Capitulo 18

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Arthur

Desci para tomar café da manhã e encontrei somente minha mãe a mesa.

- Bom dia filhote - fui até ela e dei um beijo na sua cabeça.

- Bom dia mãe.

- Bom dia - Antônio se juntou a nós e cumprimentou.

- Bom dia amor, cadê a Melissa ?

- Ela não está bem, não quis descer para tomar café, vou pedir que a Marta leve alguma coisa para ela.

Eu ouvia em silêncio, será que ela não quis descer por causa da noite de ontem ou ela está realmente mal, a que seja, isso pra mim é graça.

- Depois vou lá ver como ela está, você não acha melhor cancelarmos a viagem ? - minha mãe questionou.

- Que viagem ? - perguntei.

- Arthur eu e sua mãe precisamos ir em uma reunião para falar com os fornecedores da fazenda, acontece uma vez por ano e é extremamente importante estarmos presente, Arthur, você poderia cuidar dela ?

Que legal, vou ter que ficar de babá, não tinha nem como eu recusar o pedido do Antônio diante de tudo o que ele já fez por mim.

- Acho que não é uma boa ideia amor, eles parecem cão e gato, só brigam, melhor não irmos - Minha mãe falou.

- Fica tranquila mãe - relaxa mãe, a gente só vai acabar se matando, mais isso é o de menos, pensei.

- Você vai ter que me prometer que não vai pegar no pé dela - ela reforçou.

- Tá - Eu já estava ficando irritado.

- Vou ligar para meu amigo que é médico para ele passar uma medição para ela, a Melissa é completamente esquecida, então você vai ter que ajuda- lá a lembrar de tomar - Meu Deus parece que o mundo só gira em volta desse ser.

- Bom, vou subir e conversar com ela - ele se retirou da mesa.

- Filho vou acabar de arrumar as malas - restando apenas eu naquela mesa.

Por um lado vai ser bem ruim ficar de baba daquela chatice, mais por outro eu vou poder mostrar para o Antônio que eu tenho capacidade de administrar a fazenda enquanto ele estiver ausente, vai ser uma ótima oportunidade para mostrar o meu potencial.

Melissa

Cochilei um pouco, mas não conseguia pegar no sono de forma alguma, meu pai entrou no quarto novamente e deitou do meu lado.

- Está se sentindo melhor filha ?

- Estou sim pai, porque voltou ? - estranhei.

- Filha eu e a Dani vamos ter que fazer uma viagem a negócio, vamos em reuniões com os fornecedores da fazenda, só que estou preocupado de te deixar aqui nesse estado - ele acariciou meu cabelo.

- Pai, nesse estado ? Eu já melhorei, sério, não quero atrapalhar vocês, pode ir tranquilo - o tranquilizei.

- Já falei com o Arthur, ele esta responsável por você, obedece ele e a gente volta para o seu aniversário filhota.

- Tenho outra opção ? - perguntei com uma pontinha de esperança.

- É ele ou a gente não viaja por sua causa - não tive escolha.

- Tá né.

- Vou lá ajudar a Dani a pegar as malas, daqui 15 minutos nós já vamos - ele deu um beijo na minha testa e saiu do quarto.

Uma coisa é fato, sempre tem como ficar pior, SEMPRE, já To até vendo ele ficar pegando no meu pé e ainda vou ter que suportar aquela cara de vitória de quem saiu ganhando nessa história.

Me troquei, coloquei uma uma regata e um jeans rasgado e desci para me despedir deles, quando cheguei lá em baixo eles já estavam de saída me esperando, abracei meu pai e a Dani e eles partiram.

- É o seguinte - senta que lá vem merda - vamos combinar, cada um na sua, que tal uma trégua?

- Esse negócio de cada um na sua eu estou de acordo, agora trégua ? Não é necessário né - entrei para dentro de casa e fui deitar na sala de TV.

- Fica atenta no teu celular que eu vou te mandar os horários que você vai ter que tomar remédio - ele gritou da cozinha.

- Me deixa, eu sei me cuidar - gritei de volta.

- Só estou fazendo o que seu pai mandou - mereço, pensei.

O resto do dia foi tranquilo, Arthur sumiu, devia estar cuidando de assuntos da fazenda, graças a Deus, assim não enche meu saco, fui para o meu quarto tomar banho, quando sai enrolei a toalha no meu corpo e fui escolher uma roupa, ouço batidas na porta.

- Quem é ? - perguntei.

- Seu irmãozinho lindo - ironizou.

- O que você quer ?

- Se arruma, vamos até a cidade jantar, a Marta já foi embora e não tem janta.

- Pode ir, eu vou ficar.

- Não vai não, eu to responsável por você e não vai ficar em casa sozinha, daqui meia hora você desce.

Não deu tempo de xingar, ele já tinha ido embora, COMO EU ODEIO ELE.

A Garota do Campo (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora