha, se vocês não fossem irmãs...

- Tá com ciúmes, bebê? - Levantou a cabeça e segurou seu rosto - Ownn, vontade de apertar!

- Para com isso, Dulce. - Sorriu de lado.

- Ok, vamos aproveitar nossa "tranquilidade" então e depois vamos naquele lugar que você me prometeu. - Subiu em cima dele. Passou as mãos pelo seu abdômen subindo sua camisa.

- Combinado. - Sorriu malicioso percorrendo as mãos pela suas costas.
A segurou pela cintura e trocou de posição, ficando por cima dela. Depositou beijos no seu rosto e mordeu seu queixo. Ela levou as mãos para dentro da calça dele, apertando sua bunda. Ucker riu. Chupou seus lábios, depois tirou sua camisa e num processo rápido soltou seu sutiã, jogando-o longe. A ruiva voltou para cima dele e deslizou o corpo sobre o seu, fazendo-o sentir seus seios. Ele pressionou seus corpos e a fez sentir sua ereção. Dul gemeu com a sua boca nos seus mamilos enrijecidos. Suas bocas se encontraram e se exploraram num beijo caloroso e ardente, enquanto ambos se desfaziam da roupa que ainda estava em seus corpos. Amaram-se como na primeira vez e como seria pelo resto de suas vidas.

#

Anahi foi para o apartamento de Alfonso. Arriscou fazer um bolo de chocolate com cobertura, não foi o melhor do mundo, mas estava bom o suficiente para comer. Terminava de se vestir no banheiro e ele estava na cozinha lavando a louça. A campainha tocou quando voltava a sala, atendeu a pedido dele que estava ocupado.

- Ai desculpa, não sabia que estava aqui. - Maite sorriu sem graça.

- Está tudo bem, vai entrar? - Ela assentiu entrando. - Poncho está na cozinha. - Sentou no sofá colocando as sandálias. Mai assentiu e foi ao seu encontro.

- Hey, não atende o celular? Samuel vai ficar com a minha mãe hoje.

- Porque? - Franziu a testa secando os pratos.

- Disse que sentia falta e que era justo, então deixei. - Sorriu de lado - Não se importa né?

- Não, ela sempre nos ajudou tanto. Quer bolo?

- Só um pedacinho. - Sentou no balcão.

- Já estou indo embora. - Any se aproximou deles.

- Isso é porque eu cheguei?

- Não, tenho que arrumar alguns detalhes antes dos noivos voltarem. - Sorriu.

- Me espera então, já vou descer. Quem fez esse bolo?

- Se estiver bom eu, mas se estiver ruim claramente foi ele. - Sorriu cutucando Alfonso.

- Até parece, ela sabe dos meus dons culinários. - Riu convencido. As duas trocaram uma careta rindo.

Alfonso levou as duas até a porta, se despediu com um selinho em Any e um aceno para Mai. Elas entraram no elevador. Christian estava no carro estacionado esperando a morena.

- Ora ora, se não são duas das mulheres mais lindas do mundo se aproximando de mim! - Abraçou Anahi e depois selou seus lábios com os de Maite.

- Você é um palhaço e exagerado! - apoiou-se no seu ombro.

- Gente, preciso ir, tenho um bilhão de coisas para fazer.

- Te deixo em casa. - Os três entraram no carro, com alguns minutos estacionou na sua porta. - Escuta, o que acha de sairmos juntos? - Maite olhou para Christian.

- Ah, não sei se...

- Vai ser ótimo, liga para o Poncho e nos confirma. - Any olhou para os dois sem jeito.

- Ok, aviso sim. Obrigada pela carona! - Acenou quando saiu do carro.

Mesmo querendo que as coisas ficassem bem, não se sentia confortável de estar com o Alfonso na sua frente, não sabia o quão ela já havia superado e o que menos queria era machucá-la mais uma vez. Ligou para Alfonso torcendo para que dissesse não estar afim, mas sua resposta foi: "me parece uma boa idéia". Suspirou desligando o telefone.

Às oito horas da noite eles se encontraram no shopping. Foram ao cinema assistir um novo suspense. Anahi respirou mais tranquila quando olhou para o lado e viu Maite e Christian em clima de romance. Deitou a cabeça no Poncho e segurou sua mão, voltando a prestar atenção no filme.

- Vocês estão firmes mesmo, né?

- Sim e sabe que nunca pensei um dia gostar tanto de alguém. Sempre achei que a felicidade fosse algo momentâneo, mas desde que estou com Maite esse momento nunca acabou.

- Fico feliz por vocês. A sintonia que vocês transmitem é genial. Por favor a faça feliz.

- E você faça a minha Any feliz! - Tocou o ombro de Poncho.

Elas saíam do banheiro para encontrá-los na praça de alimentação. Anahi gelou por um momento e sua pele empalideceu. Maite parou ao seu lado e olhou para a direção que seus olhos encaravam.

- O que foi, Anahi?

- Ele está aqui, Maite. Juro que o vi, veio cumprir sua promessa. - Engoliu em seco.

- Não tem ninguém, fica calma. Vamos. - A abraçou pela cintura e a levou de volta à mesa.

- O que houve? - Alfonso se levantou ajudando Anahi se sentar.

- Ela disse que viu o Velasco, mas é impossível, certo?

- Se esse cara estiver aqui quebro a cara dele! - Chris fechou o punho olhando em volta.

- Vou ligar para o Diego. - Pegou o celular no bolso e discou - Fica calma, meu amor. - Acariciou a cabeça da loira ainda paralisada.

De repente fechou seus olhos e voltou para aquela tenebrosa tarde em Paris, sentiu suas mãos a tocarem e seus olhos famintos a observarem. Respirou fundo e abriu os olhos outra vez. No fundo, em meio a multidão mirou ele a olhando com um sorriso debochado de prazer. Velasco estava bem ali, a alguns metros de si e mesmo tentando, não conseguia dizer nada.

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