Desejos Proibidos

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O sol refletia pela janela quando Lola acordou de seu breve sonho.
– Bom dia! - disse-lhe a professora.
– Bom dia. Que horas são? - perguntou a menina ainda sonolenta.
– Hora de você levantar, tomar banho e ir para o colégio.
– Anda! Estou te esperando na mesa do café da manhã. Deixei separado no banheiro toalha, sabonete e uma peça de roupa para você usar.
– Obrigada! - sorriu em agradecimento a menina.
Lola levantou da cama, se espreguiçou e deu um longo bocejo.
Foi para o banheiro, tirou o pijama e entrou no box do . Ligou o chuveiro e colocou a mão para verificar a temperatura. A água estava morna e ela suspirou devido ao efeito anestesiante que a água fazia em seu corpo. Molhou os cabelos e usou um shampoo da dona da casa. A água percorria pelo seu corpo belo e escultural. Qualquer menina da idade dela ficaria com inveja de seu corpo: magra, alta, cintura fina , seios fartos e curvas que deixavam qualquer homem de boca aberta. O seu rosto também era extremamente lindo: olhos expressivos, maçãs do rosto ressaltadas, nariz fino e arrebitado e a para completar a boca carnuda e sedutora. Quando lavava os cabelos eram sempre o mesmo processo: a cor desbotava em cada lavagem, e junto com o shampoo, a cor púrpura ia embora aos poucos pelo ralo deixando um rastro pelo chão do chuveiro enquanto tomava banho.
Lola se secou com a toalha e foi conferir a roupa que iria vestir. Era uma blusa social branca com listras finas verticais da cor cinza e a parte de baixo era uma saia lápis preta, típica roupa de professora de colégio. A menina deu uma gargalhada pela escolha da saia que ecoou até a sala onde estava a professora.
Miranda ouviu e foi até ao quarto onde estava a jovem.
– O que houve de tão engraçado? - questionou.
– Eu estou rindo dessa saia. Ficou horrível em mim. Olhe! - disse rindo.
A professora se aproximou da jovem e pelo reflexo do espelho analisou como a saia ficava na menina. Por instinto, Miranda levou as mãos à cintura de Lola. A menina por sua vez , depois de tal ato da professora, olhou-a nos olhos e ergueu uma sobrancelha. Já era a segunda vez que isso acontecia. Quando as duas se tocavam de leve ficavam desconcertadas e Lola parecia que estava gostando desse jogo de flerte.
– Eu acho que ficou ótimo em seu corpo. - disse tirando as mãos da cintura da garota.
– Não tem nada a ver com o meu estilo, mas...
– Bom, se você quiser eu posso te emprestar outra peça de baixo. Que tal uma calça jeans? - disse cortando a fala de Lola.
– Claro! Perfeito.
Então, Miranda virou-se e abriu a porta do guarda-roupa, para pegar a calça jeans, nesse momento, Lola como era sem pudores, tirou a saia do corpo no mesmo quarto em que estava Miranda, ficando de calcinha diante da professora. A professora , devido ao comportamento de Lola, ficou petrificada, sem ação. Ficou com a mão estendida entregando a calça jeans para a menina.
Lola se aproveitou da situação e abusou da sensualidade naquele momento. A calcinha era de renda, meio transparente e na parte de trás era fio dental. A garota virou-se e abaixou-se para pegar a saia lápis que estava no chão. Virou-se devagar, jogando o cabelo pro lado e ficou de frente pra professora entregando-a a peça de roupa. A professora ficou ruborizada e não sabia como agir, então ficou totalmente parada observando tal cena. Lola pegou a calça jeans da mão de Miranda e a colocou bem devagar. Neste momento Miranda acordou deste devaneio e pediu licença para a menina e foi para a cozinha. Se o que Lola queria era mexer com os sentimentos da professora, ela tinha conseguido com êxodo.

NARRAÇÃO DE MIRANDA

Eu nunca tinha sentido nada parecido por alguém , do mesmo sexo que eu , antes. Lola despertava em mim desejos lascivos e obscuros que nem eu mesma compreendia. Naquele momento, o meu desejo era tocá-la e tê-la só para mim. Poder sentir as curvas daquele corpo com as minhas mãos. Era como se uma luz fosse emitida de dentro dela e quisesse me consumir por inteira. Aquela menina, tão jovem tinha consigo um poder de sedução que me apavorada. Meus pensamentos eram errados. Aquilo não poderia estar acontecendo. Tenho que me recompor e me pôr no meu devido lugar: como uma senhora casada e educadora desta jovem. E meus sentimentos deveriam ser reprimidos por completo, aquilo não era justo e socialmente bem visto pelas pessoas. Eu, particularmente, nunca tive preconceito algum com homossexuais, pelo contrário, já tive amigos que eram deste jeito. E creio que a pessoa já nasce desse jeito e não se torna depois de anos. Aquilo deveria ser crise de meia idade. E não era justo , também, com o meu marido. Henrique era a razão do meu viver. O conheci ainda no ensino médio, ele entrou em minha vida em um momento bastante turbulento em que eu enfrentava uma separação dos meus pais e tive que lidar com a perda , devido à uma doença, de minha avó. Meu mundo estava de pernas por ar e foi Henrique que me ajudou a suportar tudo aquilo. De início, confesso que não queria me envolver pois tinha medo dele machucar meus sentimentos, mas ele foi se mostrando, com o tempo, que era uma pessoa maravilhosa e além de amante era um grande amigo. Eu sabia que podia me abrir para ele , pois estava sempre disposto a me ouvir, consolar e me dar forças. Passaram-se quinze anos e ainda estamos juntos. Somos bem casados, ele é louco por mim e eu nunca o traí. Não quero estragar esse casamento perfeito por sentimentos banais. E devo ter cautela pois sinto que não conseguirei conter tais desejos por muito tempo.

A Cor Púrpura de Teus CabelosOnde histórias criam vida. Descubra agora