Distrito 7

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" O futuro é um jogo. O tempo, uma das regras."
-Autor desconhecido

 
          🎯POV KATNISS🎯

-Cuidado, fagulha. Agora você esta no meu território!

Ela sorri debochada, sua marca registrada.

-Você devia ser o Tordo!

-Por que? Todos me odeiam.

-Por que tem medo de você.

-Mas é de você que Snow tem, isso que conta.

Saímos do aerodeslizador, Finnick fica ao meu lado. Vejo Gale olhar de longe, é difícil arrancar alguma palavra sua.

Meu casamento me tirou isso, nossa amizade acabou, por parte dele.

-Fica alerta, não sabemos quantos ainda resistem.

-O que aconteceu?

-Pacificadores invadiram a floresta, houve confronto.
Logo depois a Capital mandou aerodeslizadores lotados de bombas.

Caminhamos até uma grande construção, as árvores rodeiam fazendo uma proteção.

Johanna corre, parece abalada demais.
Assim como eu fiquei, quando me deparei com o 12 destruído.

Pessoas estão feridas, algumas mortas.
Estou perdida, assustada demais pra pensar em algum ato logico.

O que Peeta falaria?

Ele não esta aqui.

Provavelmente abraçando e beijando a outra.
Delly.

-Ei, quer ficar aqui?

-Não. Vamos ajudar essas pessoas.

Quando entro no meio delas, sou surpreendida.

Penso que xingamentos, armas e repressão, serão jogados contra mim. Grande engano.

Crianças sussurram meu nome, mulheres sorriem, homens me apontam.
Gostaram de me ver.

-Katniss Mellark?

Sorrio, como sempre faço ao ouvir.
Uma menina pequena, os cabelos sujos e ate queimados, me encara.

-Ola, pequena.

Abaixo devagar, não quero iniciar uma dor no abdomen.
A garotinha abre um sorriso banguela, deve ter no maximo uns 5 anos.

-Você é bonita!

Todos riem, ate eu.

-Oh não, olhe só pra você!

Lembro de Prim, mexo nos cabelos claros da menina, feliz por provocar um sorriso.

-Minha mamãe disse que você tem um bebê com o Peeta!

Meus olhos marejam. Emoção provocada por tudo; comoção, tristeza, dor. Raiva e ódio de Snow, pena dele.

Sim, ele esta ferrado quando estiver na minha frente, olhando em meus olhos quando eu mata-lo.

-Sim. - minha voz morre, ao lembrar de meu garoto do pão.

A possibilidade dele estar beijando-a nesse exato instante, revira meu estomago.

-Onde ele esta?- pergunta inocente, não tem conhecimento sendo tão pequena.

-Aqui.- aponto pra minha barriga, ela entorta a boca pequena e ferida. -É pequeno ainda, logo estará grande.

O corte em sua testa recomeça a sangrar, passo a manga da minha roupa.

Last HopeOnde histórias criam vida. Descubra agora