Capitulo 15

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Deixei o celular no quarto e desci para falar com meu pai.

- Bom dia filha - meu pai me cumprimentou enquanto estava sentado no sofá lendo um jornal.

- Bom dia, pai vou sair a cavalo com o Apolo - disse indo em direção à porta.

- Toma cuidado, faz muito tempo que ele não te vê e pode ficar agitado.

Fui para o estábulo, ele estava bem maior do que eu me lembrava, havia mais cavalos, cheguei a baia do Apolo, ele estava mais lindo do que nunca.

- E aí garotão, como você está - disse passando a mão nele - Estava com saudade.

Ele estava refugando um pouco, não me conheceu, mais era só questão de tempo, selei ele e montei.

- Ei calma Apolo, calma garotão - ele estava bem bravo e agitado, não estava conseguindo controlar ele.

Depois de andar algum tempo com ele estávamos em uma parte da fazenda que era pasto, ele persistia em não me obedecer, ele se assustou com algo e disparou, perdi o controle.

- Para Apolo - comecei a gritar, porém ele continua a correr e relinchar - Socorro - era em vão, não tinha ninguém por perto.

Até que aparece uma luz no fim do túnel, o Arthur surge com seu cavalo, desceu rapidamente dele e entrou na frente do Apolo fazendo ele parar bruscamente, acabei caindo.

- Calma garotão, tá tudo bem agora - Arthur pegou a rédea dele e começou a acalmar ele, agora ele não estava mais tão agitado.

Levantei do chão e fiquei observando a cena, parece que eles já se conheciam a anos, bem mais tempo do que eu conhecia ele.

- Você se machucou ? - Arthur voltou sua atenção pra mim agora.

- Não, estou bem.

- Você tem que ter calma com ele, eu sei que é seu cavalo, mas já faz muito tempo que não se veem e ele está estranhado, eu conheço ele melhor do que ninguém - Agora ele vai querer me dizer o que fazer com o meu cavalo.

- Eu conheço ele muito bem ok, a muito mais tempo que você, agora me dá ele de volta - fui até eles para pegar a rédea de volta mais o cavalo refugou para trás.

- Não disse, de um tempo para ele - eu tenho que admitir ele levava muito jeito com cavalos, ou melhor, com o Apolo.

- Tudo bem - ele venceu - Como eu vou voltar para casa agora ? Ele não vai querer que eu monto nele.

- Vai com a Vênus - apontou para a égua que ele estava - Deixa que eu levo o Apolo de volta.

Fiz o que ele mandou, no caminho eu apenas refletia, no fundo eu estava triste, cada vez mais eu percebia que isso tudo não fazia parte mais da minha vida, me sinto deslocada, esse já não é mais meu lugar.

Cheguei em casa sem um pingo de fome, subi para o meu quarto e passei o resto da tarde nele, quando já estava escurecendo meu celular começa a tocar, era a Liz.

- Oi amiga, tudo bem ? - ela perguntou.

- Oi Liz, tudo e aí ? - perguntei.

- Tudo bem também, deixa eu te falar, sabe aquele menino que eu fico ? Ele vai fazer uma fogueira, o pessoal vai levar bebida, violão e vamos ficar lá, queria que você fosse.

- Não sei não ein Liz - respondi desanimada.

- Não aceito não como resposta, seu irmão também vem, pega carona com ele.

- Aquele idiota não é meu irmão, talvez eu vá, não tenho certeza, mais obrigada pelo convite - agradeci.

- Ok então, te espero, beijocas - ela se despediu.

- Beijo amiga.

Ligação OFF.

A Garota do Campo (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora