Reviravolta

997 72 3
                                    

"Se eu dissesse que isso só iria doer
Se eu te avisasse que o fogo iria queimar
Você andaria nele? Você deixaria eu ir primeiro?
Vou fazer tudo em nome do amor
Você me deixaria guia-lo mesmo se estivesse cego?
No escuro, no meio da noite"

"No silêncio, quando não há ninguém ao seu lado
Você me chamaria em nome do amor"

"Se eu dissesse que podíamos nos banhar em todas as luzes
Você se levantaria para vir me encontrar no céu?
Você confiaria em mim
Quando você estivesse pulando do alto?
Você cairia em nome do amor?"

"Quando há loucura
Quando há veneno em sua cabeça
Quando a tristeza deixa você destruído na sua cama
Vou abraçá-lo nas profundezas do seu desespero
E isso é tudo em nome do amor"

"Eu quero testemunhar
Gritar na luz santa
Você me traz de volta à vida
E é tudo em nome do amor
Eu quero testemunhar
Gritar na luz santa
Você me traz de volta à vida
E é tudo em nome do amor"
-In the name of love, Martin Garrix

        🎯POV KATNISS🎯

O momento não poderia ser mais estranho.

Minha mente demora ate processar que preciso abrir os olhos, mas não reajo.

-Acorda.

Um embrulho no estômago, alerta o que me espera.

Snow? Não.

É pior, a pessoa que estou temendo faz um tempo.
Eu sei do ódio que ela cultiva por mim, antes eu tivesse sido um pouco  mais controlada.

Abro os olhos, tudo esta claro demais.
Um quarto branco brilhante, uns aparelhos pendurados e agulhas em minhas veias.

-Coin?

Levo um belo susto.
Por que estou no Distrito 13?
Onde está Peeta?
Preciso ir pra Capital.

Sua expressão continua da mesma maneira, dura e insensível.

-Por que estou aqui?

-Você não será mais necessária.

-O que? Me envie pra Capital, preciso matar Snow!

-Não, Everdeen. Eu matarei Snow, serei eleita a nova presidenta de Panem.

Me sinto pior que um talher descartável.
Como pude deixar isso acontecer?

-Onde esta Prim?

-Do outro lado do Distrito. Ninguém sabe que esta aqui, e ninguém saberá.

-Coin.

Sinto as famosas dores abdominais, logo raciocino a possivel causa.

Puxo o braço, não sei que líquido vermelho é esse, mas não parece algo bom.

-O... O que é isso?

-Nada de especial.

-Não mate meu bebê!

-Nem você ama essa criatura. Por que eu teria misericórdia?

meu filho. Não pode fazer isso!

Meus olhos ficam úmidos, ja passei por situações pra la de difíceis, mas mexer com meu filho é a pior.

-Estamos testando algo novo com essa criança, paralelamente a guerra acontece.

-Peeta.

Ele esta em perigo, sozinho, achando que algo aconteceu comigo.

Seus musculos não se movem nem quando um sorriso perverço aparece, sua mão agarra meu queixo.

-Você não passa de uma boneca em minhas mãos, Katniss.

Viro o rosto, tentando chuta-la, sem vitória.

-Ativar sonífero.

Durmo antes de pensar qualquer numa saída.

🎯🎯🎯🎯🎯🎯🎯🎯🎯🎯🎯🎯

    
        🍞POV PEETA🍞

-Ei, padeiro, me ouve?

Quando desperto, ponho a mão na cabeça. Lateja, escurecendo minha visão.

-Peeta, esta melhor?

-O que houve?

Antes que alguém possa me responder, levanto num pulo. Olho ao redor, parece quieto e vazio.

Onde esta Katniss?

-Não sabemos.- Gale diz, parece ler minha mente ou deixei muito evidente.

-Como não sabem? O que aconteceu?

-Depois que ela foi verificar o caminho, um gás nos apagou, não vimos mais nada.

-Não. Snow.

Quando vou correr, sou impedido.

Um corpo entra na frente do meu, estou tão transtornado que jamais pensaria no perigo que me colocaria.

- Fica quieto e pensa, Mellark!

Fecho os olhos, penso nas possibilidades.
São bem nessas horas, de medo e desespero, elas nunca aparecem.

-Preciso encontra-la.

-Nós vamos. Mas, sinceramente, não foi Snow.

-Como sabe?

-Não tinha Pacificadores, e vai por mim, o velho asqueroso jamais nos deixaria vivos. Eu principalmente!- Johanna sorri, segura meu rosto.
-Katniss não esta com ele.

-Quem mais a capturaria?

-Não consegue pensar em ninguém? Tão ruim ou pior que ele?

-Não esta se referindo a...

-Coin.- Gale diz, contrai os musculos do rosto e soca a parede do lado.
-A desgraçada a pegou!

-Por que?- Finnick pergunta, tão confuso quanto eu.

-Não sei, mas é a melhor possibilidade que temos.

Olho ao redor, o que faremos agora?

Sento, encarando um bando de pessoas exaustas, machucadas, traumatizadas.

-Não sei o que fazer.

-Nenhum de nós sabe!

Finnick a abraça, ambos buscam forças um no outro, o mesmo que fazia com Katniss.

Parece que não consigo mante-la em meus braços, a cada minutos a perco.
Uma situação pior que a outra.

-Seja o que Coin que com Katniss, logo saberemos.- digo.

-Ah, lógico. Aquela praga não dá ponto sem nó!

   
      

Last HopeOnde histórias criam vida. Descubra agora