Depois de vários relacionamentos fracassados, Ana não acredita mais no amor, mas a chegada de um implicante forasteiro vai mexer com sua pacata rotina e com seu coração.
Daniel me disse que precisava de um tempo para por sua vida no lugar, seu divórcio deveria sair logo, então... Pensei muito em por quê lhe disse que esperaria, mas a verdade é que, ainda que eu quisesse ignorar meus sentimentos, eu sabia que estava irremediavelmente apaixonada por ele. Como isso foi acontecer ou quando, eu não fazia idéia, mas era um sentimento real, forte, que me fazia desejar estar perto dele todo o momento, sendo assim esses dias em que não nós vemos eram de algum jeito um castigo para mim. Suspirei pela milésima vez aquele dia, não estava conseguindo me concentrar no trabalho. Minha mente estava dispersa: — Ben, você já pode ir. – não tinha como continuar trabalhando aquele dia, precisava de um descanso, era sexta feira, então decidi ir para a estância, aquele era um bom lugar para refletir sobre a minha situação atual. — Tá tudo bem? – Benjamin perguntou meio preocupado. Afirmei que sim com um meneio de cabeça, fechamos a loja, nos desejamos um bom fim de semana e nos despedimos. Tomei um banho, arrumei uma mochila, peguei os brinquedos do kirk, também liguei para minha mãe avisando para onde ía. No meio do caminho me lembrei de passar na farmácia e comprar absorventes, a dor na minha cabeça e o desconforto me avisam que precisaria deles em breve. — Fique quietinho aí. – ordenei a kirk, saí do carro e corri até a farmácia, não havia nenhum cliente então foi bem rápido, foi quando voltava para o carro que o chão sumiu sob os meus pés. — Tia Ana!! Me virei de súbito, a menininha me olhava sorridente entre os pais, como um elo. — Olá – Murmurei tentando encontrar minha voz outra vez e ao mesmo tempo não olhar diretamente para Daniel, oque era quase impossível, ainda mais por causa daquele sorriso em seu rosto. Um sorriso que me dizia que burra eu tinha sido novamente. — Vai viajar? – Duda inquiriu curiosamente.
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— Maria Eduarda! – a mulher ruiva a silenciou – Não seja fofoqueira. Me desculpe, não fomos apresentadas ainda. — Verdade. Sou Maria Ana Schmidt. — Ah é claro, uma das três Marias, amiguinha de infância do meu Daniel não é... prazer, sou Aline Medeiros.
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Amiguinha de infância? Meu Daniel? Se eu tivesse levado um coice de mula não teria doido tanto. Você é estúpida Maria Ana! Com certeza é. Olhei para Daniel, ele não retribuiu esse olhar, era um covarde! — Eu preciso ir . Até mais ver... Entrei no carro e voei para longe o mais rápido que pude.
