Capitulo 26

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Quando avistei ela subindo as escadas sozinha não pensei outra coisa a não ser ir atrás, mas quando estava indo, Matheus acabou trombando comigo e derrubou bebida na minha blusa, aquilo me fez bufar, só que tinha algo mais interessante a ser feito.

Fui até meu quarto e tirei a camiseta, ouvi um barulho e sai do quarto vendo Melissa sair do dela segurando um par de roupas de cama.

- Pra que isso ? - Ela estava distraída e assustou.

- Cruzes - Ela falou colocando a mão na cabeça - Seria melhor se eu tivesse visto uma assombração - E continuou seu caminho ao quarto de hóspedes.

- O que você está fazendo ? - Pedi.

- Vou arrumar a cama - Ela levantou o lençol como se fosse óbvio.

Quando adentrei, fechei a porta.

- Pra que ? - Ela devia estar bêbada demais ou fora de si, tinha seu próprio quarto, a não ser que - Ou melhor para quem ?

- Para o Thiago, quem mais seria - Continuou colocando o lençol sem olhar para o meu rosto, ela estava me ignorando de novo.

- Ele não vai posar aqui - Falei sério.

- Vai sim, se você pode trazer quem quiser para posar aqui eu também posso - Dessa vez ela parou o que estava fazendo e me encarou.

- Como assim ? - Não havia entendido.

- Para de se fazer de tonto, você acha mesmo que eu não sei que a Bianca posou aqui em casa aquele dia - Falou fazendo uma cara de impaciente.

- E qual o problema ? A gente namora, não dá para viver só de beijo né - Provoquei ela.

- Deve ser - Respondeu sem dar importância.

- Eu sei que você ficou com ciúmes.

Ela soltou uma gargalhada.

- Você alguma vez já parou para pensar que o mundo não gira ao seu redor ? Por que eu, Melissa estaria com ciúmes dela ?

- Por que na verdade você queria estar no lugar dela - Fui me aproximando e ela foi se afastando.

- Aí você acorda do sonho - Ela falou, mas era perceptível que a cada passo que eu me aproximava, mais efeitos nela eu causava.

- Você queria seu corpo colado no meu - Ela encostou na parede e viu que estava sem saída.

- Arthur você é hilário - Ela balançava a cabeça e eu podia perceber o quão nervosa estava.

- E o que mais ... - Prensei ela na parede a encarando, naquele momento em que nossos olhos se encontram, ondas elétricas percorriam meu corpo.

A apertei mais contra a parede, afastei seu cabelo para o lado e comecei dar leves beijos em seu pescoço.

- Arthur, p-para - Ela disse ofegante.

Subi o beijo até sua orelha e soltei o ar quente que estava prendendo.

- Ainda quer que eu pare ? - Sussurrei em seu ouvido, ela balançou afirmando, mas sabia que não era realmente isso que ela queria.

Enrosque meus dedos em seu cabelo e os puxei levemente para trás voltando a dar leves beijos e mordidas em seu pescoço, ela estava ficando louca, levou uma de suas mãos em minha nuca e me apertou contra ela.

- Acho que você não quer parar - Levei a outra mão em sua cintura e apertei.

- Foda-se - Ela disse isso e chocou nossos lábios.

Aquela perfeita sincronia das bocas se encaixando, nossas línguas travando uma batalha, aquele desejo incessante, era um beijo diferente de todos que já havíamos trocado, tinha paixão, um fogo que só aumentava a cada movimento. O beijo foi perdendo a intensidade por falta de fôlego, mordi seu lábio inferior e finalizei com um selinho demorado.

Ficamos nos encarando por um tempo, sem saber o que falar, sem ter gestos para me expressar, só analisando o quão intenso aquele beijo havia sido.

- Acho melhor você ir antes que alguém entre aqui - Ela falou um pouco desnorteada ainda.

- É, também acho - Dito isso, fui até a porta do quarto, dei uma última olhada para ela e saí.

A Garota do Campo (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora