Melissa é uma garota mimada, tem 18 anos, é dona de uma personalidade forte e sempre teve tudo o que deseja, perdeu sua mãe ainda pequena, o que fez com que ela fosse para São Paulo morar com sua tia. Depois de anos sem voltar para a fazenda em que...
- Menina, ei, acorda, dá para sair da minha cama por favor - sinto uma mão me chacoalhar e dou um pulo da cama.
- Mais que inferno, eu disse que não era pra ninguém me acordar, quem é você ? O que tá fazendo aqui ? Não importa, sai do meu quarto agora - ordenei para o moço que ainda insistia em tirar meu sono.
- Seu quarto ? Quem você pensa que é ? Esse quarto é meu, essa cama é minha, eu to cansado, se você não sair vou te fazer o favor de te tirar por bem ou por mal, você escolhe gata - falou irônico.
- Quem você pensa que é para me chamar de gata ? - Falei nervosa e ele me olhou com deboche - Não importa, seu idiota.
Sem mais levantei ainda sonolenta e sai andando em passos firmes a procura do meu pai.
- O paiiii - segui pelo corredor, desci as escadas e encontrei ele sentado no sofá da sala.
- O que foi minha filha ? Aconteceu alguma coisa ? - perguntou preocupado.
- Aconteceu sim, tem um imbecil no meu quarto alegando que o quarto é dele - pestanejei em alto e em bom som.
- Filha calma, precisamos conversar - era só o que me faltava, tinha um desconhecido no meu quarto e ele não fala nada.
- Querido, ela acordou ? - querido ? Só pode ser brincadeira, uma voz vem da cozinha e chega na sala - Melissa, bem que seu pai disse que você era linda, é um prazer te conhecer.
Ela me abraçou, mais eu não retribui.
- Olha, eu te conheço ? Desculpa, mais que eu me lembre, não.
- Você não contou pra ela, amor ? - ela parou do lado dele e pegou sua mão.
- Que ? Pera aí, o que tá acontecendo aqui ? Me contar o que ? - um turbilhão de perguntas e respostas possíveis vinham em mente.
- Melissa, filha, eu queria te fazer uma surpresa, veja bem quando nós chegamos eu tentei te contar mas você quis ir para o quarto, eu e a Dani estamos noivos.
Eu não sabia como agir, o que pensar, o que falar, apenas a imagem da minha mãe aparecia na minha mente.
- Não pode ser, eu tive que vir pra cá a força e de brinde ganho uma madrasta?
- O insuportável, agora fiquei magoado, como você pode esquecer do seu irmãozinho aqui ? - a não, era só o que me faltava, pelo amor de Deus, me belisca que eu ainda devo estar sonhando.
- Arthur, olha como você fala, peça desculpa agora, não te dei essa educação - chamando sua atenção.
- A qual é mãe, essa menina aí tava no minha cama e ainda quis me expulsar do MEU - deu ênfase - quarto .
- Aquele quarto é meu - eu rebati.
- Filha quando reformamos a casa acabamos fazendo algumas mudanças, o seu antigo quarto agora é do Arthur, fizemos um novo para você.
- Mais pai eu gosto daquele.
- Se você quiser você pode dormir comigo, maninha - ironizou.
- Arthur, fica quieto - Dani chamou mais uma vez a atenção dele.
- Cala a boca, ninguém te chamou para a conversa - esse moleque consegue me tirar do sério.
- Já chega você dois, cada uma para o seu quarto e daqui uma hora desçam para o jantar - meu pai interrompeu a discussão.
- Fala sério, o que eu fiz para merecer isso - Falei me lamentando em direção ao meu quarto.
QUARTO DO ARTHUR
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