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" Asas cortadas, eu era algo partido
Tinha uma voz mas não conseguia cantar
Você tinha me desgastado
Eu lutei enquanto estava no chão
Tão perdida, havia passado do limite
Tinha uma voz mas não conseguia falar
Você me segurou
Eu luto para voar agora"

"Mas há um grito lá no fundo que todos tentamos esconder
Nos seguramos tão forte, não dá para negar
Nos come vivos, oh, nos come vivos
Sim, há um grito lá no fundo que todos tentamos esconder
Nós nos seguramos bem firme, não queremos morrer
Eu não quero morrer"

"Não vou me importar se cantar fora do tom
Eu me encontro nas melodias
Eu canto por amor, eu canto por mim
Eu berro como um pássaro libertado"

" Agora eu vôo, alcanço as notas altas
Eu tenho uma voz, me ouça esta noite
Você me segurou
Mas eu batalhei bravamente"
-Sia, Bird Set Free

🎯 POV KATNISS 🎯

Estou me afogando, sendo engolida pelo mar.

Andando pelo fogo, me machucando a cada minuto. Tento erguer, mas existem golpes duros demais pra aguentar.

Peeta foi um desses. Assim como Haymitch, a arena, o bebê.

Tudo se transformou numa bola de neve, rolando por cima de mim.

Como ficar bem?

Engulo o choro, não ha mais momentos felizes.
Acabou.

Sinto a ponta de seus dedos nos meus, sua mão pega a minha de modo acanhado.
Sorrio com o rosto escondido no travesseiro, curtos momentos de felicidade.

Seguro seus dedos, esfregando sua pele. Decorando linhas, cicatrizes.

-Faz cócegas.

Rio virando o corpo ate parar frente a ele, como previsto seu sorriso esta la.

-Não precisava parar, é bom.

Volto a redecorá-lo, desta vez tocando seu rosto. A barba rala, uma marca de espinha ali e aqui, os longos cílios dourados, as sobrancelhas grossas, o queixo angular, sua boca tão apreciada por mim, a tonalidade única de seus olhos doces, os fios rebeldes do cabelos loiro claro, o nariz bem desenhado.

-O que tem de especial em meu rosto?

-Tudo.

Tiro minha mão de seus lábios, substituindo por minha boca.
A fome volta, aumentando o desejo de te-lo junto a mim na arena.

Como irei descansar?

Estou acostumada com sua presença, constante vigia.

-É amanhã.

Seus olhos voltam a ficar lotados de água, me machuca ve-lo sofrer.

Sua mão vai ate a parte lateral de minha barriga, desce das costelas ate meu umbigo.
Desenha linhas por toda extensão, abençoando a existência da coisa.

Oh sim. A alegria foi imediata.

Logo após a entrevista pedi para Cinna me arranjar dois sapatinhos. Peeta precisa saber, dar essa alegria no meio da atmosfera de sofrimento que nos encontramos.

Quando suas mãos abriram a caixa, o tempo parou.
Sua respiração paralisou, o corpo estremeceu.

-É real?

Last HopeOnde histórias criam vida. Descubra agora