Na Terra do Nunca

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   Manter segredo de Luísa, seria uma das coisas mais difíceis que já fiz, ver o sofrimento dela e não poder fazer nada era uma droga. Mas, eu havia prometido a Samuel que não diria, porém contei tudo a Júlia, eu precisava dividir com alguém, e também teria que pedir ajuda para esconder a verdade de nossa caçula por mais uma semana.
    No sábado, marco da semana que se seguiria, vesti jeans e camiseta e dirigi até o Detran para começar a cumprir a pena pelo acidente de carro. Para meu desgosto a primeira pessoa que ví ao chegar foi o insuportável delegado Medeiros. Decidida a ignorar ele, me sentei em um  canto da sala e fiquei quieta. Mas apesar da decisão de ignorá-lo  confesso que não consegui, não sei oque estava acontecendo comigo? Meus olhos insistiam em procurar por ele, que raiva!
Pior é que o infeliz era lindo de morrer. Logo me peguei imaginando oque haveria por debaixo da camisa xadrez que ele usava? Alguns pelinhos dourados como seus cabelos, ou uma depilação completa?
— Senhorita Schmidt! - olhei para o instrutor, atordoada com o rumo de meu pensamento. - Tudo bem?
— Aham, tudo bem sim.- por um instante o olhar do delegado Medeiros e o meu se encontraram, e tive total certeza de que ele pode ver meus pensamentos.
    Quando o curso terminou, esperei até todos saírem da sala, então respirei aliviada e segui para o estacionamento. A loja ficaria fechada o fim de semana, afinal, todos precisam de uma folga.
    Eu aproveitaria para ficar na estância, e procurar a paz do campo, e levaria Luísa e as crianças comigo. Júlia tinha se comprometido a ajudar Samuel com os detalhes do casamento secreto. Uma idéia que ela havia adorado!
— Que merda! - o motor do carro começou a fazer um barulho estranho, guiei para o acostamento, onde ele apagou de vez.
   Tentei ligar para o guincho, mas meu celular ficou sem sinal. Teria que pedir carona, saí do carro e esperei uma alma bondosa surgir para me salvar. Meia hora, e alguns convites para o motel depois, eu já estava em pânico, quando uma caminhonete cinza surgiu no meu campo de visão.
— Precisa de ajuda, dona?
    Suspirei, oque mais eu podia fazer, assenti.
— Entra. - peguei minha bolsa, tranquei o carro, e aceitei a carona que o delegado Medeiros me oferecia - O cinto de segurança.
   Mordi o lábio, esse homem me irritava mais do que tudo, mas seu cheiro, uma mistura de creme de barbear e madeira era  delicioso.
— Deus oque tá acontecendo comigo... murmurei entre dentes.
— Disse alguma coisa, moça? - ele me olhou de relance.
— Nada. - afirmei.
— Deu sorte de eu não estar com a viatura oficial - comentou - senão teria que sentar lá atrás, o lugar de infratores.
— Isso foi uma piada? - inquiri, ele deu de ombros sério, quando percebi já estava rindo - Foi péssima!
— Tem razão. - sorriu abertamente. - Me desculpe pelo outro dia.
— Humm? - o encarei
— Eu... exagerei.
— Também exagerei. - afirmei verdadeiramente.
   Ver Fernando e Sílvia tinha me baqueado imensamente, me fazendo agir de forma vergonhosa e humilhante, algo que jurei para mim mesma que não se repetiria.
    O delegado Medeiros me levou até a oficina, onde fiquei esperando o guincho trazer meu carro para saber a extensão do novo problema.
— Até mais senhorita Mariana. - tinha dito antes de se afastar.
— Maria Ana. - corrigi com resignação.

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Oi gente, eu quero agradecer todo mundo que leu minha estória, e que votou . É a primeira vez que escrevo um romance, então eu peço desculpas pela demora em publicar os capítulos, a partir de agora vou tentar ser o mais rápida possível, e tbm vou colocar as músicas que me inspiram na hora de escrever.
  Beijos!! :-)
        

Meu Conto De FadasOnde histórias criam vida. Descubra agora