Melissa
Depois que ele saiu do meu quarto fui até a porta e a tranquei, coloquei uma roupa simples, calça jeans e uma blusinha, passei um perfume e desci para jantar.
Desci as escadas e fui em direção à sala de jantar, na mesa já se encontrava meu pai e a Dani, graças a Deus aquele mala não estava aqui, me juntei a eles.
- Acalmou os ânimos mocinha ? - meu pai ironizou - Cadê o Arthur ?
- Eu é que sei pai, não faço questão da presença dele então já posso comer - disse impaciente.
- Enquanto todos não estiverem nesse mesa ninguém come.
- Mãe, já estou indo, não tenho hora para voltar - grita uma voz masculina vindo da sala.
- Arthur, vem aqui agora - Dani o repreende e ele chega ao mesmo cômodo em que estamos - aonde você pensa que vai ?
- Tem uma festa na república dos meninos na cidade, então já estou indo - ele responde impaciente
- Nada disso, não antes de jantar com sua família, você precisa comer, porque se bem que eu te conheço você vai encher a cara hoje.
- Mãe eu não sou mais um bebê, eu sei o meu limite - agora quem estava impaciente e com fome era eu.
- Você sempre vai ser meu bebe - começo a rir da cena mamãe e seu bebezinho - Agora chega de enrolar que estamos com fome, senta nessa mesa logo, só depois que você comer bem você vai pra essa festa - Ele revirou os olhos e sem pestanejar se juntou a nós.
- Graças a Deus - supliquei
- Melissa, olha os modos - meu pai chamou minha atenção.
Começamos a comer em silêncio, não estava curtindo nenhum pouco aquele momento '' família ''. Ainda estava com os pensamentos a mil, tentando entender o porque só fui descobrir agora a existência de uma madrasta. Mas, tudo que é bom dura pouco né, Dani puxou assunto.
- Melissa querida, me conte mais da sua vida em São Paulo, seus estudos, o que você faz ? - por mais que estivesse com um pé atrás em relação à aquele casamento, Dani desde o primeiro momento foi agradável comigo, então não tinha o porque de eu não retribuir e dar uma de durona, sei que estou confusa, mas vou fazer uma forcinha.
- Olha Dani digamos que eu não posso reclamar, minha tia e meu pai sempre fizeram de tudo para que eu tivesse do bom e do melhor, já terminei o terceiro e como minha tia ia viajar de lua de mel , meu pai me fez vir pra cá passar as férias aqui, como vou cursar medicina resolvi fazer um ano de cursinho.
- Olha, não é que ela sabe falar como gente - interrompeu o insuportável.
- Ao contrário de você né irmãozinho - foi minha vez de ironizar.
- Já chega vocês dois, filha gostaria de falar que estou muito feliz por ter você aqui, o seu verdadeiro lar e mais feliz ainda por ter vocês - Dani e Arthur- compartilhando esse momento comigo, tenho certeza que vai ser as melhores férias da sua vida - não tenha tanta certeza assim pai, pensei.
Depois de mais algumas conversas finalizamos o jantar com uma deliciosa sobremesa, Arthur estava impaciente, era perceptível.
- Pronto agora você pode ir meu filho - Dani falou, ele já ia levantando às pressas - Mas... - ela o repreende - só com uma condição.
- Pode falar - respondeu, eu nessa hora do campeonato já estava me retirando para voltar ao meu quarto - Você vai ter que levar a Melissa.
- O que ? - eu parei na metade do caminho, nossa resposta foi uníssona.
- Sem chance mãe, não vou levar essa chata comigo.
Ah mais se ele acha que eu vou dar o gostinho de vitória ele tá muito enganado, chata ? Ele nem me conhece, além disso é uma festa, o que seria de Melissa sem festas ?
- Eu vou - ele apenas me lançou um olhar matador.
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A Garota do Campo (EM REVISÃO)
Novela JuvenilMelissa é uma garota mimada, tem 18 anos, é dona de uma personalidade forte e sempre teve tudo o que deseja, perdeu sua mãe ainda pequena, o que fez com que ela fosse para São Paulo morar com sua tia. Depois de anos sem voltar para a fazenda em que...