O Príncipe e o Sapo

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                    Daniel

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                    Daniel

   Sílvia me olha com total segurança enquanto afirma que Benjamin Reis é o culpado pelo assalto a sua casa, a olho, não acreditando em nada do que fala.
     Seu jeito me lembra Aline, e sua incapacidade de proferir uma verdade se quer. Para mim o motivo de querer prejudicar Benjamin era óbvio, despeito puro e simples...O pior é que não havia nada que eu pudesse fazer em favor dele.
— Você tem que prender essa escória imediatamente!
    Benjamin estava na condicional, e como delegado não podia ignorar a denuncia.
— Tudo bem...
   Em meu trabalho sempre lidei com o destino das pessoas, é uma pressão que a profissão exige. Mas nem por isso menos difícil, ainda mais nessa situação:
— isso é brincadeira né? – Júlia me olhou procurando algum sinal meu – Daniel?! Benjamin não fez isso!
    Eu sabia disso, mas não podia dizer, seria antiético da minha parte.
— Tudo bem, Jul ... Benjamin procurou acalmá-la.
    Benjamin foi levado para a delegacia, Júlia foi para lá também. Antes de fazer o mesmo decido avisar pessoalmente tio Cláudio e o restante da família, quer dizer Ana.
      As coisas entre nós estavam... Todos ficam chocados com a notícia, mas fico feliz por Júlia e Benjamin ao perceber que sua inocência não é posta a prova.
    No caminho de volta, vejo Ana. Ela me olha magoada, e me faz sentir um completo idiota. Nós precisavamos conversar.

                      ****

                     Ana
...Me larga...
    Antes que eu tivesse a chance de me afastar mais Fernando avançou em minha direção e colou os lábios aos meus, me esquivei tentando evitar seu toque nojento em minha pele.
— Me larga!!...Gritei entre dentes enquanto ele tentava em vão aprofundar o beijo.
— Você é minha Ana, sempre vai ser...
     Não mesmo, minha mente e corpo negaram buscando um modo de fugir daquela situação absurda.
    Oque aconteceu a seguir foi tão rápido que minha mente quase não registrou os detalhes.
— Tiras as mãos da minha guria!! – a voz de Daniel trovejou em meus ouvidos enquanto Fernando era jogado de joelhos no chão feito um boneco de pano, e algemado. – É melhor pedir um advogado vereador, violência sexual é um crime grave.
— Oque?! Eu não... Fernando balbuciou desnorteado. - Ana, eu não...
— Daniel... Espera.
    Ambos me olharam de formas diversas, Fernando esperançoso, e Daniel com olhos cerrados e cheios de raiva contida.
— Vamos fazer um trato – disse a Fernando, ignorando os olhares de Daniel – isso ficará esquecido, contanto que você faça Silvia voltar atrás e deixar Benjamin e Júlia em paz.
     — Maria Ana, isso não é boa idéia. – Daniel opina, não estou pensando só em mim no momento, e também não queria que minha história com Fernando terminasse com um ponto final tão lamentável.
    — Faça Sílvia voltar atrás.
      Fernando assentiu e se levantou rapidamente assim que Daniel o soltou. – uma última coisa, nunca mais se aproxime de mim.
       Um silêncio constrangedor se ergueu entre nós assim que Fernando foi embora. Daniel não parecia nem um pouco interessado em quebrá - lo.
— Boa noite. – falo mostrando a saída com uma mexida de cabeça.
    — Ana... 
  — Não. – afirmei com toda a convicção que achava possuír, e que se esvai, assim que seus dedos longos tocam meu rosto.
— Amo você...
    O protesto morreu em minha garganta, calado por seus lábios doces e sensuais...

     O protesto morreu em minha garganta, calado por seus lábios doces e sensuais

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                     *** ***

Olá meninas, desculpem a demora nas postagens,  obrigado por acompanhar minha história, espero que gostem.

Meu Conto De FadasOnde histórias criam vida. Descubra agora