Quando acordei estava desnorteada e meus braços estavam amarrados acima da minha cabeça, tentei me soltar mas era inútil. O lugar onde eu estava tinha uma iluminação péssima.
- Eiiiii seus babacas idiotas. - Gritei com a pouca voz que eu tinha pois minha garganta estava seca, eu gritei e tentei me soltar.
Quando a porta foi aberta a luz adentrou o quarto e eu fechei os olhos por um momento.
- Olha só a donzela acordou. Levem ela pro chefe, ele está louco pra vê seu investimento. - O mesmo magricelo de antes diz e um homem forte tira minhas algemas e me arrasta pra fora do quarto.
Passamos por vários corredores com paredes marrom e pisos brancos. No segundo andar tem dois corredores enormes um de cada lado e neles devem ter pelo menos umas seis portas ou mais em cada corredor.
Subimos pro terceiro andar e o homem me puxa pra dentro do escritório onde Lincoln está sentado. Vejo em cima de sua mesa uma foto dele com a filha.
- Olha só não é que o babaca do Maicon acertou. - Lincoln era asqueroso mas ele não me conhecia, ele não era de da as caras assim tão fácil. Eu sabia da fama dele por causa do meu pai e o vi umas duas vezes de longe em uns eventos que teve em casa.
- Você vai me fazer ficar milionário menina, seu pai foi tão burro. - Ele falava de forma sarcástica, me dava vontade de vomitar eu o encarava sem piscar, olho no olho eu queria que ele visse que eu não tinha medo dele.
Eu cresci no meio desse mundo nojento onde homens que tem poder acham que podem ser o centro do mundo. Eu via o que acontecia, já presenciei meu pai matando duas pessoas, e seus capangas de merdas também eles não ligavam que uma menina de apenas dez anos estava na sala. Eles só queriam apertar o gatilho.
- Venha até aqui menina quero ver de perto como você é. - Dei uma risada sarcástica.
- Eu não vou chegar perto de você seu velho idiota. - Fui pega pelos cabelos e levada até onde o homem estava, ele se levantou da sua cadeira e apertou minhas bochechas.
- Pense bem como você fala comigo sua merdinha. - Me livrei de suas mãos, mas eu continuava imobilizada pelo homem que mantinha suas mãos em meu cabelo.
- Eu não tenho medo de você.
- Pois deveria ter. Agora levem essa garota daqui, e mandem para um quarto qualquer com alguma das outras. - Fui puxada violentamente pra fora do escritório e por pouco não cai.
O homem abriu a porta de um dos quartos, do corredor interminável e me jogou lá dentro trancando a porta. O quarto era pequeno, paredes brancas e pisos pretos, tinha uma cama beliche no canto e duas cômodas, mais nada. A janela era minúscula e tinha uma porta sanfonada que foi aberta e uma menina muito magra saiu lá de dentro seu cabelo era loiro e dava pra vê que ela o pintava, a menina ficou parada assim como eu, ela estava me olhando.
- Oi, eu sou Savannah. - Digo e mordo minha bochecha.
- Eu sou Allison. - Ela diz baixinho e com a voz bem fina, ela parece ter uns dezoito anos.
- Qual é a sua cama?
- A debaixo. - Assenti e subi pra cama de cima, olhei pro teto também branco e me deu uma vontade louca de gritar.
- Quantos anos você tem? Por que está aqui? - Ela pergunta ainda parada onde está.
- Tenho dezenove e fui vendida pelo meu pai. - Ela me olha com os olhos arregalados, seus olhos são enormes e bem pretos sua pele é morena da cor do pecado. Seu cabelo não combina com ela.
- Eu tenho vinte e um, eles me sequestraram. Estou aqui desde os dezoito anos. - Meu coração se aperta com a sua declaração, como ela consegue? Eu já teria enlouquecido e matado a todos, isso aqui é horrível e olha que eu ainda não vi nada.
- É horrível aqui Savannah, é pior que o inferno. - Ela diz baixinho como se tivesse contando uma história.
- Por que você fala tão baixo? - Ela olha em volta.
- Aqui tem câmeras. - Olho em todos os lugares e vejo umas duas câmeras no quarto, ah meu Deus eu não acredito nisso. Me viro pra parede e começo a descascar a pintura que está nela, a tinta machuca meus dedos mas eu preciso me distrair com algo e essa parede me parece boa demais.
***
- Ei acorde, rápido. - Sou balançada com violência, e acordo assustada. Olho pro outro lado e vejo Allison com os olhos mais arregalados que o normal, porra peguei no sono e nem percebi.
- O que foi?
- Eles estão vindo, e se te pegarem dormindo vão lhe jogar água. - Passo a mão pelo rosto e respiro fundo, logo a porta é aberta.
- Se arrumem, vista isso garota. - O puro osso de antes diz e joga um saco em cima de mim, pelo que eu vejo ele parece ser o comandante daqui, ele sempre está na frente de tudo. Que vontade de morde essa cara chupada dele.
- Você também Allison trate de se arrumar, volto aqui em vinte minutos estejam prontas. - Ele sai do quarto e deixa a porta aberta, eu vou até lá e a bato com violência.
- O que vai rolar? - Pergunto e jogo a roupa que tem no saco em cima da cama de Allison.
- Hoje deve ter poker os homens que pagam por nós devem está aí. - Mordo meu lábio fortemente, e olho as roupas que o puro osso me deu. Tem um short... não, isso não pode ser chamado de short essa merda é uma calcinha, e o sutiã é transparente. Eu não vou por essa merda nunca.
- Você não vai se arrumar? - Allison pergunta depois de uns dez minutos, eu nego com a cabeça.
- Faça o que eles estão mandando Savannah, vai ser melhor pra você.
- Eu não vou servir de escrava sexual. - digo alto e fico de pé na cama e vou bem próximo a câmera. - Você estão me ouvindo seus filhos da puta? Eu não vou ser uma escrava sexual. Nunca! NUNCA! - grito e soco a cama, saio da cama e vou até Allison que se encolhe. - Você não pode permitir isso, não pode.
A porta é aberta mais uma vez e eu sou puxada pra fora do quarto.
- Me soltem, tirem essas mãos de mim seus desgraçados. - Me debato, mas é inútil pois eles são mil vezes mais fortes.
- Você vai entrar aí e por essa roupa, ou eu vou por em você. Os clientes ficaram super animados com a novata, então trate de respeitar. - Pulo no pescoço do idiota que falou e agarro seu pescoço cravando os dentes em seu rosto, eu mordo com toda a minha força e quando conseguem me tirar de cima dele eu cuspo um pedaço de sua pele. Eu consegui arrancar um pedaço de pele do homem, e isso me deixa muito feliz.
- Sua vadia. - Ele me da um tapa na cara e segura meu cabelo, enquanto começa a me estapear. Eu não posso reagir pois estou sendo segurada por outro cara.
- Grant pare já com isso. - Um homem entra no quarto e só aí o tal de Grant para de me bater.
- Lincoln falou que ela tem que estar sem nenhuma marca.
- Trate de por essa roupa, ou eu vou acabar com você. - Grant diz antes de sair do quarto. Como uma boa teimosa só visto a roupa quando eles fazem menção de me despir e vestir a roupa em mim.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Vendida pelo meu pai.
RandomCOPYRIGHT TODOS OS DIREITOS RESERVADOS (SE POSTAR SEM AUTORIZAÇÃO EM OUTRA PLATAFORMA SERÁ DENUNCIADO(A) POR PLÁGIO) Vendida pelo pai a um mafioso, Savannah é levada a força até uma mansão onde vai ser usada como escrava sexual, Savannah vai passar...