Daniel- Vamos papai, por favorzinho!
Engoli a raiva que sentia em seco, usar minha filha para me obrigar a fazer oque ela queria era o passatempo favorito de Aline.
- Tudo bem, vamos. - Duda exultou radiante, seu largo sorriso me fez sorrir de volta. - Vai pegar o casaco, amor.
Ela correu para o quarto saltitante.
- Não vai ser tão fácil você se livrar de mim. - Aline afirmou entre dentes.
Saímos para a rua, como se fossemos um casal normal levando a filha para passear no parque. Para Duda isso era real e maravilhoso, já que nunca tínhamos feito antes, a alegria dela me fazia sorrir, minha filha é a pessoa mais importante para mim, sempre faria tudo para vê lá feliz.
- Podemos tomar sorvete?
- É claro. - Aline afirmou
- Está frio demais para isso, filha.
- Ah papai..
Manter a autoridade diante daqueles olhar era sempre difícil.
- Sorvete não, vamos tomar um chocolate quente, tá bem.
Ela concordou, e dobramos a esquina para o parquinho. Antes que eu esboçasse uma reação Duda o fez:
- Tia Ana!
Maria Ana, se virou na nossa direção, seu olhar voou para mim, congelando o sorriso em meu rosto.
- Olá. - ela disse para Duda, sua voz me pareceu embargada.
Meu desejo foi abraça - la , protegê - la, mas não pude. Por hora tinha que pensar no melhor para minha filha.
— Vai viajar? – Duda perguntou depois de se soltar do abraço de Ana.
Aline me olhou com o canto do olho, o veneno nesse olhar não me passou despercebido.
- Maria Eduarda! - aquele teatro de boa mãe eu conhecia bem, durante anos vinha convivendo com ele, era uma artimanha que Aline usava com maestria. – Não seja fofoqueira. Me desculpe não fomos não fomos apresentadas ainda.
— Verdade, sou Maria Ana Schmidt.
— Ah é claro, uma das três Marias amiguinha de infância do meu Daniel. Prazer...sou Aline Medeiros.
O aperto da mão de Duda na minha me impediu de jogar tudo para o alto e fazer oque desejava, olhei para minha Ana, a única mulher que já amei de verdade e soube o quanto meu silêncio a estava magoando. Me perdoe, pedi em pensamento, sabendo que talvez ela não fosse capaz de o fazer.
— Eu preciso ir... Fiquei olhando ela se afastar, aquela situação não poderia continuar, Aline se recusava a me dar o divórcio, e eu também não queria arriscar perder a guarda de Eduarda. Meu advogado disse que arranjaria um jeito o mais rápido possível, mas o modo mais rápido e fácil, era deixar vir a tona todos os pecados de Aline, seu problema com a bebida, e eu não queria que Duda fosse magoada com isso. Não queria expor minha filha a esse tipo de coisa.
— Então essa é sua segunda opção? – Aline riu assim que Ana se afastou, a olhei com desprezo.
— Minha segunda opção foi você.******
Olá meninas, a história está entrando em sua reta final, então vou procurar postar com mais frequência. Obrigado por acompanharem.
Beijos!
VOCÊ ESTÁ LENDO
Meu Conto De Fadas
RomanceDepois de vários relacionamentos fracassados, Ana não acredita mais no amor, mas a chegada de um implicante forasteiro vai mexer com sua pacata rotina e com seu coração.