Last Hope

Bem vinda a guerra

" O segredo da felicidade é a liberdade, o segredo da liberdade é a coragem."

🎯POV KATNISS 🎯

-Calma, bebê.

Meu coração martela, identico como fico antes de atirar contra um animal.
A adrenalina, o medo, a apreensão.

Olho pro lado, meu companheiro repousa exausto.
Foram dias difíceis, acalmar os poucos que permaneciam do lado de Snow, foi dificil.

Sofremos ameaças, tentativas da volta da ditadura.
Foi inutil, estamos livres.

Pelo menos é o que parece, Paylor assumiu o poder e caça Coin com todas suas armas.

A presidenta do Distrito 13 virou alvo, mas evaporou como fumaça.
Ninguem sabe onde esta, para onde possivelmente possa ter ido.

-Pérola, não sei o que fazer!

Horas me arrependo daquela noite, minha vida estaria muito diferente se minha filha não existisse.

Não estou preparada, nada em mim.
Meu corpo, minha mente.

Penso nos possiveis motivos pro seu choro, nada aparece.

Ao chegarmos em casa, Peeta adormeceu enquanto eu cuidava dela.
Estava bem, Perola dormia enquanto meus olhos a admiravam.

Mas seu sono foi interrompido, o choro veio alto.
Assustei, sem saber o motivo certo ja tentei de tudo.

-Ei. Esta dificil?

Peeta levanta, concordo ao sentir meus braços ficarem mais dormentes.
Estou a tempos a segurando, Perola é pesada apesar de estar com 1 mês.

Admito que ainda a pego de modo desajeitado, minha mãe tentou me ensinar, mas ate Prim tem mais sucesso que eu.

-Desculpa te acordar, mas preciso da sua ajuda.

Ele sorri, ergue os braços querendo a pegar.
Lhe entrego, o choro cessa instantes seguintes.

-Ela me odeia.

-Não, você é a mãe dela, querida.
Terão uma ligaçao eterna!

-Comigo ela so chora, Peeta! Isso é amor?
Por que não consigo acalmar minha propria filha?

Sento na ponta da cama, arrumaram um quarto pra ela.
Peeta e eu voltamos pra nossa casa, melhor combatermos nossos demonios juntos.

-Não se desespere. Perola esta acostumando a viver nesse mundo, esta se acostumando a nos.

Balanço a cabeça, Peeta sorri pra mim, seus olhos seguem cada gesto meu.

-Quer um cha?- ofereço, nervosa demais pra ficar parada.

-Obrigado.

Desço as escadas, tao aerea que nem percebo ao menos a porta do cozinha que da pros fundos entreaberta.

Estreito os olhos, estou aflita com tudo, os resquicios da guerra mais vivos que nunca em mim.

Em passos de caçadora, abro a gaveta e pego uma faca. A porta range quando o vento bate, a mexendo alguns centimetros.

A fecho, passando a chave em seguida.
Olho ao redor, nada parece anormal.
La fora esta deserto.

-Peeta?- o chamo, esquecendo completamente que Perola pode estar a ponto de dormir.

Com a faca ainda em mãos, subo pulando alguns degraus. Ele me encontra na metade do trajeto, segura meus ombros quando nos chocamos.

-O que foi?

-Voce abriu a porta dos fundos?

-Não. Estava aberta?

-Sim, mas ja fechei.
Perola dormiu?

Ele afirma, no mesmo instante que ela chora alto. Subimos correndo, largo a faca no momento que vejo os cabelos longos platinados.

Coin levanta com minha bebe nos braços, meu estomago afunda.

-Finalmente posso conhece-la, minha pequena Ash!

-Solte minha filha, Coin!

Seu pescoço ergue, meu medo falando alto ao ve-la apertando Perola com força e deteminação.

-Ela será minha, Everdeen.

-O que? Voce esta louca!

Dou um passo a frente, ela saca uma arma.
Recuo pegando a mão de Peeta.

-Ela iria nascer no meu Distrito, mas voce fugiu antes, sua idiota!

-Deixe Perola em paz.

-Não vou machuca-la! Um bebe tao lindo, nao merece voce como mãe!

-Coin, coloque minha filha de volta no berço. Resolveremos isso nos tres!- Peeta tenta, mas de nada adianta.

A mulher esta vidrada em Perola, as resposta parecem pincelar em minha mente.

-Foi por isso que voce me sequestou, queria meu bebe pra voce.

-Finalmente! Sempre admirei sua inteligencia racional, mas as vezes voce é muito burra!

Engulo em seco, as lagrimas beirando a cair.
Jamais pensei que ela viria atras de mim, ou de minha filha no caso.

-Voce não sairá daqui com ela.- entro em seu caminho, temendo pela vida de minha filha.

-Saia da minha frente!

-Deixe Perola no berço, nao vou pedir novamente!

Seus olhos estreitam, algo perverso passa por sua cabeça.

-Ash não ficará com voce.

-Pare com isso, Coin!
Perola tem meu sangue, é minha filha.

Peeta tenta colocar o braço, me impedindo de fazer algo impensavel.

-Pare ou ela morre!

O cano da arma apontada pra cabeça de minha bebe, seu choro moendo meu coracao machucado.

-Coin...

-Para tras, Peeta!- começa meu choro, de tanto tentar protege-la, não consegui.

Seu rosto vira pra Perola, um sorriso aparece ao deparar com o azul herdados do pai.

-Voce é linda, Ash!

-Perola!

Seus labios entram numa linha, a raiva dando lugar a sanidade.

-Me enchi de voce, garota!

Vejo o cano da arma apontada pra mim, aperto os dedos de meu companheiro dando o sinal.

Nao precisamos de palavras pra nos comunicar, ele me entende rapidamente.

Pego o talco e jogo no rosto da mulher, Peeta puxa Perola de seus braços no momento que Coin começa a atirar.

O empurro pra fora do quarto, entro num combate corpo a corpo.

Sua mão segura meu pescoço, empurrando no exato lugar que impede o ar de entrar.
Chuto sua barriga, ela cai no chao me levando junto.

-Não é porque sua filha morreu, que vai tirar a minha!- soco sua garganta, deixando seu ar travando.

Suas palavras jamais sairão, pego a arma e atiro em todo seu torax.
Com os olhos abertos, seu corpo fica caído no chao do quarto.

-Katniss!- Peeta chega no momento que largo a arma, meu choro sai sem travas.

Sera que sempre terei que matar?

-Tira a Perola daqui.

-Ela esta la embaixo com meu pai.

Seus braços aguentam meu corpo no momento que cedo, caidos ao lado do copo de Coin.

O sangue escorre, mancha o tapete criando poças vermelhas em meio ao tecido branco.

-Agora acabou, Katniss.