18/05/11
Hoje eu acordei não me sentindo nada bem. Durante a madruga eu acordei umas quatro ou cinco vezes para ir ao banheiro e estava com uns 39° graus de febre, sem contar as dores no corpo e as tonturas. Dinah, sempre delicada, disse que de duas uma, ou estava gravida ou estava com tanta porcaria no corpo que estava fazendo uma lavagem natural. Do jeito dela ela se preocupa comigo e foi por isso que ela me proibiu de ir hoje para a FIU. Ela disse que era porque não queria ir daqui até lá sentindo cheiro de vomito no carro. Ela é um amorzinho mesmo.
Mani me deu alguns números de vizinhos para caso eu passasse muito mal e não desse tempo delas chegarem em casa e me levar para o médico. Ela também deixou o zelador avisado e disse que seu eu não o avisasse a cada hora se eu estava viva, ele iria chamar a ambulância ou até mesmo a polícia. Eu ri de sua preocupação exagerada e avisei a seu Antônio que não tinha necessidade alguma dele fazer isso, Mani é bem exagerada as vezes. Elas saíram para ir à universidade e deixaram uma lista de remédios para pedir na farmácia, obviamente eu não o fiz. Não é que eu estava fazendo pouco caso, é só que eu não gosto de ir ao médico ou tomar remédios. Eu prefiro ficar boa por conta própria.
Quando eu fiquei sozinha em casa, me joguei no sofá pois ele era o mais próximo de confortável que eu tinha naquele momento. Sempre que eu fico doente o sofá vira meu melhor amigo pois, de uma forma estranha, ele ameniza minha dor ou me ilude e eu acho que ameniza. Hoje as meninas teriam reunião de final de período e por isso ficariam fora o dia todo, e talvez até mesmo a noite. Elas ficaram preocupadas em me deixar assim, mas eu as assegurei que qualquer coisa iria ligar para elas imediatamente. Elas parecerem meus pais as vezes.
Eu dormi algumas vezes enquanto via algo aleatório na TV. Vez ou outra eu ia correndo para o banheiro vomitar, mas depois de séculos sofrendo com a longa caminhada que era ir até lá, pensei em pegar um balde e deixar do meu lado. Ao menos eu não correria mais o risco de não conseguir chegar a meu destino antes de liberar minhas toxinas. Começou a passar "Enrolados" e eu não pude evitar de lembrar de Sofi, eu sinto tanta falta dela. Quando eu ficava doente, ela se deitava comigo no sofá e ficava vendo desenho comigo, ela dizia que adoecer sozinha é muito chato e por isso não saia de perto de mim um segundo. Eu a agradecia bastante pois ficar sozinha doente é realmente entediante, eu não tenho coragem alguma para ao menos levantar, imagina para fazer alguma coisa?
Eu já estava no meio do filme quando meus olhos começaram a pesar, eu estava me segurando muito para não dormir, mas obviamente foi em vão já que quando estou doente, dormir é a única coisa que consigo fazer. Quando acordei, olhei para televisão e vi que o filme já havia acabado, tinha perdido minha parte favorita. Eu senti minha cabeça latejar, minha garganta secar e decidi ir tomar um copo de água. Quando me sentei olhei para os lados, mas algo na mesa de centro me chamou a atenção. Tinha uma caixa mediana, de cor preta, com um papel em cima e ela não estava ali antes de eu dormir. Peguei o bilhete e não pude evitar de sorrir ao ler o que estava escrito e ao perceber a dona da letra.
"Mani me contou que você não estava se sentindo bem então decidi passar aqui e lhe deixar umas coisinhas para te ajudar a melhorar logo. Você estava dormindo e por isso preferi não te acordar, daqui a pouco eu volto com o nosso almoço.
Até daqui a pouco, Camz."
Eu abri a caixa e vi que ela estava cheia de remédios com um papelzinho em cima de cada um. Peguei o primeiro e estava escrito "para a sua dor no corpo e dor de cabeça". O outro e estava escrito "para seu enjoo", vi uma pastilha de menta e ri ao ler "para depois de suas idas ao banheiro", peguei outro e no bilhete era "para sua febre" e por último tinha uma caixa de lenços de papel escrito "para sua coriza". Tinha como ela ser mais fofa? Olhei e vi que no fundo da caixa tinha mais um bilhete e me perguntei o que seria dessa vez.
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The Last Butterfly (Camren)
FanficAmor. Esta pequena palavra possui apenas quatro letras mas tem um significado tão grande. Segundo Platão, o amor é a fonte das principais bênçãos concedidas ao homem, é uma loucura que é dadiva. Shakespeare acredita que é possível amar intensamente...