"Embora não seja fácil te dizer adeus, tenho que correr o risco, ter uma chance, fazer uma mudança e me libertar. "
02/01/11
Acordei com o sol refletindo em meu rosto, finalmente o grande dia havia chegado. Cocei meus olhos com toda a preguiça que tenho pela manhã. Isso era praticamente um ritual, eu acordava, reclamava por ter que levantar e, totalmente contra minha vontade, me arrastava até o banheiro. Só que neste dia um sentimento novo me dominava. Tristeza. Esse era o sentimento que predominava dentro de mim. Não me levem a mal, era obvio que eu estava completamente feliz por realizar meu sonho, mas deixar minha família me assustava de um forma enorme. Eu tentei me acalmar, seria apenas alguns meses, eu poderia me virar sem eles por alguns meses, certo? Eu espero que sim.
Quando acabei de fazer minha higiene matinal, sair do quarto e comecei a fazer meu trajeto até a cozinha para ter minha última refeição com minha família. Eu prestava atenção em cada detalhe daquela casa, queria guardar cada um, pois, grande parte das lembranças acumuladas neste meus 20 anos, tem aquela casa como cenário. Estava tão distraída com meus pensamentos que nem reparei que tinha uma mala bem no meio da escada, aposto que isso era coisa do meu pai, e obviamente esbarrei nela e cai sentada no último degrau chamando a atenção de todos.
-Mi hija, você está bem? – Mama perguntou vindo correndo em minha direção.
-Estou sim, mama. Se eu não caísse no meu último dia em casa não seria eu. – Falei sorrindo enquanto levantava.
-Kaki sendo Kaki. – Minha irmãzinha debochou.
-Também te amo, Sofi. – Pisquei para ela e logo em seguida dei um beijo em sua testa. – Então, o que temos para comer? Estou faminta!
-E quando você não está? – Papa ironizou. – Hija, aquele seu amiguinho estranho esteve aqui. Disse que precisava resolver umas coisas com você antes de ir embora e eu o mandei voltar mais tarde. Eu já disse que não vou com a cara desse menino? – Papa terminou fazendo sua cara séria e eu revirei os olhos para seu ciúme.
-Deixa de ser ciumento, papa. – Disse rindo enquanto ele me encarava sério.
-Não é ciúmes, Camila. Isto é sexto sentido paterno. Se eu digo que tem algo errado com esse menino é porque tem.
-Nunca entendi a sua implicância com o Harry. Ele é um menino tão legal. – Mama disse olhando para mim com aquele olhar de "li seu pensamento".
-Eu não acho meninos que namoram minhas filhas legais, Sinu.
-Engraçado que com o Austin você não ficava assim. – Disse e ele bufou irritado.
-Porque com ele era diferente. Austin era um ótimo menino e, para ser sincero, até hoje não entendo o motivo de vocês terminarem. – "Por ele me traiu com a pessoa que se dizia minha melhor amiga." Pensei em dizer mas preferi revirar os olhos como resposta. – Já disse isso várias vezes, mas não me canso de repetir: Esse menino não é boa coisa e ele está apaixonado por você.
-E eu já disse várias vezes que Harry e eu somos amigos. – Tadinho, Papa nem sonha que Harry é gay. – O senhor que cismou com essa história maluca de que somos namorados.
-Espere e verás, hija. Você é linda e uma ótima moça e em breve esse menino irá dizer que está apaixonado por você. Eu nunca me engano com nada.
-O senhor está certíssimo. – Harry disse entrando na sala fazendo com que notássemos sua presença. – Mila é linda, mas não é meu tipo. O senhor pode ficar tranquilo em relação a isso pois nós somos somente amigos.
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The Last Butterfly (Camren)
FanficAmor. Esta pequena palavra possui apenas quatro letras mas tem um significado tão grande. Segundo Platão, o amor é a fonte das principais bênçãos concedidas ao homem, é uma loucura que é dadiva. Shakespeare acredita que é possível amar intensamente...