08/02/11
Passaram-se cinco semanas desde que me vim para Miami e devo admitir que as coisas não poderiam estar melhores. Dinah, ou CheeChee, Normani, Ally e Lauren são as melhores companhias que eu poderia ter arrumado. Atém mesmo Lucy, Will e Shawn são partes importantes desta viagem. Shawn e eu estamos saindo a quatro semanas mas nós só ficamos uma vez desde aquele dia no bar. Eu o vejo como amigo, não como algo mais. Will é um cara legal, mesmo eu não achando que ele seja o cara certo par Ally, e Lucy eu não tenho nada contra, mas nem nada a favor. Não me leve a mal, eu a acho uma boa pessoa, é só que tem algo nela que não me agrada e me faz ter vontade de revirar os olhos cada vez que ela fala ou se aproxima de nós.
Lauren e eu nos aproximamos bastante nestas últimas semanas. Nós nos víamos durante os intervalos das aulas, trocávamos mensagens o dia quase todo e ela de vez em quando assistia algumas de minhas aulas comigo. Tê-la por perto foi uma das melhores coisas que me aconteceu nesse último mês. Nós temos tanto em comum, um pouco do gosto musical, gosto por literatura e até mesmo nosso jeito de ver as coisas é parecido. Eu amo o jeito que sua mente funciona, e ela é extremamente culta também. Lauren é linda por fora e por dentro, Lucy tem muita sorte de ter alguém como ela a seu lado. Às vezes me pergunto se ela tem algum tipo de defeito e se ela realmente ama a Lucy. Creio que sim pois ela jamais fingiria algo assim.
Por falar nela, hoje ela passou o dia quase todo aqui no apartamento comigo e com Normani. Dinah teve que ir para Santa Ana resolver uns problemas com a hipoteca da casa que está em seu nome e volta daqui a três dias. Eu estou sentindo muita falta dela, mas nós nos falamos por mensagem o dia quase todo. Lauren e eu estávamos na sala sozinhas (Normani tinha ido ao centro comprar algumas coisas) quando senti meu notebook tocar e, quando o peguei, vi que era uma ligação dos meus pais pelo Skype. Eu o coloquei na mesinha de centro e olhei para Lauren que sorriu para mim e fez um sinal com a mão para eu seguir em frente. Ela se levantou e começou a andar em direção ao quarto mas, quando ela deu a volta por trás do sofá que eu estava, eu segurei seu pulso e sorri para ela.
-Fica. – Disse e ela sorriu concordando e sentou do meu lado no sofá. Eu atendia a ligação e vi que na tela estavam mama, papa, Sofi e Hazza. – Oi pessoal.
-Kaki! – Os cinco falaram ao mesmo tempo e eu sorri.
-Como você está, mija? – Mama perguntou com a voz embargada pelo choro. Sempre que nos falamos é a mesma coisa.
-Eu estou bem, mama. E como estão as coisas por ai?
-Estão ótimas. – Papa disse. – Sofi ganhou o primeiro lugar na competição de natação, não é mesmo bebe?
-Sim, Kaki. Eu arrasei naquela piscina. – Sofi disse e tanto eu quanto Lauren rimos de seu ego enorme. – Quem está aí?
-Sofi, essa aqui é Lauren, uma amiga minha daqui de Miami. - Lauren apareceu na tela acenando para minha irmã que se escondeu nos ombros de Hazza, envergonhada. – Lauren, aquele ali é meu pai Alejandro, minha mãe Sinu, meu melhor amigo Harry e minha irmãzinha Sofia.
-Es un placer conocerlos. Camila me he dicho mucho sobre ustedes. – Lauren disse e eu a encarei surpresa. – O que foi?
-Você fala espanhol? – Perguntei incrédula. Essa mulher não pode ser tão perfeita.
-A família dos meus pais vieram de Puerto Rico, minha vó me ensinou a falar espanhol. – Ela disse dando de ombro e eu continuei a encarando imóvel. – O que foi, Camz?
Eu não pude evitar de arregalar meu olhos. Ela tinha me chamado de "Camz" ou eu entendi errado? Quando eu ouvi aquilo meu coração acelerou, eu comecei a ficar sem ar e um sorriso bobo ousou brincar em meus lábios. Isso era extremamente ridículo, amigos colocam apelidos em amigos direto, certo? Isso é totalmente normal. Lauren me encarou confusa e eu senti meu rosto ruborizar. Eu não aguentei e acabei encarando o chão. Qualquer lugar era melhor do que aquele mundo que ela chamava de olhos.
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The Last Butterfly (Camren)
FanficAmor. Esta pequena palavra possui apenas quatro letras mas tem um significado tão grande. Segundo Platão, o amor é a fonte das principais bênçãos concedidas ao homem, é uma loucura que é dadiva. Shakespeare acredita que é possível amar intensamente...