Rainha de Copas

1.9K 238 16
                                    

     Quarta feira

     Sorri para mim mesma no espelho, me lembrando de como tinha sido idiota com Daniel. Oque estava havendo comigo afinal? Relacionamento não era algo que estava nos meus planos atuais, a verdade é que eu ainda sentia algo com relação ao Fernando, mas, não sei como o delegado Medeiros vinha tomando conta dos meus pensamentos.
   — Melhor não pensar muito nisso... afirmei para mim mesma, com uma pulguinha atrás da orelha, e quanto à mãe da Duda?
      O dia havia amanhecido nublado e frio, ajudei os meninos a se agasalhar e Samuel os levou para casa de seus pais, tia Vânia os levaria para a escola depois.
    Quando cheguei no café, Benjamin me esperava sentado no meio fio.
— Bom dia!– me disse com um sorriso
— Me desculpe, me atrasei.
  Nota mental : arranjar uma cópia da chave para o Ben.
— Vamos ao trabalho!

                 **** ***  *****

                 **** ***  *****

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

                      Benjamin

   Ana me deu a chave da loja hoje, quando ela me chamou achei que tinha feito algo errado, estou tão acostumado com as pessoas me tratando como um nada que é difícil confiar em alguém.
— você tem feito por merecer.– ela me disse.
  Há muito tempo eu não me sentia orgulhoso de mim mesmo. Depois de tudo oque passei, e tudo por causa da Sílvia, eu fui muito burro!
    Desde criança eu sempre fui louco por ela, a princesinha da cidade, nunca achei que ela entraria na minha. Ela me usou para se divertir, e por sua causa fui parar naquele lugar infernal.
    Um ano preso, por causa de uma armação do pai dela. Aquele desgraçado ainda mandou meus irmãos pro abrigo municipal. Eu sei minha mãe nunca foi grande coisa, sempre bêbada, ou com um homem diferente, aquele não era lugar para criar uma criança, mas não queria meus irmãos no abrigo, eu tinha passado por lugares como aquele, tinha sido uma barra.
    Mas, quando os ví, e o jeito como ela cuidava deles, Júlia...
Ela era incrível, nunca ninguém tinha me tratado como ela. E àquele sorriso, Júlia, estou louco por ela como nunca estive antes, nem mesmo pela Sílvia. Júlia era como uma luz, alguém a quem eu não queria decepcionar ou magoar, alguém para quem eu queria ser o melhor possível.
17:30hs
Tô atrasada! – Ana saí correndo, e me pede pra tomar conta de tudo até ela voltar, hoje é o dia em que o sebo café fica aberto até depois das sete, mas ela tem que buscar os sobrinhos na escola.
    Júlia me contou sobre o plano maluco do primo dela, no outro dia ela até me convidou para ajudar com a decoração da festa, fiquei meio desconfiado, o primo dela Samuel me olhou preocupado, mas o cara é gente boa, gostei dele. Ele até me chamou pro casamento no sábado, eu nunca fui em um casamento antes.
    Como sempre o café está bem cheio, alguns clientes já são bem conhecidos, eles já não me encaram com estranheza, até são bem simpáticos.  Sorrio para mim mesmo, me lembro da aparição surpresa do outro dia, pouco antes das três uma senhora apareceu, ela me lembrou uma daquelas vovós de comerciais de margarina, acho que já ví antes...
— Então você é o Benjamin Reis. – foi logo dizendo.
— Sim senhora, mas...
— Certo, vou direto ao ponto rapaz , oque pretende com minha neta?
— Hum?
— Sou Véra Schmidt, à avó de Maria Júlia.
    

           
                  **** ***  *****

                 Maria Ana

      Sou mesmo uma idiota!
Procurei olhar disfarçadamente para a pequena família a minha frente, pai , mãe e filha, todos sorriam, como se não houvesse nada mais ao redor.
    É claro que o delegado Medeiros era casado, idiotice a minha achar que um homem como aquele...
— Maria Ana, que tipo de pensamento é esse. – me recriminei  afinal tanto fazia se ele era ou não casado.
    Certo! Isso não me interessa. Peguei os meninos e os deixei na casa de minha mãe, tinha que voltar ao trabalho, mas tarde eu os levaria para casa e dormiria por lá.

  

                  ***** *** ****

Enfim chegou o sábado

        O dia amanheceu frio, mas o céu estava claro. Fui com papai a fazenda para buscar Luísa, ao ver seu rosto mais magro me zanguei com estupidez daquele plano de Samuel e de minha avó.
      Mas finalmente tudo ficaria as claras assim que eu a levasse para o lugar combinado, onde Samuel esperava. Tinha certeza que minha irmã iria lhe quebrar os dentes.
   — Aonde estamos indo? – papai e eu nos entreolhamos, oque poderíamos dizer.
— Já vai ver maninha. Só me promete que vai manter a calma, afinal você está grávida.
      Chegamos no hotel e eu a levei até o quarto que meu primo tinha alugado, nossa pela expressão de seu rosto eu soube que ele estava apavorado.
— Oque tá havendo? – Luísa inquiriu, a empurrei para dentro do quarto e saí de fininho, aqueles  dois tinham muito oque conversar.

                  ****  ***  *****

                      Maria Luísa

       — oque é tudo isso? – vou logo inquirindo.
     Samuel me olha, gagueja, parece muito nervoso, e, muito mais lindo!
  — Lú, quer dizer, Maria Luísa...eeu quero que se case comigo!!!
—????
  
                 ****  ****  *****

        Obrigado por acompanharem essa história!
Beijos!

Meu Conto De FadasOnde histórias criam vida. Descubra agora