Despedida

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" O que mais podemos fazer quando nos sentimos triste?
Então, respire fundo e solte
Você não devia se afogar sozinha"

"E se você estiver afundando, vou pular
Nessa água fria por você
E apesar do tempo nos levar a lugares diferentes
Eu ainda serei paciente com você
E espero que você saiba"

"Que eu não vou te soltar
Vou ser sua corda de segurança hoje à noite
Não vou te soltar
Vou ser sua corda de segurança hoje à noite"

"Pois todos nós nos perdemos às vezes, sabe?
É como nós aprendemos, como nós crescemos
Eu quero deitar com você até envelhecer
Você não devia lutar sozinha"

"Vou ser sua corda de segurança hoje à noite
Eu não vou te soltar"
-Major Lazer feat. Justin Bieber, Cold Water

🎯POV KATNISS 🎯

Despedimos de nossos familiares, deixo Prim a prometendo que trarei conchas de lembrança. Peço que minha mãe cuide dela, até ganho um abraço.

Desde aquele dia que a mãe de Peeta me expulsou da casa dele, não nos falamos.
Mas, hoje sou surpreendida.

Ela me encara, não solta nenhuma ofensa ou insulto, apenas me deseja boa viagem na frente das câmeras.

Peeta abraça seu pai e irmãos, ambos me abraçam e são simpáticos comigo. O senhor Mellark é um amor como sempre, vejo a doçura e gentileza dele em Peeta.

Quando estamos dentro de um vagão, juntos a Effie que irá acompanhar todos os nossos dias la e fazer o roteiro pra gravação, levo Peeta ate um quarto.

-Até que enfim acabou.

Deito em seu peito, sedenta de seu contato. Nao é como se todos nossos beijos pras câmeras sejam falsos, longe disso, Peeta nunca me decepciona.

Mas poder falar o que quiser, abraça-lo e beija-lo sem ter alguém batendo palmas e sorrindo ao lado, é otimo.

-Não via a hora de estar contigo, somente nós dois deitados sem ninguém importunando.

-Quanto tempo ainda temos ate o massacre quartenário?

-Umas semanas. O que será a surpresa esse ano?

-Não faço ideia. Mas não espere algo bom, um horror bem pior que o anterior ja esta certo.

Peeta levanta, quase me levando junto. O encaro enquanto prendo meu cabelo, seus olhos estão perdidos na janela da cabine.

-Peeta?

-Não sei se aguentarei ajudar as crianças e depois vê-las morrerem...

Suspiro, sabendo que seu espirito é muito melhor que o meu nesse quesito.

Acho que nunca vou me acostumar com a morte, mas não me atinge como antigamente.

É chocante? Sim.
Pertubadora? Sem dúvida.

Mas, depois da morte de meu pai e tendo que matar animais pra sobreviver, acabei vendo a morte por um ângulo diferente.

-Eu sei.

Não há palavras, é esse nosso trabalho agora.
Seremos mentores, cuidaremos dos tributos sorteados do nosso distrito. Ate ve-los morrer na arena.

Abraço suas costas, tendo em mente que nenhuma palavra sera de grande ajuda agora.

Ele faz exatamente isso em relação aos meus pesadelos, não usa palavras. Seus gestos são mais eficazes, os beijos e abraços.

Last HopeOnde histórias criam vida. Descubra agora