Fazenda (parte 2)!

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Capítulo 17!


Alexa:

Tento dormir mas não consigo, sinto sede preciso beber água, levanto da cama com cuidado, coloco um roupão por cima e saio do quarto, desço as escadas nas pontas dos pés devagar para não acordar ninguém, quando estou quase a chegar na cozinha ouço a voz do George, aproximo sem que ele perceba e ouço a sua conversa.

_ você tem que continuar a pesquisar, essa Alexa a namorada do meu filho é muito estranha. ...... Não é coisa da minha cabeça , ela está aqui para vingar morte dos pais dela eu sei..... OK, trata logo de saber algo antes que ela me mate... Tchau.

Não paro para ouvir o resto e corro até o quarto.

Porra essa não, tudo menos isso, ele não pode desconfiar de mim, ele anda investigando a minha vida, eu preciso ser mais discreta, eu tenho que fazer qualquer coisa para o despistar, mas agora não, vou pensar nisso quando voltar para casa.

Tiro o roupão e volto a deitar ao lado do William, mas não consigo dormir, fico rodando de um lado para outro até as 5 da manhã.

Eu tentei me segurar mas não deu, levantei da cama, coloquei o roupão, abri a minha bolsa e peguei uma lâmina, sai do quarto, desci as escadas a correr, sai de casa, já estava um pouco claro, comecei a correr com um dor enorme de perda no meu peito, lágrimas rolavam no meu rosto, consegui chegar até o riacho, e fui para traz da queda da água, me sentei na pedra gelada e continuei a chorar.

A saudade que sinto é muito grande, tenho vontade de chorar e sair por aí gritando, um aperto bem forte no meu peito que me deixa angustiada e o nó na minha garganta não me permite falar o que eu quero falar.

Sinto saudades de ver meus pais sorrindo, da minha mãe me ensinando a cozinhar, dos nossos momentos juntas, das nossas conversas, dos conselhos que ela me dava ou ate mesmo de um beijo de boa noite, e meu pai sempre divertido, e sempre pronto para separar uma briga minha com o meu irmão, sempre por perto para afastar todos os rapazes que chegavam perto, até mesmo me proibindo de namorar até ter 30 anos porque eu ainda sou a sua menina.

Sempre imagino se tudo que aconteceu fosse apenas um pesadelo horrível e que eu irei acordar e ver eles ao meu lado.

O meu irmão sempre me diz que a saudade irá sempre estar presente nas nossas vidas e a única coisa que temos que fazer é seguir em frente e ser feliz.

O problema é que muito difícil para mim substituir a saudades que sinto deles por boas lembranças.

Por mais que eu tente é difícil, esquecer tudo que vi e sofri, eu queria ter uma vida normal, poder amar e ser amada, sofrer desilusões no amor, ou algo normal para uma rapariga, mas não eu vivo a minha vida para vingança, a aprender a lutar, usar uma arma e estar sempre a viajar para matar.

Eu tenho vontade de desistir de tudo mas eu sinto um aperto no coração, sinto uma dor inexplicável que não me permite desistir.

A dor de perder algúem que se ama é terrível, é uma dor que não passa numa mesmo que o tempo passe.

Pego na minha lâmina e começo a me contar, a dor que sinto faz a outra dor passar, eu só me corto nesta data de um em um ano, mas desta vez a dor nos meus braços não querem substituir a outra, talvez seja porque estou longe do meu irmão e perto do meu inimigo, depois de ficar cansada paro de me cortar, olho para os meus braços com mais cortes do que normal cheio de sangue , terei que andar com moletom nesse calor por um bom tempo,o frio invade o meu corpo me fazendo estremecer, deito naquela pedras geladas,abraço as minhas pernas, e as lágrimas continuam a inundar meu rosto, aos poucos os meus olhos ficam pesados, tento manter_los aberto mas não consigo, acabo por dormir.

O Sabor Da Vingança! (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora