"O melhor sentimento do mundo é ver alguém sorrir e saber que você é o motivo."
Entrei em casa tentando fazer o menos barulho possível, para não acordar o Alex. Assim que fechei a porta tomei um puta susto vendo que as luzes foram acessas! Olhei para trás e o vi sentado com cara de pai bravo. Fodeu!
-Oi Alex...-falei abrindo um sorriso amarelo.-O que faz acordado a essa hora?
-Sou eu quem faz as perguntas aqui Sophie! -ele disse se levantando.- Onde você estava de pijama? Acordei com o telefone tocando e sabe quem era? -ele perguntou, mas pelo seu tom eu sabia que era uma pergunta retórica.- Zayn Malik e sabe o que ele queria? Queria saber se você já tinha chegado em casa! -ele arqueou a sobrancelha.- Mas você não saiu o dia inteiro... Então fui ate o seu quarto e você não estava lá, onde você estava Sophie?
-Com o Zain! -falei dando de ombros.-Mas eu vim para casa de táxi...
-Saiu de pijama pra se encontrar com o Zain as duas da manhã? Porra Soph, o que está havendo? Você ta agindo como se tivesse 16 anos! -ele disse me olhando nos olhos e eu não conseguia nem abrir a boca, imagina dar uma explicação. Quando finalmente ia lhe contar duas batidas na porta me sobressaltaram e sem nem pensar duas vezes eu fui abrir a porta. Revelando Zain Malik com um buquê, duas caixas de pizzas e uma garrafa de vinho em baixo do braço com o sorriso mais maravilhoso que eu já vi em minha vida, em seus lábios que nunca me atraíram tanto!
-Oi?-ele sussurrou para que apenas eu ouvisse e me estendeu o buquê.-Sei que um buquê não vai limpar a minha barra, mas tenho mais cartas na manga!-peguei o buquê lhe dando espaço para entrar sentindo o olhar do Alex me queimando.-Oi Alex, como está?
-Bem como disse a alguns minutos no telefone! -ele disse nos encarando.-Bom eu vou dormir, mais tarde nós nos falamos Sophie! -ele veio até mim e beijou a minha testa.- Boa noite!
-Boa! E desculpe por ter lhe acordado! -ele disse sem graça, apenas recebendo um aceno com a cabeça do Alex que sumiu instantes depois. -Pizza?-ele perguntou me olhando enquanto eu revirava os olhos e ia em direção ao meu quarto sendo seguida por ele. -Sophie me perdoe, eu sei que não devia fazer aquilo daquela forma. Fui imatura a forma que eu agi, eu sei!
-Entra! -eu falei assim que entrei em meu quarto indo pra minha cama e me sentei o olhando. -O que se passou pela sua cabeça? Acha mesmo que passaria alguma credibilidade agindo dessa forma? Não é assim que as coisas funcionam Zain!-lhe apontei a cama para se sentar enquanto tirava os livros.
-Estava estudando?-ele colocou as caixas de pizza em cima do criado mudo e se sentou na cama pegando um dos livros. Ignorando tudo o que eu disse.-Eu deveria estar envergonhado?-ele perguntou arqueando a sobrancelha sorrindo sem graça. -
-Deveria me ouvir, já seria de grande valia! -suspirei enquanto revirava os olhos.
-Feito!-ele sorrio estendendo a mão e eu a peguei. -Achei que não fosse me perdoar tão fácil assim. -dessa vez foi eu quem riu. -Ainda não me perdoou não é? -neguei o olhando entrelaçar nossos dedos e me puxar pra cima dele. -Eu sempre tenho um plano B!-disse roubando-me um selinho e com a mão livre colocou a mão no bolso tirando uma caixinha. -Espero que goste!
-Não vai me comprar com jóias Zain!-sai de cima dele me sentando direito na cama. - Nem com qualquer outra coisa está bem? Não vou me vender com nada!
-Não estou tentando te compra, porque você ja é minha! Então relaxe, não é nada muito caro, é apenas uma lembrancinha! -dou de ombros sorrindo.- Abra! -reviro os olhos assentindo e pego a caixinha, e não vejo nada.
-Não entendi! -rio confusa.- Acho que você foi enganado! Não há nada na caixinha! -a viro para que veja.
-Claro que há! -ele deu de ombros e novamente pegou a minha mão. -Sabe o como se rouba um coração? -ele me perguntou sorrindo e eu dei de ombros.- Para se roubar um coração, é preciso que seja com muita habilidade...-ele disse calmamente.- tem que ser vagarosamente, disfarçadamente, não se chega com ímpeto, não se alcança o coração de alguém com pressa. Tem que se aproximar com meias palavras, suavemente, apoderar-se dele aos poucos, com cuidado. Não se pode deixar que percebam que ele será roubado, na verdade, teremos que furtá-lo, docemente. -umedeci meus lábios tentando não sorrir.-Conquistar um coração de verdade dá trabalho, requer paciência, é como se fosse tecer uma colcha de retalhos, aplicar uma renda em um vestido, tratar de um jardim, cuidar de uma criança. E olhe que eu tenho experiência em cuidar de crianças! É necessário que seja com destreza, com vontade, com encanto, carinho e sinceridade. Eu não sou experiente em relacionamentos sérios e você também não! Então acho que devamos aprender juntos, para que quando acharmos a pessoa certa saibamos ser quem elas precisam... Quando se deseja realmente conquistar um coração, é preciso que antes já tenhamos conseguido conquistar o nosso, é preciso que ele já tenha sido explorado nos mínimos detalhes, que já se tenha conseguido conhecer cada cantinho, entender cada espaço preenchido e aceitar cada espaço vago... E então, quando finalmente esse coração for conquistado, quando tivermos nos apoderado dele, vai existir uma parte de alguém que seguirá conosco. -ele olhou em meus olhos e sorrio ainda mais.- Uma metade de alguém que será guiada por nós e o nosso coração passará a bater por conta desse outro coração. Eles sofrerão altos e baixos sim, mas com certeza haverá instantes, milhares de instantes de alegria. Baterá descompassado muitas vezes e sabe por que? -eu neguei com a cabeça sentindo o meu coração descompassar.-Faltará a metade dele que ainda não está junto de nós. Até que um dia, cansado de estar dividido ao meio, esse coração chamará a sua outra parte e alguém por vontade própria, sem que precisemos roubá-la ou furtá-la nos entregará a metade que faltava... E é assim que se rouba um coração, fácil não? Pois é, nós só precisaremos roubar uma metade, a outra virá na nossa mão e ficará detectado um roubo então! E é só por isso que encontramos tantas pessoas pela vida a fora que dizem que nunca mais conseguiram amar alguém... é simples... é porque elas não possuem mais coração, eles foram roubados, arrancados do seu peito, e somente com um grande amor ela terá um novo coração, afinal de contas, corações são para serem divididos, e com certeza esse grande amor repartirá o dele com você.-assim que ele parou de falar, um longo silencio pairou pelo quarto semi iluminado pela minha luminária e depois de mais longos minutos, eu me pronunciei!
-Comprovei que, quase tudo o que já foi escrito sobre o amor... é verdadeiro.
Shakespeare disse: as viagens terminam com o encontro dos apaixonados. Que idéia mais extraordinária! Pessoalmente, nunca experimentei nada, ou algo parecido. Mas estou convencida de que Shakespeare, tenha. Suponho que penso no amor mais do que deveria. Admira-me constantemente seu poder esmagador de alterar e definir nossas vidas. Também foi Shakespeare quem disse que o amor é cego. Pois bem, estou segura de que isso é verdade.
Para algumas pessoas, de forma inexplicável o amor se apaga. Para outras, o amor singelamente se vai. Mas é claro, o amor também pode existir, mesmo que só por uma noite. No entanto, existe outra classe de amor mais cruel. Aquele que, praticamente mata suas vítimas. Chama-se "amor não correspondido" e nesse tipo... sou experiente. A maioria das histórias de amor falam de pessoas que se apaixonam entre si. Mas o que acontece com os demais? E as nossas histórias? Aquelas que nos apaixonamos? Somos vítimas de uma aventura unilateral. Somos os amaldiçoados dos seres queridos. Os seres não queridos. Os feridos que se valem por si mesmos. Os incapacitados sem estacionamento reservado.-recitei sorrindo.-Eeeeei!-ele pegou meu travesseiro e bateu em minha cabeça me fazendo gargalhar.- Isso é daquele filme... Er... O Amor Não Tira Férias? -ele subiu em mim começando a me fazer cócegas, enquanto eu me debatia e batia nele, tentando escapar de seus braços.
-Saaai Zain! -eu tentava não gritar por causa do Alex no quarto ao lado, mas ele era bem mais forte que eu, e me imobilizou com facilidade.
-Ok, ok! Parei!-ele se jogou na minha cama olhando meu quarto e parou o olhar em meu mural de fotos, se levantou em silencio e pegou minha Polaroid e se virou pra mim.- Abra um sorriso e pode para mim!
-Claro que não! Olha meu estado? Parece que eu entrei numa briga!-reviro os olhos rindo.- Sai de perto de mim!-rio me afastando enquanto ele se aproximava.-Zain sai!
-Ta com medo de mim?-ele rio subindo na minha cama.
-Meus lençóis estão limpos!-falei jogando um travesseiro nele rindo.- Vou te colocar pra lavar! -tentei me proteger da travesseirada que ele me deu, mas acabei por cair na cama.- Ai seu grosso! -ri tentado empurra-lo, mas o filho da mãe segurou a minha perna, subindo em mim, sentando em minha barriga sem deixar o peso sobre meu corpo, apontando a câmera pra mim.
-Esse sorriso que eu quero! 3... 2...1... SORRIA! -ele disse ao tirar uma foto minha. Pegou a foto e a assoprou sem tirar os olhos de mim, ate ela secar.-
-Você é um idiota! -falo baixinho o olhando e nego com a cabeça rindo.- Er, já pode sair de cima de mim!
-Não, obrigado! Eu estou confortável aqui! -ele me entregou a foto.-Você é bem fotogenica sabia?
-Obrigada! Agora sai de cima. -eu tentei empurra-lo, mas ele apenas segurou as minhas mãos acima da minha cabeça.
-E chata. Deveria ser mais legal com seu futuro marido. Nunca vai achar alguém no mercado como eu: lindo, inteligente, engraçado, rico, bom de cama e um excepcional cozinheiro!
-Metido, chato, se acha o fodão, encrenqueiro, manipulador e egocêntrico! -disse o olhando.
-O que a senhorita disse? Não, não! Repete que eu não ouvi direito.
-E ainda é surdo!-falei rindo enquanto tentava me soltar. -
-Acha mesmo que sou tudo isso?-ele apertou mais minhas mãos sem tirar os olhos dos meus.
-Não Malik, eu não te conheço tão bem assim... Mas aparenta ser. -falo dando de ombros, o que o faz murchar e me soltar saindo de cima de mim. -Mas você quando quer... É bondoso e meigo... Fala bonito quado se deixa abrir... É doce, tem muito bom gosto pra jóias e seu cabelo é excepcionalmente maravilhoso!-o vejo soltar uma gargalhada, daquelas contagiantes, me fazendo rir com ele.
-Ah Soph, não da pra ficar bravo com você. -ele riu se deitando ao meu lado fechando os olhos. -Mas você ta certa. Não vou fingir ser o cara mais perfeito do mundo. Eu sou todo errado e não me importo. Só não quero perder a minha herança pro babaca do meu cunhado. E é pra isso que você ta aqui. É pra isso que vamos nos casar.
-É! -sorrio fraquinho e fecho meus olhos desligando meus pensamentos, aquela não era a hora certa pra ele falar isso, mas agora já foi! Esse é o real motivo, não sei pra que surpresa. Vamos nos casar pra ele conseguir a herança e logo depois cada um por si, vivendo suas vidas. Talvez nem nos vejamos mais...
// DEMOREI MUITOOOO EU SEI.
MAS POSTEI! ❤😍
Espero que gostem!!!
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Arabian Nights - The Contract (Z.M) [REESCREVENDO]
Teen Fiction"O primeiro passo para a mudança é a aceitação. Uma vez que você aceite a si mesmo, você abre a porta para a mudança. Isso é tudo o que você tem que fazer. Mudança não é algo que você faz, é algo que você permite." Ele teve ultimato! Ela foi à solu...