The Last Butterfly (Camren)

Capítulo 17

09/04/12

Estava a caminho da editora em meu carro pois papa finalmente me devolveu e estava ouvindo as músicas que estavam em meu pen drive. Eu as escutava e cantava, isso quando eu não tentava dançar no volante, o que me lembrou Dinah imediatamente, mas ao que me parecia ela não era a única pessoa que eu lembraria naquela pequena viagem.

O álbum novo da Lana Del Rey chamado "Born to die" começou a tocar e isso já foi o suficiente para me lembrar de Lauren, já que ela simplesmente idolatra essa cantora, mas obviamente o destino não satisfeito fez a música "Dark Paradise" começar a tocar. Eu, enquanto dirigia, comecei a prestar atenção na letra e ela não poderia fazer mais sentido. E quando eu achava que não estava vivendo um clichê o suficiente, algo como isso me acontece.

Quando ela canta "E não há remédio para as lembranças. Seu rosto é como uma melodia, não sairá da minha cabeça" eu não pude evitar de revirar os olhos. Maldita cantora capaz de escrever sobre minha vida. Na parte do "Toda vez que fecho os meus olhos é como um paraíso sombrio. Ninguém se compara a você. Tenho medo de você não estar me esperando do outro lado" eu prefiro não comentar sobre o frio que percorreu por toda minha espinha. Eu só sei que não consigo parar de ouvir essa música e de pensar em Lauren, principalmente depois da mensagem que recebi dela. Eu sei que foi simplesmente um ponto de interrogação, mas depois de oito meses sem receber nada vindo dela, isso mexe comigo.

Ontem eu liguei para Dinah, se eu não fizesse isso ela me mataria, e acabamos entrando nesse assunto. Eu descobri que naquele dia Ally, Mani e Lauren saíram para beber e que Normani chegou em casa sendo arrastada. Talvez seja por isso que ela me mandou aquela mensagem, vai ver foi um acidente. Definitivamente foi isso. A música acabou e começou a tocar "Always On My Mind" do Elvis e eu revirei os olhos novamente. Eu sou completamente apaixonada por ele, mas aquela música era tudo que eu menos precisava naquele momento. Troquei e logo começou a tocar "Don't Be Cruel", dele também, e acabei desligando o rádio. Era melhor ficar sem música por hora.

Estacionei em frente a editora e para a minha surpresa Harry estava parado em frente a entrada principal. Eu caminhei apressadamente até ele e pude perceber, mesmo um pouco de longe, sua expressão séria. Isso me deixou mais preocupada do que tudo, ele nunca ia até a editora e quando o faz o vejo daquela forma? Algo dentro de mim me dizia que boa coisa não viria. Quando parei a sua frente, ele apontou para o lado e eu fui caminhando com ele. A preocupação gritando dentro de mim, mas fiz o caminho em silencio.

-Pode falando. – Disse após pararmos mais afastados. – O que aconteceu?

-Louis vai vir para Havana amanhã. – Harry disse agoniado. – Ele vai fazer uma entrevista de emprego e talvez venha morar aqui em Havana.

-E isso é bom, certo? – Perguntei sem entender o motivo de seu nervosismo.

-Não! – Ele disse arregalando os olhos. – Ele vai chegar amanhã e eu não tenho nada para dar a ele. Tem noção disso?

-E você precisa dar algo?

-É claro que sim, Camila. – Ele disse meio irritado. – Amanhã fará seis meses que nós conhecemos. É algo a se comemorar, certo? Meio ano...

-Acho que isso é para namoro, Hazza. Por que? Vocês estão namorando? – Perguntei desconfiada.

-Obvio que não. – Ele revirou os olhos. – Eu só achei que... Sei lá! Você é uma péssima amiga, não sei porque vim até aqui. É mais do que previsível que você faria qualquer piadinha sobre meu dilema.

-Você veio até porque sou sua melhor amiga. – Disse e apertei suas bochechas. – Vamos fazer assim, no final do meu expediente eu passo no colégio que você dá aula e nós vamos no shopping para comprarmos algo para ele, tudo bem? Vá pensando em alguma coisa, eu farei o mesmo, e nós vamos comprar o presente perfeito. Eu prometo.