Capítulo Dez - Viva àqueles mascarados vitalícios (parte 1)

27 1 1
                                    

Era o terceiro café tomado naquela manhã extremamente sonolenta. Enquanto isso, afigurava o possível cenário, que admitisse as cirrcunstâncias, mesmo que isso, ganhara alguma impossibilidade com o desaparecimento súbito de Julie.

As viaturas já patrulhavam até os cantos empoierados da cidade, a mídia triunfava com matérias e reportagens do caso dos três homens mortos em distintas ocasiões porém que sobressaltavam a curiosidade de um mistérrio, para aguçar o temor da cidade.

Sem falar que as manchetes dos jornais, cediam lugar ao mesmo caso, e com mais afirmações absurdas, destacadas nas páginas iniciais.

Dentre as duas semanas de buscas e investigações de mínimos esforços, Clayton permitiu uma conferência de imprensa, respondendo à perrguntas e mais perguntas e especulações baratas – ainda sim, deu-se John morto voluntariamente.

Os miúdos imediatamente, foram levados à casa da tia, não havia o mais sensato que um afastamento enorme, das âncoras noticiárias de Tasménia.

- Demorou, mas finalmente saiu. - Suzan ergueu o envelope branco caracterizado por um letreiro; AUTÓPSIA.

De todas as vezes que mergulhei nas estranhezas dos homicídios que ocorriam na cidade, às vezes com pouca frequência, tal palavra, era apenas um procedimento a seguir-se que revelaria alguma importante ou não informação. Mas ali já não.

Tudo dependia daquele resultado.

Segurei-o em mãos e apressei-me em rasgar desajeitadamente pela aba acima, revelando os papéis. Ignorei toda a informação que fazia de pouco no meu interesse e corri os olhos para a palavra-chave; Neariantina.

- Mas isto não é uma substância da Oleandro? - perguntei-a com o ar perplexo.

- Sim é! Na verdade os vestígios encontrados são da sua folha ingerida. Com a corpulência que John possui, aliás, que possuíam – desculpe – , 18 gramas para o levar a morte. Mas a quantidade encontrada – que foi possível somente com a ajuda de magias forenses – é de aproximadamente 21,3 gramas. Localizar a planta seria um enorme disperdício da nosso precioso e escasso tempo. Há várias Oleandros plantadas na cidade.

- Espera, a que horas isso sucedeu-se? Porque, internaram-no pós uma desintoxicação. Ou melhor, em qualquer canto do planeta.

- Não te enganes, neariantina pode ser rápida quando o quiser, possível com algum auxiliar.

- O que seria o auxiliar?

Uma nuvem negra cobriu rosto de Suzan transparecendo a carência de respostas.

- Traga-me informação mais fundamentada, por favor. Eu vou agora a procura de um verdadeiro chá. Cansei-me desta merda de café. - disse com franqueza e crueza, acentuada pela tonacidade da voz.

Gritos Aos Ventos De Tasménia (PARADA)Onde histórias criam vida. Descubra agora